Sejam Bem vindos!

"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Saiba mais sobre CÂNCER!

Hoje irei falar de uma doença que anda um pouco em alta, principalmente entre as celebridades tanto brasileiras quanto estrangeiras: O câncer!
Quando eu era criança, minha mãe, meus tios e meus avós não permitiam que esta palavra nem fosse pronunciada, era como algo extremamente terrível que só de pensar na palavra poderia até "pegar" a doença, por muitos anos, confesso que tinha até medo de pronunciar a palavra "câncer"!
Mas com o passar dos tempos e após ter entrado para a área de saúde, de ter que conviver profissionalmente com pessoas portadoras desta patologia, o medo passou e nasceu dentro de mim um grande desejo de poder contribuir para o tratamento e prevenção da mesma.
Quem não ouviu ou leu em noticiários de TV e jornais sobre celebridades que descobriram que eram portadores de câncer, e que hoje ainda lutam contra ele ou que já morreram dele?
Só para lembrar, posso citar: 
Reynaldo Gianecchini (linfoma); Hebe Camargo (diagnosticada com tumor no peritônio (membrana que reveste o aparelho digestivo) em 2010); Ana Maria Braga (Seu primeiro contato com a doença foi um câncer de pele, em 1991. Cerca de sete anos depois a apresentadora retirou um tumor benigno no útero. Em julho de 2001,surpreendeu a todos ao anunciar ao vivo, no programa Mais Você, que estava com câncer no reto.); Patrícia Pillar (Foi durante o auto exame em 2001 que a atriz sentiu um nódulo em seu seio esquerdo. Depois de uma cirurgia para a retirada do tumor e sessões de quimioterapia, a atriz foi considerada curada pelos médicos); Glória Perez (Há dois anos, a autora de novelas recebeu o diagnóstico de linfoma, câncer que acomete o sistema linfático- o mesmo de Gianecchini); Drica Moraes (foi diagnosticada com leucemia, um tipo de câncer que afeta a medula óssea, em 2010); Herson Capri (descobriu que tinha um nódulo no pulmão esquerdo há 12 anos. O câncer foi descoberto durante exames preliminares para uma cirurgia de lipoaspiração); Martinho da Vila (O sambista teve que retirar a próstata por causa de um câncer há dez anos); Márcia Cabrita (Desde março de 2010, a atriz alimenta o blog Força na Peruca em que fala sobre a experiência de passar por um câncer no ovário); Além destes mencionados ainda temos mais recentes, os casos de Luiz Inácio Lula da Silva (ex-presidente da república com câncer de próstata);Boni(câncer de próstata), Vera Gimenez(mãe da apresentadora Luciana Gimenez, câncer de mama há 17 anos, retirou o seio e fez quimioterapia) e Marcos Paulo( câncer no esôfago. Desde maio de 2011 ).
A nível inter nacional, podemos citar alguns nomes muito conhecidos entre as celebridades como: Michael Douglas (Em 2010 revelou ao público que está tratando de um câncer na garganta, já em estado avançado);Christina Applegate (Em 2008, a atriz declarou que tinha um câncer de mama em estagio inicial); Farrah Fawcett (Faleceu em junho de 2009, aos 62 anos, após uma longa luta contra um câncer no reto); Maura Tierney (em 2009, a atriz do seriado E.R. iniciou um tratamento contra um câncer de mama); Elizabeth Taylor (Em 2002, foi diagnosticada com câncer de pele e logo iniciou tratamento);Shirley Temple (Nos anos 70, a atriz que ganhou fama enquanto criança, foi a primeira estrela de Hollywood a revelar publicamente que tinha câncer de mama); Olivia Newton-John (Nos anos 90, enquanto tratava de um câncer de mama, Olivia chegou a escrever um livro, narrando o delicado processo de recuperação); Lawrence Tureaud – Mr. TEm 1995, foi diagnosticado com câncer. O tratamento contra a doença foi bem sucedido); Patrick Swayze(O lendário ator-dançarino, estrela dos sucessos Dirty Dancing (1987), Ghost (1990) e Caçadores de Emoção (1991) morreu em 14 de setembro de 2009, aos 57 anos, após tratamento contra um câncer no pâncreas).
Para que possamos entender um pouco mais sobre esta doença que vem acometendo algumas pessoas ultimamente, vejamos sobre seu conceito:
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.




Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo.Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.
sarcoma de kaposi

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).
O que causa o câncer?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos. 
O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.
Fatores de risco de natureza ambiental:

Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).
Hereditariedade:

São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor.

Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem estar protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o sarcoma de Ewing é muito raro em negros.
Como surge o câncer?
As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contêm os cromossomas, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.
Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.
Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.

Hábitos alimentares:
Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.

Alimentação de risco:

Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadela, dentre outros.

Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago observados em populações que consomem alimentos com estas características de forma abundante e freqüente. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. 

Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos. Antes de comprar alimentos, compare a quantidade de sódio nas tabelas nutricionais dos produtos

Cuidados ao preparar os alimentos:

O tipo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. Tente adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola e salsa. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de até 5 g de sal ou 2 g de sódio por dia, ou seja, o equivalente a uma tampa de caneta cheia. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e coloretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura,pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado.
Fibras x gordura:

Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença.
Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina, substância cancerígena. Essa toxina está relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado.

Como prevenir-se:

Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes.
Desde a infância até a idade adulta, o ganho de peso e aumentos na circunferência da cintura devem ser evitados. O índice de massa corporal (IMC) do adulto (20 a 60 anos) deve estar entre 18,5 e 24,9 kg/m2. O IMC entre 25 e 29,9 indica sobrepeso. Com IMC acima de 30 a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Veja a fórmula.
peso
IMC = ------------------
(altura x altura)

Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese e, portanto, devem ser consumidos com freqüência.

Hoje já está estabelecido que uma alimentação rica nesses alimentos ajuda a diminuir o risco de câncer de pulmão, cólon e reto, estômago, boca, faringe e esôfago. Provavelmente, reduzem também o risco de câncer de mama, bexiga, laringe e pâncreas, e possivelmente o de ovário, endométrio, colo do útero, tireoide, fígado,próstata e rim.
As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso.
A tendência cada vez maior da ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos através dos alimentos, o uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não é recomendável para prevenção do câncer.
Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator protetor, quando adotada constantemente, no decorrer da vida. Neste aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o uso do arroz com feijão.

Como se alimenta o brasileiro:

No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.

Apesar de consumir mais frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa entrevistados) e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. A ingestão de fibras também é baixa, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O feijão, alimento rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros. Para agravar o quadro, eles também tem se exercitado menos. Em 2006, 71,9% da população revelava comer o grão ao menos cinco vezes na semana. Em 2010, a média caiu para 65,8%. No estado do Rio, a média de consumo do feijão ainda é alta: 71,7%. A queda na média nacional pode ser atribuída às mudanças na dinâmica da família brasileira, que tem tido cada vez menos tempo de preparar comida em casa e o feijão tem preparo demorado. O consumo de gorduras é mais elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.
Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez por semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo quase que diário aumentou 13,4% em um ano. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a popularidade dos refrigerantes é ainda maior: 42,1% tomam refrigerantes quase todos os dias. Apesar de o mercado oferecer cada vez mais versões com menos açúcar, como os diet e os light , somente 15% dos brasileiros optam por eles. Os jovens também preferem alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. 

O álcool e o tabagismo:

O uso combinado de álcool e tabaco aumenta ainda mais o risco de câncer nestas e em outras localizações, como a faringe e a laringe supraglótica. Além de agente causal de cirrose hepática, em interação com outros fatores de risco, como, por exemplo, o vírus da hepatite B, o alcoolismo está relacionado a 2 - 4% das mortes por câncer, implicado que está, também, na gênese dos cânceres de fígado, reto e, possivelmente, mama. Os estudos epidemiológicos têm demonstrado que o tipo de bebida (cerveja, vinho, cachaça etc.) é indiferente, pois parece ser o etanol, propriamente, o agente agressor. Esta substância psicoativa tem a capacidade de produzir alteração no sistema nervoso central, podendo modificar o comportamento dos indivíduos que dela fazem uso. Por ter efeito prazeroso, induz à repetição e, assim, à dependência.
Os efeitos do álcool variam de acordo com a rapidez e a frequência com que ele é ingerido, com a quantidade de alimentos consumidos durante a ingestão de bebidas alcoólicas, com o peso da pessoa, com o estado de espírito desta pessoa etc. O álcool atinge rapidamente a circulação sangüínea e todas as partes do corpo, inclusive o sistema nervoso, provocando mesmo em doses pequenas a diminuição da coordenação motora e dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição.
Recorde-se que muitas doenças são causadas pelo uso contínuo do álcool: doenças neurais, mentais, musculares, hepáticas, gástricas, pancreáticas e entre elas o câncer. Isto sem falar nos problemas sociais que estão associados à ingestão de bebidas alcoólicas: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, faltas ao trabalho e atos de violência.

O conselho para as pessoas que optarem por beber álcool é que limitem o consumo para menos de dois drinques por dia para homens e menos de um para mulheres. Mulheres grávidas, crianças e adolescentes não devem ingerir bebida alcoólica.
Hábitos Sexuais

Certas características de comportamento sexual aumentam a chance de exposição a vírus carcinogênicos sexualmente transmissíveis.
A promiscuidade sexual, a falta de higiene, a precocidade do início da vida sexual (antes dos 18 anos de idade), bem como a variedade de parceiros, tanto da mulher como do seu companheiro, estão relacionados a um maior risco de câncer do colo uterino. Esses fatos sugerem que os hábitos sexuais contribuem para a propagação de agentes sexualmente transmissíveis, capazes de induzir o câncer.
   Eis alguns tipos de vírus com potencial carcinogênico que podem ser transmitidos sexualmente:
  • o herpesvírus tipo II e o papiloma vírus (HPV) estão relacionados ao câncer do colo uterino;
  • o vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), associado a outros tipos de vírus, como o citomegalovírus e os herpesvírus I e II, pode desencadear o aparecimento de sacoma de Kaposi, câncer de língua e de reto, respectivamente, em pacientes portadores de AIDS;
  • o vírus HTLV-I associa-se a leucemias e ao linfoma de linfócitos T;
  • o vírus da hepatite B relaciona-se ao câncer de fígado.
Medicamentos:

Apesar da valiosa contribuição para o controle de muitas doenças, a incorporação de medicamentos à pratica médica produz também efeitos indesejáveis, entre os quais a carcinogênese.

Dentre alguns estudos, podem ser citados:
• o efeito carcinogênico indubitável da clornafazina e do melfalan.
• a evidência que o clorambucil, o tiotepa e a ciclofosfamida são indutores de leucemias e câncer de bexiga.
• supressores imunológicos, como a azatio-prina e prednisona, já foram relacionados com linfomas malignos e com o câncer de pele. Quando administrados a trasplantados, aumentam, agudamente, em meses, o risco de desenvolver o linfoma linfocítico e outros tumores malignos nesses pacientes.
• a fenacetina tem sido responsabilizada por tumores da pelve renal.
• a comprovação da relação entre o uso de dietilestilbestrol por mulheres grávidas e o desenvolvimento, em suas filhas expostas in útero ao hormônio, de adenocarcinoma de células claras de vagina.
• o uso de estrogênios conjugados, para o tratamento dos sintomas da menopausa, correlaciona-se com uma maior ocorrência do câncer de endométrio, e alguns estudos relacionaram o câncer de mama com o uso prolongado de contraceptivos, antes da primeira gravidez.


Fatores Ocupacionais:

A primeira observação da relação entre a ocupação das pessoas, a exposição a agentes ocupacionais e neoplasias de origem hemato poética foi relatada por Pott, em 1775, pela qual demonstrou a alta freqüência de câncer da bolsa escrotal de limpadores de chaminés, em Londres, na Inglaterra. Segundo Stellman e Daum (1975), cerca de 3.000 substâncias novas são introduzidas a cada ano nas indústrias, sem que os trabalhadores a elas expostos tenham consciência dos seus efeitos tóxicos. Rumel (1988) estudou, no Estado de São Paulo, a mortalidade por algumas causas básicas, entre trabalhadores masculinos de ocupações correspondentes a diferentes níveis sociais, e demonstrou que, por exemplo, o SRR ( standardized risk ratio ) de óbito por câncer de pulmão é maior entre os trabalhadores braçais do que entre os metalúrgicos, comerciários, cientistas e artistas. A má qualidade do ar no ambiente de trabalho é um fator importante para o câncer ocupacional. Durante pelo menos oito horas por dia os trabalhadores estão expostos ao ar poluído, pondo seriamente em risco a saúde. Algumas substâncias como o asbesto, encontrado em materiais como fibras de amianto ou cimento e tem mesotelioma de pleura como neoplasia maligna especificamente relacionada a essa exposição; as aminas aromáticas, usadas na produção de tintas e os agrotóxicos agem referencialmente sobre a bexiga, enquanto os hidrocarbonetos aromáticos, encontrados na fuligem, parecem agir sobre as células da pele e sobre as vias respiratórias e pulmões. O benzeno, que pode ser encontrado como contaminante na produção de carvão, em indústrias siderúrgicas, e é usado como solvente de tintas e colas, atinge principalmente a medula óssea, podendo provocar leucemia.Outros cancerígenos passam pela circulação do sangue, atingindo primeiramente o fígado, onde suas moléculas são quebradas quimicamente, dando origem a novas substâncias (metabólitos) muitas vezes mais tóxicas que as substâncias originais.O câncer provocado por exposições ocupacionais geralmente atinge regiões do corpo que estão em contato direto com as substâncias cancerígenas, seja durante a fase de absorção (pele, aparelho respiratório) ou de excreção (aparelho urinário), o que explica a maior freqüência de câncer de pulmão, de pele e de bexiga nesse tipo de exposição.A falta de conhecimento sobre os riscos para a saúde e de informações político-econômicas que não priorizam o ser humano e sua preservação são fatores fundamentais para o aparecimento do câncer ocupacional.
Dicas de Como Prevenir o Câncer Ocupacional:
A prevenção do câncer de origem ocupacional deve abranger:
1 - a remoção da substância cancerígena do local de trabalho;
2 - controle da liberação de substâncias cancerígenas resultantes de processos industriais para a atmosfera;
3 - controle da exposição de cada trabalhador e o uso rigoroso dos equipamentos de proteção individual (máscaras e roupas especiais);
4 - a boa ventilação do local de trabalho, para se evitar o excesso de produtos químicos no ambiente;
5 - o trabalho educativo, visando aumentar o conhecimento dos trabalhadores a respeito das substâncias com as quais trabalham, além dos riscos e cuidados que devem ser tomados ao se exporem a essas substâncias;
6 - a eficiência dos serviços de medicina do trabalho, com a realização de exames periódicos em todos os trabalhadores;
7 - a proibição do fumo nos ambientes de trabalho, pois, como já foi dito, a poluição tabagística ambiental potencializa as ações da maioria dessas substâncias.
Para isso se faz necessário o envolvimento de órgãos governamentais para a criação de leis que proíbam a exposição a qualquer concentração de substâncias que, comprovadamente, provoquem câncer no homem, obrigando os empregadores a informar seus empregados sobre os riscos a que estão expostos no ambiente de trabalho, manter um programa de exames médicos periódicos e adotar programas de proteção individual, através da utilização de equipamentos mais adequados.
Portanto, a exposição ocupacional deve ser valorizada em políticas de prevenção de câncer, principalmente em países em desenvolvimento.

Ocupação
Locais Primários dos Tumores
Marceneiro
Carcinoma de nariz e seios para-nasais
Sapateiro
Carcinoma de nariz e seios para-nasais
Limpador de chaminé
Carcinoma de pele, pulmão e bexiga
Relacionada à si
Carcinoma de pulmão
Fonte: IARC - Internacional Agency for Research on Câncer; Trichopoulos et al, 1996.

Radiação Solar:


Exposição Excessiva:

No Brasil, o câncer mais freqüente é o de pele, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas. A radiação ultra-violeta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente etiológico.
De acordo com o comprimento de onda, os raios ultra-violetas (raios UV) são classificados em raios UV-C, em raios UV-A (320-400nm) e em raios UV-B (280-320nm). Em decorrência da destruição da camada de ozônio, os raios UV-B, que estão intrinsecamente relacionados ao surgimento do câncer de pele, têm aumentado progressivamente sua incidência sobre a terra. Da mesma forma, tem ocorrido um aumento da incidência dos raios UV-C, que são potencialmente mais carcinogênicos do que os UVB.
Por sua vez, os raios UV-A independem desta camada, e causam câncer de pele em quem se expõe a eles em horários de alta incidência, continuamente e ao longo de muitos anos. As pessoas de pele clara que vivem em locais de alta incidência de luz solar são as que apresentam maior risco. Como mais de 50% da população brasileira têm pele clara e se expõem ao sol muito e descuidadamente, seja por trabalho, seja por lazer, e o país situa-se geograficamente numa zona de alta incidência de raios ultra-violeta, nada mais previsível e explicável do que a alta ocorrência do câncer de pele entre nós.
Como se proteger?
As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e freqüente, por atividades profissionais e de lazer, constituem o grupo de maior risco de contrair câncer de pele, principalmente aquelas de pele clara.
Sob circunstâncias normais, as crianças se expõem anualmente ao sol três vezes mais que os adultos. Pesquisas indicam que a exposição cumulativa e excessiva durante os primeiros 10 a 20 anos de vida aumenta muito o risco de câncer de pele,mostrando ser a infância uma fase particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do sol.
O clima tropical, a grande quantidade de praias, a idéia de beleza associada ao bronzeamento, principalmente entre os jovens, e o trabalho rural favorecem a exposição excessiva à radiação solar.
Para a prevenção não só do câncer de pele como também das outras lesões provocadas pelos raios UV é necessário evitar a exposição ao sol sem proteção. É preciso incentivar o uso de chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e filtros solares durante qualquer atividade ao ar livre e evitar a exposição em horários em que os raios ultra violeta são mais intensos, ou seja, das 10 às 16 horas.
Grandes altitudes requerem cuidados extras. A cada 300 metros de altitude, aproximadamente, aumenta em 4% a intensidade da vermelhidão produzida na pele pela luz ultra violeta. A neve, a areia branca e as superfícies pintadas de branco são refletoras dos raios solares. Portanto, nessas condições, os cuidados devem ser redobrados.
Considerando-se que os danos provocados pelo abuso de exposição solar é cumulativo, é importante que cuidados especiais sejam tomados desde a infância mais precoce.
Filtros Solares - Recomendações:
Os filtros solares são preparações para uso tópico que reduzem os efeitos deletérios da radiação ultra violeta.
Porém, cuidado! Nem todos os filtros solares oferecem proteção completa para os raios UV-B e raios UV-A. Além disso, suprimem os sinais de excesso de exposição ao sol, tais como as queimaduras, o que faz com que as pessoas se exponham excessivamente às radiações que eles não bloqueiam, como a infra vermelha. Criam, portanto, uma falsa sensação de segurança e encorajam as pessoas a se exporem ao sol por mais tempo.
Devemos, portanto, entender que o uso do filtro solar não tem como objetivo permitir o aumento do tempo de exposição ao sol, nem estimular o bronzeamento. É importante lembrar, também, que o real fator de proteção varia com a espessura da camada de creme aplicada, a freqüência da aplicação, a perspiração e a exposição à água.
É recomendado que durante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS de 15 ou mais.Também devem ser tomadas precauções na hora de se escolher um filtro solar, no sentido de se procurarem os que protegem também contra os raios UV-A. Os filtros solares devem ser aplicados antes da exposição ao sol e reaplicados após nadar, suar e se secar com toalhas.
Outras radiações:
Estima-se que menos de 3% dos cânceres resultem da exposição às radiações ionizantes. Estudos feitos entre os sobreviventes da explosão das bombas atômicas e entre pacientes que se submeteram à radioterapia, mostraram que o risco de câncer aumenta em proporção direta à dose de radiação recebida, e que os tecidos mais sensíveis às radiações ionizantes são o hematopoético, o tiroidiano, o mamário e o ósseo. As leucemias ocorrem entre 2 e 5 anos após a exposição, e os tumores sólidos surgem entre 5 e 10 anos.
O risco de desenvolvimento de um câncer é significantemente maior quando a exposição dos indivíduos à radiação aconteceu na infância. 
Auto exame da pele:

O que é o auto exame da pele?
É um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma. Se diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer de pele pode ser curado.
Quando fazer?
Ao fazer o auto exame regularmente, você se familiarizará com a superfície normal da sua pele. É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame.
O que procurar?
• Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram
• Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor
• Feridas que não cicatrizam em 4 semanas
Deve-se ter em mente o ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, como descrito abaixo:
• Assimetria - uma metade diferente da outra
• Bordas irregulares - contorno mal definido
• Cor variável - várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul
• Diâmetro - maior que 6 mm
Como fazer?
1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo;
2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
3) Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas além da região genital;
4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os entre os dedos;
5) Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas;
6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.
Atenção:
Caso encontre qualquer diferença ou alteração, procure orientação médica. Evite exposição ao sol das 10h às 16h e utilize sempre filtros solares com fator de proteção 15 ou mais alto, além de chapéus, guarda-sóis e óculos escuros.


Dez dicas para se proteger do câncer
1. Pare de fumar! Esta é a regra mais importante para prevenir o câncer.
2. Uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Coma mais frutas, legumes, verduras, cereais e menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados. Sua dieta deveria conter diariamente, pelo menos, cinco porções de frutas, verduras e legumes. Dê preferência às gorduras de origem vegetal como o azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros, lembrando sempre que não devem ser expostas a altas temperaturas. Evite gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc) e algumas gorduras vegetais como margarinas e gordura vegetal hidrogenada.
3. Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas. Os homens não devem tomar mais do que dois drinques por dia. As mulheres devem se limitar a um drinque.
4. É aconselhável que homens, entre 50 e 70 anos, na oportunidade de uma consulta médica, orientem-se sobre a necessidade de investigação do câncer da próstata.  Os homens com histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos devem realizar consulta médica para investigação da doença a partir dos 45 anos.
5. Pratique atividades físicas moderadamente durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana.
6. As mulheres, com 40 anos ou mais, devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. Além disto, toda mulher, entre 50 e 69 anos, deve fazer uma mamografia a cada dois anos. As mulheres com caso de câncer de mama na família (mãe, irmã, filha etc, diagnosticados antes dos 50 anos), ou aquelas que tiverem câncer de ovário ou câncer em uma das mamas, em qualquer idade, devem realizar o exame clínico e mamografia, a partir dos 35 anos de idade, anualmente.
7. As mulheres com idade entre 25 e 64 anos devem realizar o preventivo ginecológico periodicamente. Após dois exames com resultado normal com intervalo de um ano, o preventivo pode ser feito a cada três anos. Para os exames alterados, deve-se seguir as orientações médicas.
8. É recomendável que mulheres e homens com 50 anos ou mais realizem exame de sangue oculto nas fezes, a cada ano (preferencialmente), ou a cada dois anos.
9. Evite exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar. Se você se expõe ao sol durante a jornada de trabalho, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.
10. Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente.
Fontes: INCA/MS, 2002. Prevenção e Controle de Câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, 2002, 48(3):317-332
INCA/MS, 2002. Programa nacional de Controle do Câncer da Próstata: documento de consenso
INCA/MS, 2003. Consenso para o Controle do Câncer de Mama
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