Sejam Bem vindos!

"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Hérnia de disco


A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.
Representação esquemática de partes de um corte transversal da coluna.
Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, parte deles sai da posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna. O problema é mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.
hernia Mal da modernidade, hérnia de disco
Causas
Predisposição genética é a causa de maior importância para a formação de hérnias discais, seguida do envelhecimento, da pouca atividade física e do tabagismo. Carregar ou levantar muito peso também pode comprometer a integridade do sistema muscular que dá sustentação à coluna vertebral e favorecer o aparecimento de hérnias discais.
Sintomas
A hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante.
Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: parestesia (formigamento) com ou sem dor; dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço.
Prevalência
A hérnia de disco acomete mais as pessoas entre 30 e 50 anos, o que não quer dizer que crianças, jovens e idosos estejam livres dela. Estudos radiológicos mostram que depois dos 50 anos, 30% da população mundial apresentam alguma forma assintomática desse tipo de afecção na coluna.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como RX, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.
Prevenção
Desenvolver hábitos saudáveis de vida e que estejam de acordo com as normas básicas estabelecidas pela Ergonomia, tais como: prática regular de atividade física, realização de exercícios de alongamento e de exercícios para fortalecer a musculatura abdominal e paravertebral, e postura corporal correta são medidas importantes para prevenir as doenças da coluna.
cargas móveiscertoerrado
errado             certo
Dicas!
a- Os exercícios devem serem feitos preferencialmente sobre uma superfície levemente acolchoada ou sobre um tapete;
b- Use roupas próprias para ginasticas

c- Faça os exercícios vagarosamente, com ritmo, intercale períodos de descanso;
d- Respire fundo durante o início e expire o ar no momento que você estiver realizando o maior esforço. Nunca prenda a respiração durante todo o exercício.
f) Se um exercício produz dor, é sinal que ele está sendo feito erroneamente ou ainda não está na hora de você executá-lo. Retorne a exercícios mais fáceis, e nos dias subsequentes, vá aumentando a complexidade dos mesmos.
Deitada com os pés apoiados no chão e a coluna lombar encostada no apoio. Entrelaçar os dedos e levar os braços esticados em direção oposta ao corpo. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe.
O mesmo exercício anterior, levante os braços em direção do teto. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe.

O mesmo exercício anterior, levante os braços em direção do teto. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe.
Sente-se em uma cadeira ou banco, mantendo os pés apoiados no chão, a coluna reta e os braços suavemente apoiados sobre os joelhos. Levar a cabeça para baixo, sinta o alongamento dos músculos da nuca e costas. Martenha o alongamento por 10 segundos, relaxe e volte à posição inicial.
A mesma posição inicial usada no exercício anterior, olhe para o teto, mantenha o alongamento por 10 segundos, relaxe e volte à posição inicial.
Na mesma posição, vire a cabeça para um lado, mantenha por 10 segundos e relaxe voltando à posição inicial. Repita o mesmo movimento para o outro lado.
Deitada de costas com os pés apoiados no chão, joelhos fletidos e a coluna lombar encostada no apoio. Abrir levemente os joelhos para fora, sinta o alongamento dos músculos da parte interna da coxa. Evite que a coluna lombar saia do apoio. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe.
Deitada com as pernas flexionadas e com os pés apoiados no chão. Certifique-se que a coluna lombar esteja totalmente encostada no apoio. Com o auxílio de uma toalha em volta de um pé, estique uma das pernas de forma que a coxa fique em ângulo reto com o quadril. Os músculos do pescoço e ombros devem permanecer relaxados. Sinta o alongamento dos músculos posteriores da coxa e da barriga da perna. Mantenha o alongamento por 15 segundos e relaxe. Repita o exercício com a outra perna.
Fique na posição de gato. Leve o quadril para trás e os braços para frente, até encostar a testa no chão. Sinta o alongamento dos músculos da coluna e dos ombros. Mantenha o alongamento por 20 segundos e relaxe.
Sente-se em um banquinho e incline-se para frente, tentando encostar o tronco nas coxas. Sinta o alongamento dos músculos posteriores da coxa e da coluna lombar. Mantenha o alongamento por 10 segundos e volte vagarosamente, endireitando o corpo de baixo para cima, sendo a cabeça a última parte a se endireitar.
Em pé, mantendo os pés ligeiramente afastados e joelhos soltos, solte o corpo para frente sem tensões. Sinta o alongamento dos músculos posteriores da perna e coluna. Mantenha o alongamento por 15 segundos e volte à posição inicial, endireitando o corpo de baixo para cima, sendo a cabeça a última parte a se endireitar.

Em pé, quadril encaixado, joelhos soltos, leve os braços estendidos para cima. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe.
À partir da posição inicial do exercício anterior, incline o corpo para um lado. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe. Faça o mesmo para o outro lado.

Mantendo a postura ereta com os pés ligeiramente afastados, quadril encaixado e joelhos soltos, leve os braços estendidos para trás com as mão entrelaçadas. Alongue a cabeça na direção do teto e simultaneamente alongue os braços para baixo. Mantenha o alongamento por 10 segundos e relaxe.
A partir da posição inicial do exercício anterior, coloque um pé sobre um banquinho colocado ao seu lado, de forma que perna fique aberta lateralmente. Abaixe o lado do quadril o qual a perna está sobre o banquinho. Sinta o alongamento dos músculos do lado de dentro da coxa. Mantenha o alongamento por 20 segundos e relaxe. Repita o exercício com a outra perna.
Apoie uma perna com o joelho flexionado em um apoio seguro. Desloque o quadril para frente, mantenha por 20 segundos e relaxe. Você deve sentir o alongamento dos músculos da frente da coxa. Repita o exercício com a outra perna.
Incline o corpo e apoie os braços sobre uma mesa, mantendo o quadril fletido, joelhos soltos e a região lombar reta. Estenda os joelhos suavemente. Certifique-se que sua coluna esteja reta, pois este exercício mal feito poderá afetar a sua coluna. Mantenha o alongamento por 20 segundos e relaxe, levantando o corpo lentamente, de forma que a cabeça seja a última a se endireitar.
Tratamento
As hérnias de disco localizadas na coluna lombar, em geral, respondem bem ao tratamento clínico conservador. O quadro reverte com o uso de analgésicos e antiinflamatórios, se a pessoa fizer um pouco de repouso e sessões de fisioterapia e acupuntura. Em geral, em apenas um mês, 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para reassumir suas atividades rotineiras.
Hérnias de disco na coluna cervical podem surgir diretamente nessa região ou serem provocadas por alteração na curvatura e posicionamento da coluna vertebral durante a crise da hérnia lombar. A escolha do tratamento, se cirúrgico ou não cirúrgico, considera a gravidade dos sintomas e o déficit motor. A cirurgia só é indicada quando o paciente não responde ao tratamento conservador e nos casos de compressão do nervo exercida por parte do disco que extravasou, pois corrigido esse defeito mecânico a dor desaparece completamente.
Recomendação
* Evite todos os excessos que facilitam a instalação das hérnias de disco: excesso de peso, de bebidas alcoólicas, de exercícios físicos, de cigarro;
* Procure manter a postura correta quando sentado ou em pé;
* Não se esqueça de que vida sedentária é responsável não só pela formação de hérnias de disco, mas por muitos outros problemas de saúde;
* Informe-se sobre o tipo de atividade física indicada para sua faixa de idade;
* Suspenda os exercícios se os sintomas voltarem e procure assistência médica imediatamente;
* Siga as recomendações médicas depois da cirurgia para evitar que nova hérnia se forme naquele local.
BIBLIOGRAFIA
- Prof. Dr. José Goldenberg (Portal da Coluna)
- www.clinicagoldenberg.com.br
- Jose Knoplich ( Viva bem com a coluna que voce tem)
-drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/hernia-de-disco/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

HOME CARE

O que significa o termo Home Care?

O termo Home Care é de origem inglesa. A palavra "Home" significa "lar", e a palavra "Care" traduz-se por "cuidados". Portanto, a expressão Home Care designa literalmente: cuidados no lar.

O que é o home care?
O Home Care deve ser compreendido como uma modalidade contínua de serviços na área de saúde, cujas atividades são dedicadas aos pacientes/clientes e a seus familiares em um ambiente extra-hospitalar.
O propósito do Home Care é promover, manter e/ou restaurar a saúde, maximizando o nível de independência do cliente/paciente, enquanto minimiza os efeitos debilitantes das várias patologias e condições que gerência.
Este tipo de serviço é direcionado não somente aos pacientes, como também, de forma diferenciada, aos seus familiares em qualquer fase de suas vidas; seja para aqueles que aguardam seu restabelecimento e retorno às suas atividades normais, ou para os que necessitam de gerenciamento constante de suas atividades como também, para pacientes que necessitam de acompanhamento em sua fase terminal.
No gerenciamento desses serviços devem ser usados critérios técnico-científicos e as decisões devem ser baseadas no melhor nível de evidência clínica possível, para cada procedimento. Essa prática é necessária em função da complexidade do meio ambiente do paciente, dos tipos de cuidados médicos exigidos, dos recursos, das condições psico-físicas do cliente/paciente e das patologias à serem gerenciadas.



O Internamento Domiciliar de Saúde, portanto, não pode ser visto apenas como um serviço de longa permanência, assim como a hospitalização, também não o é. Quando o paciente encontra-se estabilizado em sua condição de saúde, os cuidados de longa permanência podem ser ministrados por meio de serviços especializados, pelos próprios cuidadores informais (familiares, amigos) ou, ainda, por atendentes profissionais (área de enfermagem).
Contudo, a meta principal de uma hospitalização ou internamento domiciliar é estabilizar e, quando possível, curar o paciente da enfermidade ou condição patológica em que se apresenta. Sabemos que, em medicina, nem todas as enfermidades ou condições de saúde são passíveis de cura. Muitas condições ou enfermidades jamais obterão cura. Quando isso acontece, muda-se então a meta da gestão do caso, que passa a ter enfoque nos cuidados de manutenção. Esses cuidados visam à sustentação da melhor condição de vida possível. Exemplos dessas condições ou enfermidades são as distrofias musculares e as doenças degenerativas crônicas, entre outras.

Temos que considerar, ainda, as condições ou traumas que originam danos às estruturas ósseas, musculares e ao sistema nervoso central. Nesses casos a hospitalização/internamento domiciliar pode ser utilizada para estabilizar o paciente, tirando-o do quadro de risco, proporcionando-lhe, assim, a oportunidade de transferência para outras modalidades de serviço em saúde, como a fisioterapia e até mesmo o atendimento domiciliar na modalidade particular.

Quando o paciente hospitalizado atinge um quadro estável, deve receber alta hospitalar com um plano específico de acompanhamento, que pode incluir uma recomendação para serviços de reabilitação, dentre outros. Porém, em qualquer caso, quando o paciente hospitalizado atinge um quadro estável e recebe alta, ele próprio ou seu cuidador, assume a responsabilidade pelos cuidados. No Internamento Domiciliar de Saúde não pode ser diferente, pois a proposta e os critérios para alta são os mesmos.
O Home Care existe no mundo há mais de 120 anos. Nos EUA, desde 1798, e no Brasil, aproximadamente, há 16 anos. No Brasil, o sistema de internamento domiciliar, um dos serviços do Home Care, ainda está na adolescência, enfrentando inúmeras barreiras e desafios, muitos dos quais originados pela falta de uma melhor compreensão sobre o uso desse serviço. 


Vantagens:
  1. Em home care, o profissional de saúde trabalha com um grau de autonomia maior do que em qualquer outro estabelecimento de saúde;
  2. Nos casos de profissionais de campo, sua maioria, tem controle e flexibilidade sobre sua escala de trabalho, e agenda de serviços;
  3. Aqueles que trabalham sem vínculo empregatício, contam com uma liberdade de escolha de casos a serem trabalhados;
  4. Auxiliares e técnicos de enfermagem em regime de turnos possuem uma carga de paciente igual a um. Diferentemente de o ambiente hospitalar onde o Auxiliar ou Técnico de Enfermagem deve cuidar de inúmeros paciente por turno;
  5. Em home care, na maioria das vezes, o Auxiliar e ou Técnico tem a oportunidade de dormir durante seu turno, e ser pago pelo descanso;
  6. A maioria dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem tem suas refeições subsidiadas pela família do paciente, o que representa uma economia para o profissional;
  7. A flexibilidade com o agendamento de trabalho/escala proporciona a oportunidade de se gerenciar os compromissos durante a semana, sem a repercussão negativa que teria em um ambiente hospitalar;
  8. O sistema de remuneração presente em uma empresa de home care apóia uma vantagem financeira interessante, à todos envolvidos;
  9. O profissional pode trabalhar tanto quanto desejar, de acordo com suas metas orçamentárias;
  10. A vida em um ambiente fora do hospital diminui o risco de adquirir doenças inerentes de ambientes hospitalares;
  11. Maior controle sobre a carga de trabalho permite que o profissional planeje atividades em outras áreas de sua vida, como por exemplo, atender a uma escola, ou universidade.

    Desvantagens:
    1. Para o profissional de saúde que não possui um veículo, o trabalho em home care envolve transporte urbano que muitas vezes, dependendo do horário, não é disponível, e dependendo do horário, o transporte urbano é superlotado;
    2. Para o profissional que não tenha seu veículo próprio, ter que andar em dias de extremos de temperatura ou chuva forte pode ser um grande desafio;
    3. O profissional que trabalha em turnos, muitas vezes se vê restrito a um cômodo da residência reservado ao paciente;
    4. Muitas vezes em home care, o ambiente de cuidados não é compatível com o nível de cuidados, principalmente como resultado da falta de autorização da fonte pagadora de se fazer uma análise presencial do ambiente de trabalho proposto;
    5. O profissional em home care, inevitavelmente, está presente durante quase todos os momentos do relacionamento familiar, podendo, se não tiver cautela, ser induzido a, de forma involuntária, participar da vida pessoal do paciente e família;
    6. Devido ao fato de que o registro em carteira inviabilizaria o custo do profissional em home care, e as fontes pagadoras não remuneram o suficiente para dar cobertura em regime de CLT. O profissional de saúde m home care, na sua maioria, trabalha na informalidade, não contando assim com os benefícios de um trabalho em regime de CLT;
    7. O profissional em home care está exposto às intempéries emocionais da família;
    8. Algumas vezes, por força da personalidade e estado emocional dos cuidadores informais, o profissional em home care pode ser exposto à situações de constrangimento;
    9. Algumas famílias não concordam em alimentar os profissionais de saúde, forçando-os a manter uma alimentação inferior;
    10. O profissional em regime de turnos, não pode deixar o paciente sozinho, este fato, quando não existe um cuidador disponível, pode dificultar a execução de certas tarefas fisiológicas;
    11. Sendo um profissional, e uma pessoa estranha no ambiente domiciliar, qualquer evento adverso, faz do profissional, o primeiro suspeito;
    12. Nos turnos, se um colega profissional não aparece para assumir o próximo turno, o profissional que já trabalhou um turno tem a obrigação de esperar um substituto que geralmente demora o tempo necessário para o deslocamento, isto pode vir a interferir com outras escalas de trabalho;
    13. Como não existe supervisão direta contínua, o profissional em home care deve estar preparado para assumir, e gerenciar da melhor forma possível, situações de urgência e emergência.

      Código de Ética em Home Care:
      1. Agir de uma maneira que inspire segurança, confiança, honestidade e respeito dos pacientes,dos empregados,dos colegas profissionais,das organizações,do público em geral e do sistema de entrega de serviços de saúde.
      2. Proteger e preservar os direitos humanos de cada paciente, acreditando que os direitos do ser humano são edificados com uma base fundamental de princípios:
      • Respeito pela vida: todas as vidas são preciosas e devem ser respeitadas.
      • Autonomia: todas as pessoas têm o direito de determinação própria.
      • Beneficente: nós devemos tentar fazer o bem.
      • Non-maleficiente: o dever de não causar danos físicos, morais e ou espirituais.
      • Fidelidade e devoção: fiel às responsabilidades profissionais e à lealdade incondicional.
      • Justiça Distributiva: todas as pessoas devem ser tratadas com justiça; pessoas não podem ser objeto de discriminação sem uma justa causa.
      3. Interagir com o paciente de uma forma honesta dando valor à dignidade humana baseada no respeito, simpatia e compaixão, sempre procurando suprir as necessidades físicas, psicológicas e espirituais do paciente.
      4. Cumprir com todas as leis e regulamentos que governam esta modalidade de serviços, atividades profissionais e as leis da nação.
      5. Tratar todos os funcionários com dignidade e respeito, e prover oportunidades profissionais baseado em competências de trabalho , sem discriminação de raça, cor, religião, nacionalidade, sexo, idade ou deficiência física.
      6. Manter empregados competentes e proficientes por intermédio da promoção e desenvolvimento profissional, apoiado por um programa eficaz de educação continuada.
      7. Respeitar o sigilo profissional.
      8. Manter o mais alto padrão de integridade pessoal e profissional, de uma maneira que reflita positivamente a modalidade de Serviços Extra-hospitalares de Saúde ou Home Care.
      9. Ser honesto em todas as formas de informação pública e privada; evitar informações falsas, enganosas, antiéticas e grosseiras, ou que gerem decepções.
      10. Evitar a exploração de relacionamentos profissionais com fins de ganho próprio ilícito.
      11. Lutar para o engrandecimento do ser humano.
      12. Agir com transparência e honestidade para com o próximo.
      13. Respeitar e promover a dignidade de nossos pacientes e colegas de trabalho.
      14. Utilizar o que existe de melhor na prática profissional, aplicar princípios baseados na melhor e mais forte evidência médica e científica para a melhora da condição de vida de nossos pacientes.
      15. Manter a honra e respeito que o Home Care adquiriu no decorrer de mais de duas décadas de serviços ao seus pacientes e clientes corporativos.

      Responsabilidade do Enfermeiro em Home Care:

      COREN-RN nº 9.176 Primeiro Secretário RESOLUÇÃO COFEN Nº 267/2001
      O presente anexo, da RESOLUÇÃO-COFEN Nº 267/2001, dispõe sobre as atividades da Enfermagem em Domicílio-Home Care.
      Define-se por "ENFERMAGEM EM DOMICÍLIO-HOME CARE" a prestação de serviços de saúde ao cliente, família e grupos sociais em domicílio, e de acordo com a RESOLUÇÃO-COFEN Nº 256 de 12 de julho de 2001, esta modalidade assistencial exprime, significativamente, a autonomia e o caráter liberal do profissional Enfermeiro.
      Estas atividades estão previstas nos seguintes níveis de complexidade:
      - menor complexidade: Neste nível está caracterizado a investigação do processo saúde/doença. O cliente necessita de procedimentos técnicos-científicos de Enfermagem relacionada às prevenções, promoção e manutenção do estilo de vida saudável;
      - média complexidade: Neste nível não se dá a caracterização de uma doença em curso. Entretanto, o cliente necessita de procedimentos tecnicos-científicos de Enfermagem que definirá o modelo assistencial aplicado à clientela visando a deliberação do dano, invalidez e a reabilitação da mesma com retorno ao seu estado de vida;
      - alta complexidade: Neste nível o cliente apresenta uma doença em curso, cujo atendimento em domicílio deverá ser multiprofissional, ocorrendo a internação domiciliar, ficando assegurado à complexidade do especialista em Enfermagem em Domicílio-Home Care.

      Tarefas do Técnico de Enfermagem:

      -Visitar os pacientes em seus domicílios a fins de realizar procedimentos clínicos especificados no plano de tratamento, e dentro do escopo de sua prática de acordo com o COREN; 
      -Participa de treinamento de Técnicos de Enfermagem cumprindo com um protocolo de educação continuada; 
      -Realiza exames físicos em seus pacientes de acordo com o escopo de sua prática, e segundo o COREN; 
      -Executar o plano de tratamento específico de acordo com o direcionamento do Enfermeiro; 
      -Cumpre com o papel de educador junto aos pacientes, e familiares de acordo com o plano de tratamento específico e supervisão direta ou indireta do Enfermeiro; 
      -Pode participar de reuniões multidisciplinares para contribuir com informações relacionadas aos paciente sob seus cuidados diretos; 
      -Pode dirigir o seu veículo ou o veículo da empresa para atender aos seus pacientes; 
      -Mantém contato com todo o Enfermeiro envolvido no plano de tratamento de seu paciente; 
      -Trabalha turnos de  6, 12 e ou 24 horas conforme a demanda da escala elaborada pelo Enfermeiro; 
      -Age como agente de Controle de Infecção mantendo higienizado, o ambiente, e os equipamentos médicos sendo utilizados pelo paciente em domicílio; 
      -Realiza visitas ou turnos conforme instruído pelo Enfermeiro; 
      -Seguindo um estrito protocolo, realiza o gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde em Home Care, sendo gerados no ambiente de cuidados; 
      -Realizar anotações clínicas acuradas; 
      -Segue a risco o plano de tratamento; 
      -Outras tarefas conforme necessário, e dentro do escopo da prática de enfermagem. 

      Informações gerais: 
      -Deve e ter condições e habilidade para aplicar o Processo de Enfermagem conforme orientação do Enfermeiro; 
      -Saber equilibrar as demandas administrativas com as demandas clínicas; 
      -Possuir excelentes habilidades de gerenciamento de tempo; 
      -Deve ter a habilidade física para erguer, empurrar ou puxar objetos, e ou seres humanos até 25 quilogramas de resistência; 
      -Habilidade e capacidade física para permanecer-se me pé por longos períodos, agachar-se, e curvar-se; 
      -Possuir boa comunicação verbal e oral; 
      -Ter um ótimo conhecimento clínico e prático; 
      -Ter uma ótima habilidade de inter-relacionamento; 
      -Ter uma ótima habilidade de resolução de problemas; 
      -Deve manter a confidencialidade de tudo que vê e ouve na residência do paciente; 
      -Ter iniciativa; 
      -Ser positivo; 
      -Ser honesto, discreto e ético; 
      -Outras.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Virose do Ano!


 Índice elevado de virose deixa Secretaria de Saúde do município em estado de alerta. Esta e outras do gênero são as principais noticias da área de saúde que circulam em nossos jornais, não  aqui no Pará como também em todo Brasil.



Nestes 10 últimos dias fui acometida por um dos maiores fenômenos da sociedade contemporânea: a virose. Não me lembro de ao longo da minha infância ter ouvido falar em viroses e no passado os médicos pareciam buscar diagnósticos mais específicos para dores de barriga, diarreias, vômitos, tonturas e afins. Eu, mesmo tomando todos os cuidados e prevenções possíveis para não adoecer, fui uma das vítimas desta virose, diga-se de passagem, HORROROSA... não tinha força para quase nada, emagreci 4 kg e só agora estou me recuperando com muito repouso, ingesta hídrica  e vitamina C.Por esta razão decidi postar hoje sobre este assunto, apenas para fornecer um pouco mais de conhecimento para quem já sabe  e para esclarecer para que ainda não entende.O que é incrível é que o surto parece ser contínuo, pois a justificativa é sempre a mesma. Recentemente passei a ouvir “quadro viral” para explicar o diagnóstico…quem sabe a virose comece a sair de moda. Independente de tudo chamada de virose, quadro viral ou de doença não identificada, sei que realmente ela tem potencial para te derrubar.

De repente, surge um mal-estar, cansaço, dor de cabeça. Depois, dores pelo corpo inteiro, espirro, nariz escorrendo e febre. Ou dores de barriga, vômito, diarreias. E mais febre. Esses problemas de saúde são tão corriqueiros que muita gente já sabe o que vai escutar do médico: “Isso é uma virose!”. Muitos pacientes chegam até a se irritar com o diagnóstico e com a recomendação geral de repousar e cuidar bem da alimentação. E nada mais. Sem um pedido de exame de laboratório sequer, nem um medicamento. Daí, quase sempre bate a incerteza: “Será que o médico sabe o que está dizendo? Não seria melhor tomar um antibiótico logo de cara?”.


A dúvida é mais comum do que se imagina. Tem muita gente acreditando que virose é um termo usado pelos médicos quando não sabem quais são os males que afligem seus pacientes. Mas virose existe, sim, e é definida como uma infecção causada por um vírus. O termo é genérico, pois serve para indicar desde uma doença branda e passageira, como um simples resfriado, até males mais graves que podem levar ao óbito, quando não são atendidos pronta e corretamente como é o caso da dengue. Outros exemplos de distúrbios perigosos causados por vírus são a febre amarela e a Aids.
Mas, na maioria das vezes, o médico conta com poucos dados para diferenciar uma virose de uma infecção bacteriana. Por cautela, então, muitos preferem acompanhar o desenrolar da história, antes de entrar com medicações mais contundentes como o antibiótico, indicado única e exclusivamente para matar bactérias. Os sintomas das infecções provocadas por vírus ou por bactérias, no início, são muito semelhantes. Começam com dor no corpo, malestar generalizado, dores de cabeça e febre, em ambos os casos. Não existe um sinal clássico para um ou outro tipo de infecção. Daí, a dificuldade de fechar um diagnóstico definitivo num primeiro momento.
Virose Febre Alta
Esse aguardo não significa que o médico não tem certeza do que fazer por desconhecer o que se passa realmente com seu paciente. Como sabe que em 90% dos casos a virose é uma doença benigna e que o próprio sistema de defesa do indivíduo se incumbe de resolver a questão e que, além disso, a doença é autolimitada, isso é, tem um tempo para acabar sozinha, a melhor decisão é mesmo instruir o paciente para ficar alerta com uma eventual complicação e medicar apenas para combater os sintomas e amenizar o mal-estar, na medida em que não existem medicamentos específicos para matar o vírus.
Na maioria das vezes as viroses são benignas e desaparecem no período entre 48 e 72 horas. Porém, em alguns casos, a virose predispõe o organismo a infecções bacterianas. Estas, sim, trazem sérios prejuízos para o organismo. Cerca de 60% das pneumonias causadas por bactérias decorrem de uma gripe ou de outras viroses respiratórias. Ou seja, o indivíduo tem uma infecção viral que debilita o organismo temporariamente, o que se torna uma oportunidade e tanto para uma bactéria se aproveitar da ocasião e causar uma nova infecção. Outros quadros infecciosos que podem acontecer também são: sinusite, amidalite, otite e traqueíte.
Essas mudanças de rumo são mais frequentes em crianças e idosos porque o sistema imunológico em ambos os casos não conseguem responder a altura. Nos menores porque as defesas ainda não funcionam como deveria. Nos mais velhos porque o próprio desgaste do organismo, somado a eventuais doenças, debilita o sistema de defesa.
Por isso, é importante nunca descuidar da evolução da doença e comunicar ao médico qualquer sinal de mudança.Nos problemas respiratórios, por exemplo, as infecções bacterianas apresentam febre mais alta e uma prostração mais acentuada que as provocadas por vírus. Já nas infecções gastrointestinais causadas por bactérias, as fezes podem apresentar muco ou sangue, além de outros sintomas como dores abdominais, diarreia aguda, febre, náusea e vômitos, que também são comuns às viroses.

Afinal, que e bicho é esse? 
Para evitar desconfianças se o diagnóstico de virose está correto, a melhor arma é a informação do paciente, dizem os profissionais. para isso, nada melhor do que saber o que é realmente um vírus, como ele atua no organismo e por que os médicos não receitam antibiótico para acabar com uma virose.
Características dos vírus 
Os vírus são os menores e menos evoluídos organismos vivos existentes na natureza. isso porque não têm células e possuem apenas duas substâncias químicas em sua estrutura. Uma é um ácido nucleico (que pode ser o rNA ou o DNA), onde está seu material genético, com todas as informações necessárias para a produção de outros vírus da mesma espécie. A outra substância é a proteína, a qual forma o capsídeo, um tipo de “capa” que envolve e protege o material genético virótico. como não possuem estrutura celular, precisam obrigatoriamente de células (animal ou vegetal) para se hospedarem.

Exército de cópias 
Ao contrário da bactéria, o vírus não se reproduz. para ter cópias iguais a ele, o vírus invade uma célula e assume o comando. sua primeira providência é desativar o núcleo celular e colocar seu próprio material genético no lugar do dNA da hospedeira. daí, como já tem a “receita” de como fabricar cópias do vírus invasor, a célula invadida começa a trabalhar exclusivamente para produzir novos micro-organismos, iguais ao seu hóspede indesejado. Um único vírus é capaz de originar em 20 minutos centenas de novos seres semelhantes a ele. por isso, uma infecção viral, geralmente, causa profundas alterações no metabolismo da célula invadida e não raro pode matá-la. Fora dela, entretanto, o vírus não demonstra ter nenhuma atividade vital.

Ataque certeiro 
Cada espécie de vírus ataca apenas determinados tipos de células. ou seja, o vírus causador da gripe, conhecido como influenza, por exemplo, ataca as células do sistema respiratório. Já o rotavírus, muito comum no verão, escolhe as células do aparelho gastrointestinal para ocupar o território. Assim, a escolha de cada espécie se dá porque o vírus só consegue infectar a célula que tiver em sua membrana certas substâncias às quais ele possa se ligar. porém, algumas espécies se ligam a mais de um tecido como o vírus da poliomielite, que invade tanto as células nervosas, como as intestinais e as da garganta.

Resistentes aos antibióticos 
Até o momento, poucos medicamentos se mostraram eficazes em destruir os vírus sem causar sérios efeitos colaterais. isso porque, para matar o invasor entrincheirado dentro das células, os medicamentos precisam aniquilar também as hospedeiras. o que, na maioria das vezes, não é um bom negócio para o organismo. Além disso, os antibióticos são totalmente ineficazes no que diz respeito aos vírus, embora matem as bactérias de diversas maneiras.


Quais as mais comuns?
Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:

Rotavírus - É uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus,. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos 2 meses e a segunda, aos 4.

Norovírus - Menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia).

O que ela provoca?
Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias. Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido - principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo.

Como ocorre o contágio?
Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano. No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados.

No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. "Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas", explica o infectologista Jean Gorinchteyn. Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes,e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus.

Como devo tratar? 
O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (trata os sintomas). Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre - conforme a orientação médica! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido - água e água de coco são boas opções.

Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro. É possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa. 

Receita de soro caseiro
Receita de soro caseiro: 1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher (sopa) de açúcar, 1 colher (chá) de sal. Misture tudo e beba. O sabor deve ser parecido com o da lágrima, ou seja, nem doce nem salgado.

Como posso prevenir?

1. Tome cuidado ao se alimentar. Não tome água ou compre alimentos sem saber a sua procedência.
2. Beba água mineral ou previamente fervida.
3. Lave sempre as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro. 




sexta-feira, 18 de maio de 2012

ACIDENTE OFÍDICO (PICADA DE COBRA)


ACIDENTES OFÍDICOS


Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, através das presas de serpentes (aparelho inoculador), podendo determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas.

No Brasil, quatro tipos de acidente são considerados de interesse em saúde: botrópico,
crotálico, laquético e   elapídico . Acidentes por serpentes não peçonhentas são relativamente
frequentes, porém não determinam acidentes graves, na maioria dos casos, e, por isso, são
considerados de menor importância médica.


O que fazer?



A primeira coisa a fazer em caso de uma picada de cobra é identificar a serpente. Embora a picada de cobra possa ser fatal, existem soros muito eficientes que podem evitar esse desfecho, sobretudo se a cobra puder ser identificada.
Segundo o Instituto Butantan, há quatro tipos de acidentes peçonhentos com cobras:
  • Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): causa dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada; sangramentos nas gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.
  • Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitosdiarreia e queda da pressão arterial.
  • Acidente crotálico (causado por cascavel): sensação de formigamento no local da picada, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.
  • Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla,pálpebras caídas e aspecto sonolento.
Primeiros socorros a serem prestados a uma pessoa que foi picada por uma cobra:
Como a picada de cobra acontece habitualmente em lugares distantes do ponto de socorro médico, os primeiros socorros têm de ser prestados por uma pessoa leiga, que deve:
  • Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.
  • Manter o paciente deitado.
  • Manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele.
  • Procurar o serviço médico mais próximo, o mais rápido possível.
  • Se possível, levar o animal para identificação.
  • Retirar anéis, pulseiras, sapatos ou outros adereços apertados, porque logo ocorrerá o edema(inchaço).

  • Acalme a vítima
  • Deite a vítima o mais rápido possível

  • Não deixe a vítima fazer qualquer esforço, pois o estímulo da circulação sangüínea difunde o veneno pelo corpo

  • Sempre que possível, encaminhe o animal junto à vitima
  • NÃO DEIXE  a vítima caminhar
  • NÃO LHE DÊ álcool, nem querosene ou infusões (alho, cainca, andiroba, orelha de onça, etc)
  • NÃO FAÇA garroteamento
  • JAMAIS CORTE a pele para extrair sangue.
NÃO PERCA TEMPO
     Após 30 minutos da mordida, as providências de primeiros socorros se tornam desnecessárias, pois só resta levar a vítima imediatamente a um médico ou hospital para a aplicação de soro contra o veneno da cobra.
     SE VOCÊ NÃO CONHECE COBRAS, LEVE SE POSSÍVEL, A COBRA CAUSADORA DO ACIDENTE (VIVA OU MORTA) PARA IDENTIFICAÇÃO.


O que não deve ser feito:
  • Não fazer torniquete ou garrote.
  • Não cortar o local da picada, nem perfurar ao redor do local da picada.
  • Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes na ferida.
  • Não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos à vítima.
Tratamento:
A única terapia efetiva é o soro antiofídico. O soro deve começar a ser aplicado, de preferência, na primeira meia hora depois do acidente.
Existem vários tipos de soros antiofídicos, um para cada tipo de cobra, mas se a cobra causadora do acidente não puder ser identificada deve-se usar o soro polivalente.
Os soros utilizados em nosso meio são os seguintes:
  • Cobra desconhecida = soro antiofídico polivalente.
  • Jararaca = soro antibotrópico.
  • Cascavel = soro anticrotálico.
  • Surucucu = soro anti-laquético.
  • Coral verdadeira = soro antielapídico.
Em áreas em que as cobras são comuns, deve-se ter sempre à mão o soro polivalente, devido à sua maior aplicabilidade. Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e Instituto Vital Brasil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio das Secretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados.
Tratamento de suporte ou sintomático também pode auxiliar, dependendo do caso.
Como evitar as picadas de cobras:
  • Uma cobra só ataca quando agredida. Em caso de ver-se próximo a uma cobra, mantenha-se imóvel até ficar fora do alcance dela.
  • Mantenha a grama aparada, os arbustos limpos e não deixe galhos amontoados.
  • Use uma vara para mexer em montes de entulhos ou madeiras.
  • Onde há ratos, há cobras. Limpe paióis e terreiros, sem deixar o lixo acumular. Feche buracos e frestas de portas.
  • Use botas, calças compridas e luvas de couro em áreas infestadas.
  • O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos evita cerca de 80% dos acidentes.
  • Cerca de 15% das picadas atinge mãos ou antebraços. Use luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc. Não coloque as mãos ou os pés em buracos.
  • Cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros.
  • Não mexa em cobras, mesmo que estejam mortas. Ainda assim, elas podem injetar veneno.

Acalme a vítima
Deite a vítima o mais rápido possível
Não deixe a vítima fazer qualquer esforço, pois o estímulo da circulação sangüínea difunde o veneno pelo corpo
Sempre que possível, encaminhe o animal junto à vitima
NÃO DEIXE  a vítima caminhar
NÃO LHE DÊ álcool, nem querosene ou infusões (alho, cainca, andiroba, orelha de onça, etc)
NÃO FAÇA garroteamento
JAMAIS CORTE a pele para extrair sangue.
  1. Tranquilize a vítima, mantendo-a em repouso.
  2. Faça uma boa limpeza local (água e sabão) e aplique compressas frias ou gelo.
  3. Leve a vítima imediatamente a um médico ou hospital, evitando, quanto possível, sua movimentação.
NÃO PERCA TEMPO
     Após 30 minutos da mordida, as providências de primeiros socorros se tornam desnecessárias, pois só resta levar a vítima imediatamente a um médico ou hospital para a aplicação de soro contra o veneno da cobra.
     SE VOCÊ NÃO CONHECE COBRAS, LEVE SE POSSÍVEL, A COBRA CAUSADORA DO ACIDENTE (VIVA OU MORTA) PARA IDENTIFICAÇÃO.



Diferenças entre cobras venenosas e não venenosas:
As diferenças servem como um guia geral, mas comportam muitas exceções. Consideram-se alguns fatores:
    CobraCobra
  •  As cobras venenosas têm anéis coloridos completos pretos, brancos, vermelhos ou amarelos.
  • As cobras venenosas têm cabeça triangular, bem destacada do corpo e coberta pelas mesmas escamas do corpo. As cobras não venenosas têm cabeça arredondada e coberta por placas.
  • As cobras venenosas têm cauda curta, que se afila bruscamente; as cobras não venenosas têm cauda longa, que se afila gradualmente.
  • As cobras venenosas têm presas na parte anterior da boca. As cobras não venenosas têm dentes serrilhados.
  • As cobras venenosas têm olhos grandes e pupilas como fendas verticais. As não venenosas têm olhos pequenos e pupilas arredondadas.
  • As cobras venenosas têm um pequeno orifício entre os olhos e as narinas, a chamada fosseta loreal; as não venenosas não têm. Com exceção da cobra coral, que não tem fosseta loreal, mas é venenosa.
  • As escamas das cobras venenosas são alongadas e pontudas, dando ao tato uma sensação de aspereza. As outras têm escamas miúdas e dão, ao tato, um aspecto liso e escorregadio.
  • As cobras venenosas têm hábitos noturnos (embora também possam ser avistadas de dia).
  • As serpentes inofensivas fogem quando ameaçadas; as peçonhentas não e assumem atitude de ataque (elas se enrolam e armam o bote).

Algumas cobras venenosas    



Surucucu
(Lachesis muta)
 

A maior cobra venenosa da América do Sul, chegando a medir, quando adulta, 4,5 m. Encontrada na Floresta Amazônica e Mata Atlântica. Responsável por cerca de 3% dos acidentes. Outras denominações: pico-de-jaca, surucutinga, surucucu- de-fogo, surucucu pico-de-jaca. 




Cascavel
(Crotalus durissus)

Possui chocalho na ponta da cauda e chega a medir 1,6 m de comprimento. Preferem os campos abertos e regiões secas e pedregosas. Responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos que ocorrem no País. Outras denominações: boicininga, maracabóia e maracambóia.



Jararaca (Bothrops jararaca) e Jararaca Pintada (Bothrops neuwiedi)

    Sua cauda é lisa. Quando adulta, seu tamanho varia entre 40 cm a 2 m. Existem mais de 30 variedades que apresentam diferentes cores e desenhos. São encontradas em todo o País e responsáveis por 88% dos acidentes registrados. Outras denominações: caiçaca, jararacuçu, cotiara, cruzeira, urutu, jararaca-do-rabo-branco, surucucurana.

Corais (Micrurus corallinus e Micrurus frontalis)

    Encontradas em todo o País, têm hábitos noturnos e praticam o canibalismo. Durante o dia descansam. Responsáveis por apenas 1% dos acidentes registrados. A coral é considerada a mais perigosa do Brasil, seu veneno age no sistema nervoso e pode levar uma pessoa a
    morte em poucos minutos. Outras denominações: coral verdadeira e ibiboboca.
    Menos de 30% das cobras conhecidas no País são venenosas. As 70 espécies, divididas em dois grupos - Crotalíneos (Jararaca, Cascavel e Surucucu) e Elapíneos (Coral verdadeira) -, fazem perto de 20 mil vítimas por ano.
Cobras  não venenosas:

 Imagem da Cobra Jibóia
jibóia

Imagem da cobra Sucuri
Sucuri

Imagem da cobra caninana
Caninana

Algumas imagens de acidentes botropicos:

O que fazer em caso de picada de cobra O que fazer em caso de picada de cobra