Sejam Bem vindos!

"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


sábado, 25 de maio de 2013

Mentiras patológicas- "A Síndrome de Pinóquio"



Pesquisas mostram que todos mentem de uma forma ou outra e, assim sendo, a dificuldade da psiquiatria está em descobrir qual é a mentira patológica.
Em algumas ocasiões parece haver certa vontade social de envolver a psiquiatria na questão da mentira, notadamente quando alguma pessoa mente descaradamente, ou imotivadamente, compulsivamente e, principalmente, quando sua atitude mentirosa causa frustrações ou aborrecimentos em outros que não “merecem” tais mentiras.
De acordo com o dicionário Howaiss, mentira significa “dizer, afirmar ser verdadeiro (aquilo que se sabe falso); dar informação falsa (a alguém) a fim de induzir ao erro...” Assim sendo e havendo necessidade de se definir o que é mentir, diríamos que MENTIRA É DIZER SER VERDADE AQUILO QUE É FALSO A FIM DE INDUZIR O OUTRO AO ERRO.
Pesquisas mostram que todos mentem de uma forma ou outra e, assim sendo, a dificuldade da psiquiatria está em descobrir qual é a mentira patológica e qual é a mentira, por assim dizer, fisiológica. O importante é saber que todos mentem. Existem mentiras em várias áreas da atividade humana; a mentira religiosa, política, econômica, conjugal... A mentira institucional é aquela dos políticos, dos programas de governo, de instituições. São mentiras já mais ou menos aguardadas e socialmente tidas e sabidas como mentiras e mesmo assim com peso de verdade.
Pelas curiosidades em torno desse tema, talvez seja importante estudarmos um pouco a mentira em si, como fenômeno de falseamento voluntário da verdade, de oposição intencional à veracidade, como mecanismo de conveniência e convivência social, de estratégia de sucesso, como ferramenta do político, enfim, como habilidades de sobrevivência do ser humano (e parece não ser monopólio do ser humano).

A Mentira
A mentira não deve ser entendida apenas como uma espécie de contrário da verdade. Moralmente a mentira está muito mais relacionada à intenção de enganar do que à deturpação da verdade e, eticamente, a mentira está relacionada ao dolo ou prejuízo que causa a outra pessoa.

A mentira não é apenas invenção deliberada, uma ficção, pois nem toda ficção ou fábula é sinônimo de mentira. Não pode ser mentira a literatura, a arte ou mesmo os estados confusionais, as demências (sintoma da confabulação). Como foi dito, a intencionalidade, assim como o dano ou prejuízo é que define a mentira.
Também não mente quem acredita naquilo que diz, mesmo que o que diz seja falso. Santo Agostinho declara que Quem enuncia um fato que lhe parece digno de crença ou acerca do qual forma opinião de que é verdadeiro, não mente, mesmo que o fato seja falso”.

Não é correto considerar todas as mentiras da mesma forma e com a mesma culpa. Erra (e está mentindo) quem diz que não interessa o “tamanho” da mentira, interessa saber que é mentira. Existe a mentira convencional, como por exemplo, dizer Bom Dia às pessoas, sem que se esteja desejando que essa pessoa tenha realmente um bom dia.

Existe também a mentira humanitária, a qual consola o moribundo, ou a mentira carinhosa que elogia aquele penteado novo, existe o Papai Noel, para alegria das crianças e muitas outras. Além das mentiras ativas existem as mentiras por omissão, seja ela médica, política ou policial, enfim, todas essas maneiras de dissimular a verdade com propósito de atender as regras sociais ou confortar o próximo fazem parte da atividade humana gregária. 
É claro que não tem o mesmo peso social e ético a mentira que se diz para os anfitriões sobre o sabor da comida e aquela dita pelo ladrão “não roubei”. Por isso, a intencionalidade e o propósito definirão a mentira. Mentir é dirigir a outro um enunciado falso, do qual o mentiroso sabe a falsidade, mas o faz com objetivo de enganar, de levar esse outro a crer naquilo que é dito, dando a entender que diz a verdade.

Os casos onde se exclui o aspecto intencional da mentira pode ser muito difícil avaliar se uma verdade é mais ou menos verdadeira, nascendo daí a expressão “a verdade de cada um”. Isso é bem comentado quando estudamos as maneiras pessoais de representar a realidade e o significado do termo procepção.

Por que mentimos?
Algumas pessoas são levadas, por insegurança de aceitação de serem como são à tentação de enriquecer suas imagens e enaltecer suas habilidades de forma a causar uma impressão mais favorável em outras pessoas. Trata-se de uma espécie de mecanismo de defesa contra um sentimento de inferioridade. Nesses casos, é possível imaginar o grau do sentimento de inferioridade pela constância e tamanho das mentiras.

As mentiras sobre si mesmo conseguem sucesso enquanto não são desmentidas, pois nem sempre se pode aceitar a verdade sem algum tipo de sanção quando o demérito prevalece. Em geral, quando o relato de alguém sobre o que fez ou como agiu diante de uma situação passa a ser criticado, julgado negativamente, é provável que relatos assim não ocorram mais ou que sejam devidamente maquiados por algo diferente do que ocorreu. Isso vale para qualquer relação interpessoal. Um amigo continuará dizendo a verdade sobre o que pensa sobre você se ele for ouvido com isenção de ânimo. Pessoas falam na terapia coisas que nunca confidenciariam a ninguém por causa da atitude eticamente imparcial do terapeuta.
O mesmo ladrão que negou ter roubado diante do juiz, atribui-se mais roubos do que realmente tenha cometido para melhorar sua imagem diante dos companheiros de cadeia. É assim que o jovem se vangloria de proezas sexuais muito além do que tenha feito, superando a insegurança de sentir-se pouco viril, ou que a mãe aumenta um pouco o desempenho escolar de seu filho, tentando compensar o sentimento de inferioridade diante de outras mães satisfeitas com o rendimento dos filhos delas...

Além de a mentira atender direta e imediatamente aspirações próprias, ela satisfaz também interesses de forma indireta. É o caso, por exemplo, de nossos falsos julgamentos que diminuem, comprometem e execram pessoas as quais, de uma forma ou outra, ameaçam nosso bem estar emocional, nossos adversários competentes. Mentir é um recurso fácil de recorrer, sem necessidade de se passar por esforços ou penúrias, ainda que haja o permanente risco de ser descoberto.

A Mentira Branca 
O termo mentira branca faz referência às mentiras que a maioria das pessoas conta para melhorar o relacionamento social, para evitar conflitos e ofensas.  Trata-se da mentira socialmente aceita, inocente e destinada a manter a harmonia dos relacionamentos. Seria aquela mentira boa e socialmente aceita.

A mentira branca é fisiológica, demagógica e universal. É o elogio generoso do tipo –ora, você está sempre igual, parece não envelhecer...”. Até certo ponto a mentira fisiológica serve também para a elaboração das mais esfarrapadas desculpas “– não pude comparecer ao enterro porque uma tia minha teve que ser internada...” E o interessante é que o outro, igualmente mentiroso fisiológico, também mente, fingindo acreditar.
Devido à freqüência praticamente unânime da mentira branca, há uma tendência em banalizá-la ou, inocentemente, denominar essa mentirinha cotidiana de mentira positiva, aquela que além de não prejudicar pode até ajudar pessoas: “–... o senhor me parece mais saudável hoje do que ontem”, ou “– conheci seu filho, um jovem magnífico”.

Enfim, a mentira fisiológica, positiva ou branca pode até facilitar a integração social, é tão protocolar que as pessoas com inata dificuldade para essas mentirinhas corriqueiras são tidas como ingênuas, pouco habilidosas socialmente, sem jeito ou sem “jogo de cintura”.

O Mentiroso
As pessoas aprendem desde cedo as vantagens da mentira. As crianças mentem com freqüência para seus pais em função da repreensão ou aprovação. Precocemente as crianças aprendem a mentir quando uma das avós pergunta de qual avó ela, a criança, gosta mais. E como o resultado dessas mentiras infantis é bom (não são punidas, ganham aprovação, satisfazem expectativas...), elas continuam com esta prática devido ao reforço positivo.

Tem ainda a questão das crianças serem estimuladas a mentir pelos próprios pais. É comum a mãe, não querendo atender ao telefone, pedir para a criança dizer que ela não está. Ou, mais grave ainda, conseguir um atestado médico para a criança não fazer ginástica, faltar às provas, viajar e abonar as faltas, etc.

Mas o mentiroso também passa por dificuldades, e quanto mais cai na tentação de mentir, tanto mais difícil vai ficado controlar a abundante base de dados das versões de suas mentiras, mais difícil vai ficando garantir a coerência das estórias, mais necessidade de novas mentiras para encobrir as antigas... a farsa cresce em progressão geométrica.

Uma das razões interiores mais comuns para mentir é a insegurança ou baixa auto-estima. Como dissemos, a mentira passa ao outro uma imagem de nós próprios muito melhor do que de fato acreditamos ser. Mente-se também por razões externas, de acordo com as  pressões para sucesso na vida em sociedade, por razões políticas ou até econômicas, quando o prejudicado for o fisco.

Finalmente há mentiras por razões patológicas, desde aquelas determinadas por uma personalidade problemática, até as outras, produzidas por neuroses francamente histriônicas, como é a Síndrome de Münchhausen e de Ganser.

Mentirosos contumazes, de dinâmica psíquica rica em conflitos e complexos, que representam personagens tal como fazem os atores, e refletem aquilo que gostariam de ser. Ao  perderem o controle  sobre o impulso de mentir o personagem criado suplanta o ego e a personalidade toda é tomada por um falso e inautêntico ego.
Menosprezando a Realidade
Obviamente, nem todas as vezes que a realidade é falseada, distorcida, recriada ou substituída se constituirá uma mentira. Na Demência, por exemplo, a cognição é de tal forma comprometida que a pessoa relata aos outros um mundo profundamente modificado e no qual acredita, sem a intenção de ludibriar. O mesmo acontece no Delírio, seja do psicótico esquizofrênico, do delirante crônico ou do deprimido grave com sintomas psicóticos.

Aliás, desde crianças aprendemos a abstrair a realidade através dos devaneios, fantasias, fábulas. A própria literatura pode nos conduzir a um mundo apaixonante de mentirinha. E como a concepção da mentira se embasa na intencionalidade, esta pode ser singela e acanhada, como é o caso de uma mentira tosca e pueril da pessoa que namora, mas afirma o contrário, com o propósito de facilitar uma conquista amorosa, até uma mentira de proporções inimagináveis, como por exemplo, o falso relatório sobre a existência de um arsenal de armas de destruição em massa no Iraque, como justificativa para uma guerra igualmente de destruição em massa.

Há a mentira institucional, quando a propaganda mal intencionada tenta convencer de que toda corrupção governamental será devidamente apurada e apenada. Bem ilustra isso, Hannah Arendt, lembrando que “As mentiras sempre foram consideradas instrumentos necessários e legítimos, não somente do ofício do político ou do demagogo, mas também do estadista” (in. Derrida, 1996).
Mas não é intenção deste trabalho discorrer sobre espécies de mentiras dissimuladas em regras de convivência e sucesso social, como por exemplo, garantir que se usando tal creme cosmético haverá pronto desaparecimento de rugas, ou que esse plano de saúde realmente é melhor que os outros... Não seria adequado, aqui, atribuir ao marketing o exercício da má fé.
Mentira como sintoma de Patologias
Síndrome de Münchhausen
O hábito arraigado de mentir fantasticamente pode refletir um Transtorno da Personalidade que alguns autores chamam de “pseudologia fantástica”, que seria caracterizado por uma compulsão a fantasiar uma vida fictícia para causar grande mobilização e perplexidade em outras pessoas (Catalán, 2006), outros autores denominam de Síndrome de Münchhausen.

Nesta síndrome a pessoa não suporta a ideia de ela ser comum, normal, trivial, igual aos outros... Não. Ela tem que ser super especial, tem que ter peculiaridades completamente excepcionais e fantásticas.  Essa inclinação impulsiva para a mentira reflete uma grande vontade em ser admirado, de ser digno de amor e consideração pelos demais, conseqüentemente reflete uma grande insatisfação com a real e medíocre condição existencial.
A Síndrome de Münchhausen é relativamente rara, de difícil diagnóstico, e caracterizada pela fabricação intencional ou simulação de sintomas e sinais físicos ou psicológicos sempre de natureza fantástica em um filho ou em si próprio, levando a procedimentos diagnósticos desnecessários e potencialmente danosos. Há sempre uma fraude intencional nessa síndrome.
Depressão Grave
Alguns casos de depressão grave também podem ser acompanhados de mentiras patológicas. Nessa situação a pessoa se coloca em um verdadeiro emaranhado de estórias, desculpas e relatos que vão cada vez complicando mais a sustentação da mentira.
As mentiras iniciais na depressão têm, normalmente, o propósito de ocultar algum acontecimento que deixaria outra pessoa triste, aborrecida, decepcionada. Daí em diante, há contínua necessidade de novas mentiras para completar a primeira. Percebe-se que, consoante a preocupação do deprimido com o sentimento do outro, ele mente para poupar maiores sofrimentos desse outro, mas o resultado é sempre desastroso. Na depressão as mentiras, ao contrário da sociopatia, são acompanhadas de importante sentimento de culpa e arrependimento.

Transtornos do Controle dos Impulsos
No Jogo Patológico, na Cleptomania, na Bulimia, na Dependência Química e outros Transtornos do Controle dos Impulsos existem muitas mentiras, cujo objetivo é ocultar um comportamento sabidamente reprovado socialmente.


Personalidade Anti-Social
O quadro mais grave onde a mentira aparece como sintoma importante é o Transtorno Anti-Social da Personalidade, ou Personalidade Psicopática.  Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.


Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc. Essa mentira não tem culpa.

A personalidade do psicopata é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, a seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.
As razões que levam as pessoas a mentirem de forma compulsiva são variadas, mas seus efeitos são similares: o primeiro a ser enganado é o próprio contador, que não vê a fronteira entre a verdade e a fantasia, afasta-se da realidade e encaminha-se pouco a pouco a uma crise emocional. O que fazem, sentem e procuram os mentirosos? O que encobre suas mentiras? Como identificá-los?
Embora em alguns casos a mentira patológica seja a característica mais notável do comportamento de um indivíduo, este quadro costuma ser apenas a ponta do iceberg de uma pessoa que pode ter uma personalidade patológica, distúrbios psicológicos e problemas psiquiátricos ou distintos conflitos e carências emocionais.
Alguns mentirosos patológicos têm consciência da sua incapacidade de estabelecer um diálogo sem que nele haja mentiras, mas, no entanto, não conseguem controlar esta conduta. Outros não percebem suas mentiras e vivem em um mundo de fantasias. Todos pagam um alto preço por inventar, deturpar e aumentar a verdade: vivem "vidas de mentira", repletas de fantasmas, mal-estar e problemas que não são solucionados.
10 sinais que indicam quando uma pessoa está mentindo
1)Tensão nos músculos faciais:
O cérebro tenta evitar que o rosto mostre qualquer reação.
2)
Sem contato visual:
O olhar tenta desviar-se. Se no ambiente tem uma porta, é para ela que o (a) mentiroso (a) vai olhar.
3)
Braços, pernas ou dedos cruzados:
É um jeito que o (a) mentiroso (a) encontra para defender-se.
4)
Sorriso de boca fechada:
é uma forma usada para fingir sinceridade.
5)As pupilas ficam estreitas:
O corpo denuncia a mentira.
6)Fala acelerada:
O (a) mentiroso (a) quer acabar logo com a conversa.
7) 
Cabeça indecisa:
A cabeça balança em sinal negativo ao dar um "sim" como resposta, ou vice-versa.
8)
Mãos escondidas:
Algumas pessoas acham mais fácil mentir com as mãos enfiadas nos bolsos.
9)Palavras engasgadas:
Quem mente muitas vezes começa a gaguejar.
10)
Simpatia exagerada:
O (a) mentiroso (a) quer a sua admiração, assim você vai acreditar nele (a) mais facilmente.
Mais uma vez, espero que vocês tenham gostado!
Até a próxima!
















































terça-feira, 7 de maio de 2013

Enfisema Pulmonar e Outras Doenças do Pulmão

Antes de falarmos sobre Enfisema pulmonar e outras doenças do pulmão, vamos relembrar um pouco sobre este órgão e suas funções em nosso corpo.
Os pulmões são os principais órgão do sistema respiratório dos seres humanos. Possuímos um par de pulmões, localizados um de cada lado do tórax, na região interior da cavidade formada pelas costelas. Estas servem de proteção para os pulmões.
A principal finalidade dos pulmões é abastecer o nosso sangue de oxigênio, que é levado para as células do corpo. Além disso, os pulmões também executam a função de tirar do sangue o dióxido de carbono (gás carbônico) e vapor de água, eliminando-os do corpo através do processo de expiração.
O caminho do ar em nosso organismo é bem complexo. Quando respiramos, o ar entra pela boca, passando em seguida pela traqueia (grande tubo condutor) e depois por outros pequenos tubos chamado brônquios. São os brônquios que levam o ar para todas as regiões pulmonares.
As doenças pulmonares (como as doenças respiratórias) atingem grande parte da população, seja através de vírus e bactérias, por herança genética ou por atos inadequados para a saúde, como fumar. Podem ser caracterizadas por tosses, dores no peito, falta de ar, dificuldade para respirar, cansaço, entre outros sintomas. Algumas doenças podem ser tratadas e resolvidas por processos mais rápidos, outras possuem tratamentos complexos, podendo comprometer sua saúde e seu bem-estar, e até levar a óbito.
Além do Enfisema Pulmonar, as principais doenças pulmonares são:
- Câncer de pulmão
- Bronquite
- Tuberculose
- Asma
- Doença pulmonar obstrutiva crônica
- Pneumonia
- Bronquiectasia
- Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS)
Enfisema Pulmonar:
O enfisema pulmonar é uma doença crônica, ou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), onde ocorre a destruição dos tecidos pulmonares de maneira gradual. Esta destruição acontece nos alvéolos onde é feita a troca gasosa, ou seja, onde absorvemos oxigênio e liberamos dióxido de carbono. Normalmente o enfisema se deve ao tabagismo, podendo também ser causado por vapores químicos ou poluentes, por exemplo. O enfisema pode também surgir em pessoas não fumantes que tem deficiência de uma enzima protetora dos pulmões (alfa-1-antitripsina), caso onde a doença se manifesta mais cedo e cuja origem geralmente é genética.
Os sintomas mais freqüentes são:
Chiado no peito, tosse  seca e falta de ar que vai se agravando na medida em que a doença avança. Os pulmões perdem elasticidade e os alvéolos ficam maiores, isto dificulta a saída de ar, fato que também causa desconforto à pessoa doente.
Nos estágios mais avançados da doença a pessoa passa a sentir falta de ar nas tarefas mais simples como caminhar ou falar. Com o passar do tempo o tórax adquire um formato cilíndrico característico das pessoas com este distúrbio.
O diagnóstico geralmente é feito pelo médico sabendo que o paciente tem histórico de longa exposição ao tabaco, com o auxilio de tomografia computadorizada e com espirometria  (exame que mede a capacidade dos pulmões de colocar o ar para fora dando, desta forma, uma ideia do funcionamento pulmonar).
O tratamento consiste em evitar o avanço da doença e aliviar os sintomas, isto pode ser obtido, por exemplo, com o uso de remédios como corticoides ou broncos dilatadores. Em alguns casos recomenda-se que o paciente inale oxigênio (oxigenioterapia). Abandonar o cigarro, evidentemente, é algo que deve ser feito de imediato.
Câncer de pulmão:
O câncer do pulmão - ou neoplasia maligna do pulmão - é um dos tipos mais comuns e graves de câncer, sendo o tipo de neoplasia que mais mata em todo o mundo. Aproximadamente 30 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão anualmente no Brasil.
Principais fatores de risco:
Na grande maioria dos casos está relacionado ao tabagismo. Porém, pode ocorrer em não fumantes numa pequena parcela dos pacientes.
Nos estádios, ou seja, nas fases iniciais, não existem sintomas para o câncer do pulmão. Com o avanço da doença, os pacientes podem queixar-se de:
·         Tosse recente que não diminui
·         Mudança no padrão da tosse
·         Tosse com sangue
·         Falta de ar
·         Rouquidão
·         Dor no tórax
Os testes recomendados para diagnosticar ou avaliar o câncer do pulmão incluem:
- Radiografia de tórax;
Tomografia computadorizada;
PET-Oncológico. Este é um tipo especial de tomografia, que ajuda a definir a atividade da lesão pulmonar;
Punção transtorácica;
Broncoscopia
Biópsia pulmonar cirúrgica;
Mediastinoscopia. O mediastino é o espaço do tórax entre os dois pulmões e o coração. Nesta localização existem gânglios linfáticos – ao que chamamos também de linfonodos - por onde o câncer pode caminhar.
Opções de Tratamentos:
O tratamento pode envolver a cirurgia, a quimioterapia e/ou a radioterapia.

    Quando o câncer é confirmado, poderão ser indicados os seguintes procedimentos:

  - Ressecção “em cunha”: remoção do tumor e do tecido pulmonar ao redor dele.

 
   - Segmentectomia: remoção do tumor e das estruturas anatômicas próximas (vasos e brônquios), para um controle oncológico mais rigoroso, o que deve ser suficiente para tumores bem pequenos e na periferia do pulmão.
  - Lobectomia: remoção do lobo pulmonar que contem o tumor. Esta é a cirurgia padrão para a maioria dos casos de câncer de pulmão.
 - Pneumonectomia: retirada de todo um pulmão, indicada nos casos de doença avançada, mas com boa reserva respiratória.
Quimioterapia:
    A quimioterapia é baseada na administração de medicações pela veia (endovenosas) ou por via oral, que tem por objetivo destruir ou bloquear o crescimento anormal das células cancerosas.

Radioterapia:

    A radioterapia aplica energia, em forma de radiação, para auxiliar o controle local da doença. Existem diferentes formas de aplicação da radioterapia, que vão depender do tipo de tumor e da sua localização.

Bronquite:
   A bronquite consiste na inflamação dos brônquios:canais que conduzem o ar da traqueia até os alvéolos pulmonares. Nessas condições, o paciente tem tosses persistentes, acompanhadas de secreção. Essa doença pode ser aguda ou crônica. A duração e o agravamento das crises é o que diferencia uma da outra.
Bronquite crônica:
    Também conhecida por doença pulmonar obstrutiva crônica, a bronquite cronica se caracteriza quando o portador tem tosse com muco pelo menos três meses ao ano, pois dois anos consecutivos.Esta se apresenta com suas glândulas de muco aumentadas e bronquíolos inflamados.
    Febre,tosse com expectoração espessa, chiado no peito e respiração dificultada são os principais sintomas em momentos de crise.
Outros sintomas de bronquite crônica consistem em:
·         Inchaço nos tornozelos, pés e pernas
·         Lábios roxos devido ao nível baixo de oxigênio
·         Infecções respiratórias freqüentes (tais como resfriados ou gripes)

Bronquite aguda:
    Está relacionada à inalação de substâncias tóxicas, irritantes ou alergênicas.
    É, geralmente, rápida e a cura acontece por completo após a recuperação pulmonar do indivíduo.
    Manifesta-se, muitas vezes, após um resfriado ou gripe: momento em que os pulmões já se apresentam irritados e a imunidade está baixa. Inicialmente, mal-estar, aumento das secreções nasais e tosse seca a caracterizam. Essa tosse, com o passar do tempo, passa a eliminar muco e podem surgir dores no peito e/ou costelas.

Causas:

A bronquite aguda costuma acompanhar uma infecção viral respiratória. No início, ela afeta o nariz, os seios da face e a garganta e, depois, se espalha para os pulmões. Às vezes, pode-se contrair uma infecção bacteriana secundária nas vias respiratórias. Isso significa que a bactéria infectou as vias respiratórias, além do vírus.
Pessoas com risco de bronquite aguda incluem:
·         Idosos, crianças e bebês
·         Pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares
·         Fumantes
As seguintes condições podem piorar a bronquite:
·         Poluição do ar
·         Alergias
·         Certos tipos de trabalho (como trabalhar em minas de carvão, fábricas de tecidos ou lidar com grãos)
·         Infecções
Os exames para o diagnóstico da bronquite incluem:
·         Raios-X torácico
·         Testes de funcionamento dos pulmões fornecem informações úteis para o diagnóstico e o resultado do tratamento
·         Oximetria do pulso auxilia a determinar a quantidade de oxigênio no sangue. Esse exame rápido e indolor é feito com um aparelho que é posto na ponta do dedo. O gás do sangue arterial é quase de mesma medida dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono, mas requer uma agulha e é mais doloroso
·         Amostras de expectoração podem ser extraídas para verificar sinais de inflamação ou infecção bacteriana.
 Ligue para o médico se:
·         Tossir quase todos os dias ou tiver uma tosse que vai e volta com freqüência
·         Estiver tossindo sangue
·         Tiver febre ou calafrios
·         Tiver febre baixa por 3 dias ou mais
·         Apresentar muco espesso e esverdeado, especialmente se tiver mau cheiro
·         Sentir falta de ar ou dor no peito
·         Se você tiver uma doença crônica subjacente, como doença cardíaca ou pulmonar
   Tratamento:
    Não são necessários antibióticos para a bronquite aguda causada por um vírus. A infecção costuma desaparecer sozinha depois de uma semana. Siga os seguintes passos para ter algum alívio:
·         Não fume
·         Beba bastante líquido
·         Repouse
·         Tome ácido acetilsalicílico ou acetaminofeno em caso de febre. Não dê ácido acetilsalicílico a crianças
·         Use um umidificador ou vaporizador no banheiro.
Se os sintomas da bronquite não desaparecerem, seu médico pode prescrever a você um inalador para abrir as vias respiratórias, caso você esteja com chiado no peito. Antibióticos podem ser receitados se houver suspeita de uma infecção bacteriana secundária. Na maioria das vezes, os antibióticos não são necessários nem recomendados.
Complicações possíveis:
Tanto as bronquites agudas quanto a crônica podem originar uma pneumonia. Se você sofre de bronquite crônica, tem mais chances de apresentar infecções respiratórias recorrentes. Você também pode desenvolver:
·         Enfisema
·         Insuficiência cardíaca no lado direito
·         Hipertensão pulmonar
Prevenção:
·         Não fume
·         Tome a vacina contra a gripe e a vacina pneumocócica anualmente, diretamente com seu médico
·         Reduza sua exposição à poluição do ar
·         Lave suas mãos (e as mãos dos seus filhos) freqüentemente para evitar a disseminação de vírus e de outras infecções.
  Tuberculose:
  A tuberculose continua sendo motivo de preocupações até os dias de
  hoje, apesar de acompanhar a humanidade há muitos séculos.
    A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882.

    A transmissão é direta: ocorre de pessoa para pessoa via gotículas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmissão durante contatos prolongados em ambientes fechados e com pouca ventilação.
Após a transmissão do bacilo, ocorrerá uma destas situações: o sistema imunológico do indivíduo pode eliminá-lo; a bactéria pode se desenvolver, mas sem causar a doença; a tuberculose se desenvolve (tuberculose primária) ou pode haver a ativação da doença vários anos depois (tuberculose pós-primária).
    Alguns pacientes podem não apresentar os sintomas ou estes podem ser ignorados por serem parecidos com os de uma gripe. Tosse seca e contínua se apresentando posteriormente com secreção e com duração de mais de quatro semanas, sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e rouquidão são os sintomas da doença. Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais graves.
    O diagnóstico é feito via análise dos sintomas e radiografia do tórax. Exames laboratoriais das secreções pulmonares e escarro do indivíduo são procedimentos confirmatórios.
    O tratamento é feito à base de antibióticos, com duração de aproximadamente seis meses. É imprescindível que este não seja interrompido – fato que pode ocorrer, principalmente, devido aos efeitos colaterais, tais como enjoos  vômitos, indisposição e mal-estar geral. As medicações são distribuídas gratuitamente pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento.


    A vacina BCG é utilizada na prevenção da tuberculose e deve ser administrada em todos os recém-nascidos. Melhoras nas condições de vida da população, além de tratamento e orientação aos enfermos são formas de evitar sua contaminação em maior escala.
Rx de tórax de paciente com Tuberculose pulmonar
    Asma:
    A asma é uma doença crônica caracterizada pela inflamação dos pulmões e provocada pela obstrução crônica do fluxo de ar nas vias respiratórias. É classificada como controlada, não controlada e parcialmente controlada. Tal doença induz a contração da musculatura das vias aéreas, a grande produção de mucosa e os broncoespasmos (contrações) fazendo com que o ar passe com grande dificuldade para os pulmões, que realizam maior força para receber o ar, gerando cansaço, chiado no peito, tosse e respiração difícil (falta de ar).
    A asma pode ocorrer por hereditariedade, alergias, alterações climáticas, gripes ou resfriados e outros. Dessa forma, as causas da doença variam de acordo com cada organismo, sendo que, independente da origem, a doença deve ser tratada, pois o não tratamento compromete o bom funcionamento do organismo e a qualidade de vida.
    Os sinais apresentados pela doença além da falta de ar são: tosse, chiado no peito, cansaço, catarro, ardência no peito e aversão a cheiros fortes. A partir do aparecimento dos sinais o especialista utiliza alguns exames para facilitar o diagnóstico. Normalmente utiliza-se radiografia do tórax, mas ainda podem ser realizados exames de sangue, de pele, teste de bronco e espirometria.






    O tratamento é feito utilizando medicamentos broncos dilatadores, para facilitar a passagem do ar dilatando as vias aéreas; e corticoides inalatórios, para combater a inflamação. Para evitar crises de asma, que podem ocorrer a qualquer momento, as pessoas que possuem a doença devem estar atentas ao ambiente, ao combate de agentes que induzem as alergias e à prevenção de doenças.
    Doença Pulmonar Obstrutiva Cronica (DPOC):
    A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresenta tanto as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a doença de DPOC.
    Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
    Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.

    O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando a danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica.





  Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outras costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar, surgindo, às vezes, chiado no peito (sibilância). À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
    O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico poderá, ainda, solicitar exames de imagem ou de função pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC. Os exames de imagem, como a radiografia ou a tomografia computadorizada do tórax mostrarão alterações características da doença. A espirometria, que é um exame que demonstra como está a função pulmonar, usualmente demonstra a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho que medirá os fluxos e volumes pulmonares. Outro exame importante é a gasometria arterial, em que é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída.
   A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas com muita dificuldade para abandonar o fumo, podem ser utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados pela abstinência deste. Os broncodilatadores são medicamentos muito importantes no tratamento. Podem ser utilizados de várias formas: através de nebulizadores, nebulímetros (sprays ou "bombinhas"), turbohaler (um tipo de "bombinha" que se inala um pó seco), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco que se inala um pó seco), comprimidos, xaropes ou cápsulas de inalar. Os médicos costumam indicar estes medicamentos através de nebulímetros, turbohaler, cápsulas inalatórias ou nebulizadores, por terem efeito mais rápido e eficaz, além de contabilizarem menos efeitos colaterais. Contudo, os medicamentos corticosteroides também podem ser úteis no tratamento de alguns pacientes com DPOC. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no tratamento da pessoa com DPOC, melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação pulmonar através de orientações e exercícios também poderá ser indicada pelo médico com o intuito de diminuir os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do indivíduo, tornando o seu dia-a-dia mais fácil.




    Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença. A terapia de reposição de nicotina ou o uso de uma medicação chamada bupropiona poderá auxiliar neste sentido.
   Pneumonia:
    A pneumonia se caracteriza como sendo uma inflamação dos alvéolos pulmonares, com ou sem infecção. Vírus, fungos, protozoários e bactérias são capazes de provocá-la, sendo mais comuns as pneumonias causadas por pneumococos.
    Esta doença pode se instalar quando há a inalação, ingestão de bactérias que se proliferaram na boca, ou condução de patógenos de outras infecções, via corrente sanguínea. No primeiro caso, gotículas de saliva e secreções contaminadas propiciam o contágio.
    Tosse com secreção, dores torácicas, febre alta, calafrios, dores de ouvido e respiração curta e ofegante são alguns de seus sintomas. Em idosos, pode haver confusão mental. Não sendo tratada, acúmulo de líquidos nos pulmões e ulcerações nos brônquios pode surgir.
    Para diagnóstico, ausculta dos pulmões e radiografias do tórax são essenciais. Exames de sangue e de catarro podem ser solicitados, a fim de identificar o agente causador da doença e se buscar o tratamento mais adequado. Geralmente, antibióticos são receitados e, em alguns casos – como os de pacientes idosos, manifestação de febre alta e alterações clínicas – é necessária a internação. Uma dieta apropriada e o isolamento do indivíduo doente são medidas igualmente importantes: o primeiro visando à recuperação do sistema imune da pessoa comprometida; e o segundo a fim de evitar o contágio. Ficar em repouso é necessário.
Raios x de pulmões comprometidos pela pneumonia
    Gripes que duram mais de uma semana e febre persistente devem ser motivo de atenção. Não fumar nem beber exageradamente, alimentar-se bem, ter bons hábitos de higiene, sempre fazer a manutenção dos ares-condicionados e evitar a exposição a mudanças bruscas de temperatura são medidas preventivas.
    Vale lembrar que, para pneumonia, há vacina (a mesma indicada para meningite); e que esta e a vacina contra o vírus influenza são necessárias em caso de idosos, soropositivos, asplênicos, alcoólicos e demais pessoas com sistema imune debilitado.
    Bronquiectasia:
    A bronquiectasia  é uma dilatação irreversível de porções brônquica, geralmente associada à obstrução e a infecção que acomete mais freqüentemente os lobos inferiores, a língula e o lobo médio, sendo mais comum sua ocorrência no pulmão esquerdo, embora 50% dos casos sejam bilaterais.
    Dentre as etiologias da bronquiectasia encontram-se as infecções bacterianas bronco pulmonares recorrentes, a retenção de secreção devido a infecções mal curadas, e também defeitos imunológicos e anatômicos.
    É  importante elucidar que geralmente a bronquiectasia decorre de outra patologia, sendo que as doenças mais comumente associadas são a bronquite crônica, asma brônquica, mucoviscidose, pneumonia e síndrome dos cílios imóveis. A obstrução do brônquio leva à retenção de ar proveniente do tecido pulmonar em regiões localizadas distalmente à obstrução e, conseqüentemente, essa área se contrai e colaba, resultando em uma força de tração que é exercida nas vias aéreas mais proximais, que se distorcem e dilatam. Ocorre maior acúmulo de secreções na região dilatada, o que se traduz em infecção que levam à inflamação da parede brônquica com destruição do tecido elástico e muscular. Como resultado das recorrentes infecções, as paredes bronquiais tornaram-se cada vez mais fracas, havendo uma dilatação irreversível.
    Tipicamente, o paciente portador dessa afecção apresenta tosse com expectoração persistente e em grande quantidade, especialmente pela manhã. Estas alterações são crônicas, porém apresentam pouco período de piora, sendo que o paciente necessita usar antibiótico freqüentemente. Nesses casos pode haver a presença de febre, perda de apetite, chiado no peito, falta de ar, expectoração com sangue e piora geral do quadro. No entanto, existem casos onde o portador pode não apresentar nenhum sinal clínico.
    Existe também o tipo de bronquiectasia seca, onde não há a presença de expectoração abundante e persistente de muco. Manifesta-se sob episódios de hemoptise (tosse acompanhada de sangue), e normalmente decorre de lesões cicatrizadas de tuberculose.
    O médico poderá suspeitar da doença apenas através do histórico e quadro clínico apresentados pelo paciente.
    Todavia, a confirmação é feita com a realização de exames de imagem, como radiografia, tomografia computadorizada ou broncografia do tórax.Nos casos da doença localizada que não há melhora com o tratamento conservador, pode-se optar pelo tratamento cirúrgico. Pacientes com hemoptise também são candidatos à cirurgia.
    Quando a doença é difusa, o tratamento é conservador, feito por meio da administração de antibióticos e da realização de exercícios fisioterápicos.Pacientes que apresentam Bronquiectasia difusas, com grande prejuízo na qualidade de vida, podem passar pelo transplante pulmonar.
    Complicações podem ocorrer resultantes dessa afecção, como o empiema (acúmulo de pus dentro de uma cavidade natural), o abscesso pulmonar, o pneumotórax (acúmulo de ar na pleura), a hemoptise volumosa (quando o paciente tosse grande volume de sangue) e o cor pulmonale (quando a doença crônica dos pulmões danifica o coração).
    Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):
    O uso de equipamentos de proteção individual, EPIs, é imprescindível
    aos profissionais de saúde que lidam com pessoas acometidas pela
    sars(coronavírus).
    A síndrome respiratória aguda grave é uma doença viral causada pelo coronavírus Sars-CoV. Acredita-se que um novo vírus da família dos paramixovírus ou um metapneumovírus possa também estar relacionado a ela.
    A doença também é chamada de SRAS, SARS e pneumonia asiática. Essa última denominação se deve ao fato de que sua incidência é restrita a esse local, embora pessoas que viajaram a tais regiões ou tiveram contato com doentes de lá, possam desenvolver o quadro e transmitir a outras pessoas, em seus respectivos continentes.
    Menos transmissível que a gripe comum, a contaminação se dá por meio da ingestão ou aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal direta ou indiretamente de uma pessoa contaminada. Entre dois e dez dias, surge a manifestação dos sintomas. Eles são semelhantes aos de uma gripe comum, como dor no corpo, juntas, cabeça e garganta, e que podem ou não estar associados à diarréia, perda do apetite, mal-estar e confusão mental. Entretanto, é manifestada febre acima de 38°C e o quadro pode evoluir para tosse seca, falta de ar e, em casos mais graves, insuficiência respiratória. Em mais de 80% dos casos, após uma semana, os sintomas começam a regredir.
    O diagnóstico é clínico e inclui a análise dos sintomas e exclusão de outras doenças. Em virtude da sua incidência restrita, é importante dizer ao médico – ou que ele pergunte – se você foi a algum país da Ásia, recentemente, ou se entrou em contato com pessoas de lá. Radiografia dos pulmões e tomografia computadorizada do tórax pode ser solicitada. Entretanto, não há, até o presente momento, exames laboratoriais que confirmem a presença do vírus.

O tratamento é focado no controle dos sintomas e recuperação da imunidade, evitando a manifestação de novas infecções e dando condições para que o organismo da pessoa combata o vírus. Em algumas situações, pode ser recomendado o uso de próteses respiratórias.
A prevenção inclui a detecção precoce e tratamento dos indivíduos doentes, evitando o contato com outras pessoas; e uso de EPIs, como luvas e máscaras, pelos profissionais de saúde que tenham contato próximo com pessoas acometidas.







Espero mais uma vez ter ajudado.
Um abraço e até a próxima!