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"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


sexta-feira, 18 de maio de 2012

ACIDENTE OFÍDICO (PICADA DE COBRA)


ACIDENTES OFÍDICOS


Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, através das presas de serpentes (aparelho inoculador), podendo determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas.

No Brasil, quatro tipos de acidente são considerados de interesse em saúde: botrópico,
crotálico, laquético e   elapídico . Acidentes por serpentes não peçonhentas são relativamente
frequentes, porém não determinam acidentes graves, na maioria dos casos, e, por isso, são
considerados de menor importância médica.


O que fazer?



A primeira coisa a fazer em caso de uma picada de cobra é identificar a serpente. Embora a picada de cobra possa ser fatal, existem soros muito eficientes que podem evitar esse desfecho, sobretudo se a cobra puder ser identificada.
Segundo o Instituto Butantan, há quatro tipos de acidentes peçonhentos com cobras:
  • Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): causa dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada; sangramentos nas gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.
  • Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitosdiarreia e queda da pressão arterial.
  • Acidente crotálico (causado por cascavel): sensação de formigamento no local da picada, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.
  • Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla,pálpebras caídas e aspecto sonolento.
Primeiros socorros a serem prestados a uma pessoa que foi picada por uma cobra:
Como a picada de cobra acontece habitualmente em lugares distantes do ponto de socorro médico, os primeiros socorros têm de ser prestados por uma pessoa leiga, que deve:
  • Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.
  • Manter o paciente deitado.
  • Manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele.
  • Procurar o serviço médico mais próximo, o mais rápido possível.
  • Se possível, levar o animal para identificação.
  • Retirar anéis, pulseiras, sapatos ou outros adereços apertados, porque logo ocorrerá o edema(inchaço).

  • Acalme a vítima
  • Deite a vítima o mais rápido possível

  • Não deixe a vítima fazer qualquer esforço, pois o estímulo da circulação sangüínea difunde o veneno pelo corpo

  • Sempre que possível, encaminhe o animal junto à vitima
  • NÃO DEIXE  a vítima caminhar
  • NÃO LHE DÊ álcool, nem querosene ou infusões (alho, cainca, andiroba, orelha de onça, etc)
  • NÃO FAÇA garroteamento
  • JAMAIS CORTE a pele para extrair sangue.
NÃO PERCA TEMPO
     Após 30 minutos da mordida, as providências de primeiros socorros se tornam desnecessárias, pois só resta levar a vítima imediatamente a um médico ou hospital para a aplicação de soro contra o veneno da cobra.
     SE VOCÊ NÃO CONHECE COBRAS, LEVE SE POSSÍVEL, A COBRA CAUSADORA DO ACIDENTE (VIVA OU MORTA) PARA IDENTIFICAÇÃO.


O que não deve ser feito:
  • Não fazer torniquete ou garrote.
  • Não cortar o local da picada, nem perfurar ao redor do local da picada.
  • Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes na ferida.
  • Não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos à vítima.
Tratamento:
A única terapia efetiva é o soro antiofídico. O soro deve começar a ser aplicado, de preferência, na primeira meia hora depois do acidente.
Existem vários tipos de soros antiofídicos, um para cada tipo de cobra, mas se a cobra causadora do acidente não puder ser identificada deve-se usar o soro polivalente.
Os soros utilizados em nosso meio são os seguintes:
  • Cobra desconhecida = soro antiofídico polivalente.
  • Jararaca = soro antibotrópico.
  • Cascavel = soro anticrotálico.
  • Surucucu = soro anti-laquético.
  • Coral verdadeira = soro antielapídico.
Em áreas em que as cobras são comuns, deve-se ter sempre à mão o soro polivalente, devido à sua maior aplicabilidade. Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e Instituto Vital Brasil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio das Secretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados.
Tratamento de suporte ou sintomático também pode auxiliar, dependendo do caso.
Como evitar as picadas de cobras:
  • Uma cobra só ataca quando agredida. Em caso de ver-se próximo a uma cobra, mantenha-se imóvel até ficar fora do alcance dela.
  • Mantenha a grama aparada, os arbustos limpos e não deixe galhos amontoados.
  • Use uma vara para mexer em montes de entulhos ou madeiras.
  • Onde há ratos, há cobras. Limpe paióis e terreiros, sem deixar o lixo acumular. Feche buracos e frestas de portas.
  • Use botas, calças compridas e luvas de couro em áreas infestadas.
  • O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos evita cerca de 80% dos acidentes.
  • Cerca de 15% das picadas atinge mãos ou antebraços. Use luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc. Não coloque as mãos ou os pés em buracos.
  • Cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros.
  • Não mexa em cobras, mesmo que estejam mortas. Ainda assim, elas podem injetar veneno.

Acalme a vítima
Deite a vítima o mais rápido possível
Não deixe a vítima fazer qualquer esforço, pois o estímulo da circulação sangüínea difunde o veneno pelo corpo
Sempre que possível, encaminhe o animal junto à vitima
NÃO DEIXE  a vítima caminhar
NÃO LHE DÊ álcool, nem querosene ou infusões (alho, cainca, andiroba, orelha de onça, etc)
NÃO FAÇA garroteamento
JAMAIS CORTE a pele para extrair sangue.
  1. Tranquilize a vítima, mantendo-a em repouso.
  2. Faça uma boa limpeza local (água e sabão) e aplique compressas frias ou gelo.
  3. Leve a vítima imediatamente a um médico ou hospital, evitando, quanto possível, sua movimentação.
NÃO PERCA TEMPO
     Após 30 minutos da mordida, as providências de primeiros socorros se tornam desnecessárias, pois só resta levar a vítima imediatamente a um médico ou hospital para a aplicação de soro contra o veneno da cobra.
     SE VOCÊ NÃO CONHECE COBRAS, LEVE SE POSSÍVEL, A COBRA CAUSADORA DO ACIDENTE (VIVA OU MORTA) PARA IDENTIFICAÇÃO.



Diferenças entre cobras venenosas e não venenosas:
As diferenças servem como um guia geral, mas comportam muitas exceções. Consideram-se alguns fatores:
    CobraCobra
  •  As cobras venenosas têm anéis coloridos completos pretos, brancos, vermelhos ou amarelos.
  • As cobras venenosas têm cabeça triangular, bem destacada do corpo e coberta pelas mesmas escamas do corpo. As cobras não venenosas têm cabeça arredondada e coberta por placas.
  • As cobras venenosas têm cauda curta, que se afila bruscamente; as cobras não venenosas têm cauda longa, que se afila gradualmente.
  • As cobras venenosas têm presas na parte anterior da boca. As cobras não venenosas têm dentes serrilhados.
  • As cobras venenosas têm olhos grandes e pupilas como fendas verticais. As não venenosas têm olhos pequenos e pupilas arredondadas.
  • As cobras venenosas têm um pequeno orifício entre os olhos e as narinas, a chamada fosseta loreal; as não venenosas não têm. Com exceção da cobra coral, que não tem fosseta loreal, mas é venenosa.
  • As escamas das cobras venenosas são alongadas e pontudas, dando ao tato uma sensação de aspereza. As outras têm escamas miúdas e dão, ao tato, um aspecto liso e escorregadio.
  • As cobras venenosas têm hábitos noturnos (embora também possam ser avistadas de dia).
  • As serpentes inofensivas fogem quando ameaçadas; as peçonhentas não e assumem atitude de ataque (elas se enrolam e armam o bote).

Algumas cobras venenosas    



Surucucu
(Lachesis muta)
 

A maior cobra venenosa da América do Sul, chegando a medir, quando adulta, 4,5 m. Encontrada na Floresta Amazônica e Mata Atlântica. Responsável por cerca de 3% dos acidentes. Outras denominações: pico-de-jaca, surucutinga, surucucu- de-fogo, surucucu pico-de-jaca. 




Cascavel
(Crotalus durissus)

Possui chocalho na ponta da cauda e chega a medir 1,6 m de comprimento. Preferem os campos abertos e regiões secas e pedregosas. Responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos que ocorrem no País. Outras denominações: boicininga, maracabóia e maracambóia.



Jararaca (Bothrops jararaca) e Jararaca Pintada (Bothrops neuwiedi)

    Sua cauda é lisa. Quando adulta, seu tamanho varia entre 40 cm a 2 m. Existem mais de 30 variedades que apresentam diferentes cores e desenhos. São encontradas em todo o País e responsáveis por 88% dos acidentes registrados. Outras denominações: caiçaca, jararacuçu, cotiara, cruzeira, urutu, jararaca-do-rabo-branco, surucucurana.

Corais (Micrurus corallinus e Micrurus frontalis)

    Encontradas em todo o País, têm hábitos noturnos e praticam o canibalismo. Durante o dia descansam. Responsáveis por apenas 1% dos acidentes registrados. A coral é considerada a mais perigosa do Brasil, seu veneno age no sistema nervoso e pode levar uma pessoa a
    morte em poucos minutos. Outras denominações: coral verdadeira e ibiboboca.
    Menos de 30% das cobras conhecidas no País são venenosas. As 70 espécies, divididas em dois grupos - Crotalíneos (Jararaca, Cascavel e Surucucu) e Elapíneos (Coral verdadeira) -, fazem perto de 20 mil vítimas por ano.
Cobras  não venenosas:

 Imagem da Cobra Jibóia
jibóia

Imagem da cobra Sucuri
Sucuri

Imagem da cobra caninana
Caninana

Algumas imagens de acidentes botropicos:

O que fazer em caso de picada de cobra O que fazer em caso de picada de cobra

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