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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novo exame aumenta precisão de diagnóstico de meningite bacteriana



A incorporação de um novo exame na rede pública de saúde promete diminuir os diagnósticos incorretos de meningite bacteriana. É o que mostra um estudo publicado recentemente na revista científica PLoS One por pesquisadores brasileiros e americanos.
A tecnologia - conhecida como PCR em tempo real (mais informações nesta página) - possui uma enorme sensibilidade. Na amostra de liquor da medula espinhal, bastam oito ou dez bactérias, que podem estar mortas, para que o resultado do exame dê positivo. Os pesquisadores compararam o desempenho da estratégia ao tradicional método de cultura da bactéria em laboratório para posterior identificação com processos bioquímicos.
Segundo o trabalho, com a adoção do novo exame, houve um aumento de 85% no número de diagnósticos de meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Para a bactéria Streptococcus pneumoniae, o aumento foi de 52%. Elas são responsáveis, respectivamente, por 63% e 33% dos casos de meningite bacteriana em São Paulo. A melhora de diagnósticos para Haemophilus influenzae foi mais discreta, porém também significativa: 20%.
A razão para uma diferença tão grande entre os dois métodos está no consumo de antibióticos, afirma Claudio Sacchi, coautor do estudo e pesquisador do Instituto Adolfo Lutz (IAL), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde.
Muitas vezes, quando o liquor é colhido para exame, a pessoa já tomou antibióticos com ação bactericida (que mata as bactérias) ou bacteriostática (que impede sua reprodução). 'Os microrganismos não estão mais aptos para serem cultivados em laboratório', explica Sacchi. Desta forma, muitos exames dão um falso resultado negativo.
Outra vantagem do PCR em tempo real é a rapidez. Depois de três horas de processamento, sai o resultado. O método da cultura em laboratório pode levar até 48 horas para oferecer um diagnóstico.
Participaram do estudo nove hospitais paulistanos e três de Campinas (SP). As amostras coletadas de casos suspeitos da doença eram enviadas ao IAL, em São Paulo, ou para a sede regional do órgão em Campinas.
Planos. O Ministério da Saúde deseja ampliar o número de Estados que incorporam o PCR em tempo real à rotina dos seus procedimentos de diagnóstico para meningite bacteriana.
Atualmente, dois Estados - São Paulo e Paraná - utilizam a técnica. Gabriela Andrade, consultora técnica da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública, afirma que o número de Estados que oferecem o serviço deve aumentar até o fim do ano. Estão na lista Pernambuco, Ceará, Amazonas, Santa Catarina, Rio, Minas, Alagoas e Goiás. Todos já receberam treinamento no IAL, que desenvolveu o protocolo para diagnóstico no País.
São necessárias máquinas de R$ 100 mil a R$ 150 mil para aplicar a técnica. Mas, depois do investimento inicial, o custo de cada exame gira em torno de R$ 30, cerca de metade do valor de um método chamado aglutinação pelo látex, muito usado, mas que não é tão abrangente e preciso. Gabriela explica que muitos centros já receberam as máquinas necessárias para o PCR em tempo real durante a pandemia de gripe suína em 2009.
A farmacêutica Joice Pedreira, da Universidade Federal da Bahia, explica que o novo exame não vai substituir a cultura de bactérias em laboratório. 'Serão complementares', explica. A cultura é importante para a realização de testes que indiquem quais antibióticos são mais eficazes contra determinadas cepas.
PARA LEMBRAR
São Paulo foi o Estado com mais mortes
São Paulo liderou o ranking de mortes por meningite meningocócica em 2010, com 277 casos. O dado é do Ministério da Saúde. O Rio de Janeiro foi o segundo colocado na lista, com 85 mortes, e a Bahia o terceiro, com 64 casos.
A região Sudeste concentra as mortes por esse tipo de meningite - foram 403 óbitos no total. Espírito Santo teve 8 mortes e Minas Gerais, 33. Já o Nordeste registrou 104.
Em São Paulo, o número de mortes em 2010 foi um pouco superior ao de 2009 (234 casos) e de 2008 (236).
Na semana passada, a região de Campinas registrou a morte de duas crianças com suspeita da doença. Uma delas morreu em Monte Mor e a outra, em Hortolândia.
A DOENÇA
O que é
A meningite é uma doença grave que pode ser causada bactérias, vírus, parasitas e fungos. É um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Sintomas
Crianças acima de 1 ano de idade e adultos têm febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele. Em crianças menores de 1 ano, os sintomas podem não ser tão evidentes e deve-se atentar para a presença de moleira tensa ou elevada e rigidez corporal, com ou sem convulsões.
Como se pega
A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória, por meio de gotículas e secreções do nariz e garganta.

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