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"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Tudo que você precisa Saber sobre Puerpério e Aleitamento Materno.



Quando um bebê nasce, nasce com ele uma mãe. E mesmo quando a vida ainda é um minúsculo ser na sua barriga, você já é mãe no coração. Todos os seus pensamentos e cuidados se voltam para esse serzinho, que, mesmo tão pequeno já provoca emoções tão grandes.

Depois do nascimento do bebê as emoções só aumentam, mas você precisa se lembrar de que é necessário tomar alguns cuidados e algumas providências para garantir que seu filho cresça com saúde.

É chamado de puerpério o período que compreende a fase pós-parto, quando a mulher passa por alterações físicas e psíquicas até que retorne ao estado anterior à sua gravidez. Esse período se inicia no momento em que se dá o descolamento placentário, logo após o nascimento do bebê, embora também possa ocorrer com a placenta ainda inserida na gestante, é o caso de óbitos fetais intrauterino.

No exame físico específico, examinar as mamas observando os mamilos quanto ao tipo, sinais de lesões, rachaduras, bolhas, sangramento; sinais de ingurgitamento mamário, pontos endurecidos, vermelhos, doloridos. Quando necessário, ensinar a mãe a realizar drenagem do leite e indicar exercícios se houver protrusão mamilar. Também deverá avaliar a involução uterina, verificando as condições da cicatrização cirúrgica, o aspecto e quantidade da loquiação.

É durante o puerpério que o organismo materno retorna às suas condições pré-gravídicas. Este período dura em torno de seis semanas, geralmente ele termina quando a mulher retorna sua função ovulatória, ou seja, reprodutiva. Se a puérpera não estiver amamentando, sua ovulação retornará cerca de seis a oito semanas do parto.

O puerpério é convencionalmente dividido em três fases:

Puerpério imediato – inicia logo após a saída da placenta e dura aproximadamente duas horas.

Puerpério mediato: desde o puerpério imediato até 10º dia. Neste período ocorre à regressão do útero, a loquiação apresenta-se em quantidade moderada para escassa e amarelada. É um momento oportuno para realização de a visita domiciliar pelo profissional médico ou enfermeiro, pois a mulher está repleta de dúvidas e necessitando de avaliação e cuidados de saúde.

Puerpério tardio – do décimo ao quadragésimo quinto dia;

Puerpério remoto – além do quadragésimo quinto dia até que a mulher retome sua função reprodutiva.

Durante este período, a mulher apresenta o chamado “lóquios” que consiste de um sangramento sanguinolento liberado pelo útero após o parto. Inicialmente são vermelhos e, por vezes, tão ou mais abundantes que a menstruação e com o passar do tempo tornam-se acastanhados e em pequena quantidade. Passados de 10 a 14 dias tornam-se brancos ou amarelados, até que desapareça.

A consulta de puerpério, que deve ser realizada entre o 7º e o 10º dia após o parto, têm os seguintes objetivos:

Identificar patologias frequentes nesse período e avaliar as condições maternas;

Controlar e acompanhar a evolução das patologias manifestadas durante a gestação, tais como anemias, diabetes gestacional, síndromes hipertensivas, etc.;

Reforçar orientações bem como esclarecer eventuais dúvidas que possam aparecer;

Iniciar o acompanhamento do crescimento, desenvolvimento e imunização do recém-nascido, bem como realizar avaliação de seu estado geral;

Fornecer orientações sobre o planejamento familiar e assistência ginecológica;

Fornecer orientações sobre o restabelecimento da atividade sexual do casal.

Depressão pós-parto

- Falta de informação sobre os sintomas da doença e formas de tratamento potencializam um mal que atinge até 15% das mães.

- Falar do problema com o médico é fundamental.

O pré-natal é importante e deve ser incentivado pela família quando a própria mulher é negligente neste aspecto, pois até mesmo pequenas atitudes dela podem ajudar o médico a perceber se ela está depressiva ou tem tendência a desenvolvê-la. A mãe nos dá dicas, como o asseio, a aparência, se ela curte e mostra a gravidez para os outros, se ela chora do nada.

Os familiares e amigos também devem ser orientados a encarar o tema sem discriminação ou pânico.
Já é um grande alívio quando as mulheres veem que seu parceiro procura entender o que está se passando com ela. A percepção de apoio por parte dele pode ser, inclusive, um fator de proteção para este transtorno.

Mulheres com depressão precisam contar com a ajuda do companheiro e de parentes para cuidar do bebê, uma vez que ter um sono agradável e sem interrupções pode ser inclusive terapêutico. É importante acompanhar esses bebês para que não venham a desenvolver transtornos cognitivos e afetivos decorrentes do menor contato com a mãe e até de episódios traumáticos ocorridos nesse período.

Tratamento:

Não há consenso entre os médicos sobre os riscos de se tomar anti-depressivos ou anti­psicóticos durante a amamentação, mas todos são unânimes em afirmar que a mulher que sofre de depressão ou psicose pós-parto não pode abrir mão da medicação quando essa é recomendada pelo médico.Não há consenso entre os médicos sobre os riscos de se tomar anti-depressivos ou anti­psicóticos durante a amamentação, mas todos são unânimes em afirmar que a mulher que sofre de depressão ou psicose pós-parto não pode abrir mão da medicação quando essa é recomendada pelo médico.

As taxas dos remédios encontrados no leite materno e até mesmo na placenta são insuficientes para causar dano ao bebê ou prejudicar a relação entre mãe e filho. No caso de a mulher precisar utilizar o remédio durante a gravidez, é importante que o faça após o terceiro mês de gestação, para evitar más-formações.

A depressão pós-parto atinge cerca de 15% das mulheres e gera um sentimento de rejeição da criança junto com episódios típicos de depressão, como tristeza, ansiedade, choros e pensamentos negativos. O quadro é comum em pacientes que já têm histórico da doença e, ao contrário do que se pensa, na maioria dos casos somente as mudanças hormonais não são suficientes para disparar o gatilho do problema.

Já a psicose, que atinge 0,2% das mães, é ainda mais grave. É quando a mulher tem alucinações, ouve vozes, cria diálogos que não aconteceram, vê um ladrão imaginário entrar na casa dela. É bem raro e necessita de internação e medicação. É nessa situação que podem ocorrer os infanticídios, crime hoje punido com internação, já que a Medicina e o Código Penal consideram que a mãe não tinha ciência nem intenção de cometer o ato.

Para a lei brasileira, infanticídio não pode ser punido com prisão.

Alimentação Pós-parto:

A alimentação pós-parto deve conter, em média, 400 calorias a mais do que a mulher está habituada a comer no seu dia a dia, para garantir uma boa produção de leite.

Durante esta fase é preciso ter algum cuidado com o que se come, pois os nutrientes também chegarão até ao bebê, através do leite materno. Um exemplo é o aparecimento de cólicas no bebê que mama no peito devido à alimentação da mãe.

A alimentação para evitar as cólicas no bebe não está estipulada porque nem todos os bebês são iguais, e o que pode causar cólica num bebê, pode não causar em outro. Muitos bebês têm cólica independente do que a mãe coma ou não têm cólica mesmo que a mãe coma feijoada, por exemplo.

Alguns alimentos ou chás podem ser evitados nesta fase para reduzir as cólicas nos bebês, mas é sempre uma questão de tentar os alimentos um a um, introduzindo e excluindo, para verificar como o bebê reage. Veja quais os chás que não pode tomar na amamentação para evitar cólicas no bebê.

Chá de Kava Kava: usado para tratar ansiedade e insônia;

Chá de Carqueja: utilizado para aliviar os sintomas da gripe ou tratar problemas digestivos e intestinais;

Chá de Angélica: indicado no tratamento de problemas digestivos e estomacais, ansiedade, cólicas e dor de cabeça;

Chá de Ginseng: usado para tratar o cansaço e a fadiga;

Chá de raiz de Alcaçuz: utilizado para aliviar os sintomas de bronquite, catarro, prisão de ventre e resfriado;

Chá de Palmeira-anã: indicado no tratamento da cistite, catarro e tosse.

Outros chás como o chá de feno-grego, erva-doce, aniz estrelado, alho e equinácea devem ser evitados durante a amamentação porque não há comprovação científica de que são seguros durante a lactação.

Chás que se pode tomar na amamentação

Alguns chás como o de camomila ou gengibre, por exemplo, podem ser usados na amamentação para tratar problemas na mãe ou no bebê. Por exemplo, caso o bebê tenha cólicas, a mãe pode beber o chá de alfazema que ao passar pelo leite, pode ajudar o bebê.

Outro exemplo é a Silimarina, que é extraída da planta medicinal Cardo Mariano, que pode ser utilizada para aumentar a produção de leite materno.

Desta forma, o importante é a lactante ir experimentando alguns chás, sob indicação do médico ou fitoterapeuta, e parar de bebê-lo caso ela ou o bebê sentirem algum efeito colateral.

Alguns dos primeiros alimentos a serem retirados da alimentação da mãe no pós - parto podem ser:

- Feijão e outras oleaginosas

- Cebola

- Repolho

- Chocolate

Leite de vaca

Em geral, o que provoca gases na mãe poderá provocar cólicas no bebe.

Alimentação no pós-parto da cesária

A alimentação do pós-parto da cesária deve ser muito rica em alimentos fonte de cálcio e ferro, além de colágeno para uma boa cicatrização do corte. A hidratação é outro ponto importante que não deve ser esquecido.

Frutas, legumes, verduras, cereais e muita água não podem faltar numa alimentação pós-parto, pois assim, o leite terá uma qualidade melhor e o bebê não sentirá falta de nenhum nutriente.

Recomenda-se que, assim como o bebê têm que comer a cada 3 horas, a mãe também se alimente desta forma, quando está amamentando.

Para que o bebê seja bem nutrido, a mãe que amamenta deve comer de tudo um pouco, variando ao máximo a sua alimentação.

- Pelo menos 3 frutas por dia;

- Legumes e verduras ao almoço e jantar;

- Peixe bem cozido em uma das refeições principais, como o jantar;

-Arroz, massa ou batata nas refeições principais (menos de metade do prato);

- 3 doses de lacticínios em um dia, como 1 copo de leite, 1 fatia de queijo minas e 1 iogurte, por exemplo;

Pequenas quantidades de alimentos com carboidratos aos lanches, como 30 g de cereais, 1 pão integral, 1 pão de centeio ou 2 torradas, por exemplo.

Além disso, é fundamental na dieta durante a amamentação a mãe ingerir também uma boa quantidade de água para ajudar na produção do leite, cerca de 3 a 4 litros. Esta quantidade engloba a água presente nas frutas, sopas e sucos, mas só ela não é suficiente para produzir todo o leite de que o bebê precisa, sendo necessário beber cerca de 2 litros de líquidos, como água ou chás, por dia.

Amamentação:

Leite materno se refere ao leite produzido pela mulher e é utilizado para alimentar seu bebê por meio do aleitamento materno. É ele a primeira e principal fonte de nutrição dos recém-nascidos até que se tornem aptos a comer e digerir os alimentos sólidos.

O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida, por ser um alimento completo, fornecendo nutrientes em quantidade adequada (carboidratos, proteínas e gorduras), componentes para hidratação (água) e fatores de desenvolvimento e proteção como anticorpos, leucócitos (glóbulos brancos), macrófago, laxantes, lipase, lisozimas, fibronectinas, ácidos graxos, gama-interferon, neutrófilos, fator bífido e outros contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. Já foi demonstrado que a complementação do leite materno com água ou chás é desnecessária, inclusive em dias secos e quentes. Recém-nascidos normais nascem suficientemente hidratados para não necessitar de líquidos, além do leite materno, apesar da pouca ingestão de colostro nos dois ou três primeiros dias de vida.

O leite humano, em virtude das suas propriedades anti-infecciosas, protege as crianças contra infecções desde os primeiros dias de vida. Além de diminuir o número de episódios de diarreia, encurta o período da doença quando ela ocorre e diminui o risco de desidratação.

O leite humano é fonte completa de nutrientes para o lactente amamentado exclusivamente no seio até os seis meses de vida. A composição química do leite materno atende também às condições particulares de digestão e do metabolismo neste período de vida do recém-nascido.

Ter uma boa noção de como é a anatomia da mama nos ajuda a entender o que significa o termo “Pega Correta” tão disseminado nos Blogs, sites, livros e revistas que trabalham na luta em defesa do Aleitamento Materno.

Fazer a pega correta não é tão simples quanto parece, por isso invariavelmente se faz necessária à presença de uma consultora (geralmente é uma enfermeira) em Aleitamento Materno ao lado da mãe para que esta auxilie no aprendizado da amamentação que se dá tanto para a mãe como para o bebê.

Parte da mama da mãe tem que estar em contato com a boca do bebê para que as terminações nervosas da aréola sejam devidamente estimuladas e chegue ao cérebro da mãe uma clara mensagem de que não só há alguém mamando como também que certo volume de leite materno tem que ser produzido, condizente com o tamanho da fome do bebê.
Como vocês podem observar, os lábios do bebê devem ficar virados para fora, formando o que chamamos de “boca Peixinho”. Esta postura labial também garante que a boca do bebê está atingindo a área que tem que ser estimulada.

Atentar à pega correta a mãe tem maiores chances de amamentar seu bebê com tranquilidade e pelo tempo que quiser. 


Muitas mamães, principalmente as de primeira viagem, ficam muito ansiosas e com medo só em pensar em amamentar. São muitas dúvidas que surgem. Elas acham que vai machucar o bico do seio, que vai sentir muita dor, que não vão conseguir amamentar, que o peito ‟vai cair“ e que o peito pode empedrar. São histórias que normalmente chegam aos seus ouvidos muitas vezes sem clareza e sem fundamentação.

Cuidados com as mamas antes e durante a amamentação

Durante a gestação, a aréola do peito já se modifica para receber a boca do bebê. Ela fica mais escura e a pele dessa região um pouco mais grossa e menos sensível. Para evitar eventuais dores nas mamas durante a amamentação, a mamãe pode tomar sol na região durante 15 minutos por dia, evitando o sol das 10h da manhã até às 16h.

Durante o banho passar uma bucha macia (nada de bucha áspera, tem que ser macia), sem esfregar, ou depois do banho passar a toalha de banho na região, massageando. Isso vai ajudando a região a ficar menos sensível.

-  Dependendo do tipo de seu mamilo, principalmente se é plano ou invertido, uma técnica muito usada são os chamados exercícios de Hoffman. A mulher deve posicionar o polegar e o dedo indicador em lados opostos da base do mamilo, apertar para dentro e puxar delicadamente para fora.

Depois que o bebê nascer, não passe nenhum produto para limpar ou hidratar as mamas, principalmente na região das aréolas, que é onde o bebê deve abocanhar. O leite materno é o melhor produto para hidratar.

Não precisa passar álcool para esterilizar o bico antes de o bebê mamar: o próprio leite já faz essa função. As mamas estão um pouco ressecadas ou começando a rachar, leite materno. Passe o leite, espere secar e depois coloque o sutiã. Na hora do banho a mamãe pode lavar as mamas com sabonete e depois enxaguá-las com bastante água.

Também, a raspa interna da casca da banana prata é muito utilizada para rachaduras nos mamilos durante a amamentação.

O sutiã que deve sustentar as mamas deve ser com alças mais largas, de preferência de algodão, que são mais confortáveis.

Quando as mamas estão empedrando (mamas ingurgitadas), nada de colocar compressa de água quente. No começo pode aliviar, mas logo depois piora. O recomendado é fazer compressa de água fria para aliviar.

As rachaduras e empedramento podem ser consequências de uma má pega do bebê no peito. A boca do bebê deve ficar bem aberta e abocanhada praticamente toda a aréola da mamãe. Se abocanhar só o bico pode machucar e o bebê terá dificuldade de retirar o leite.

A mastite é uma inflamação da mama que provoca o surgimento de sintomas como dor, inchaço ou vermelhidão na mama.

Geralmente, a mastite surge em mulheres que estão amamentando, devido ao entupimento dos canais por onde passa o leite, mas também pode acontecer em qualquer fase da vida da mulher devido à entrada de bactérias na mama, através de feridas no mamilo ou piercings, por exemplo.

A mastite tem cura e o seu tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível para evitar o desenvolvimento de bactérias no tecido inflamado, provocando uma infecção e piora dos sintomas.

Sintomas de mastite

Dor na mama afetada;

Inchaço da mama afetada;

Vermelhidão do local afetado;

Surgimento de caroço junto do local dolorido;

Normalmente, os sintomas de mastite surgem apenas em uma mama, no entanto, caso a mulher deixe a outra mama encher em excesso, também pode causar o desenvolvimento de uma mastite.

O que se deve fazer para evitar uma mastite é garantir que as mamas são esvaziadas frequentemente pelo bebê. Isto é, a mulher deve oferecer uma mama ao bebê e só depois de estar esvaziado, oferecer a outra, alternando as mamas na mamada seguinte.

Além disso, também é aconselhado que a mulher utilizasse sutiãs e roupas de algodão pouco apertadas, evitando pressão excessiva sobre as mamas e prevenindo o desenvolvimento de bactérias.

O tratamento para mastite, que é a inflamação da mama que pode ocorrer durante a fase da amamentação, causando dor, desconforto e por vezes febre pode ser feito em casa. Por isso, o tratamento caseiro para mastite envolve:

Repouso;

- Aumento da ingestão de líquidos;

- Esvaziamento da mama infectada através da amamentação, da extração manual ou com o uso da bombinha de tirar leite.

- Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios como o Paracetamol ou o Ibuprofeno também podem ser usados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.

O tratamento para mastite deve ser instituído o mais rapidamente possível, porque quando esta se agrava pode ser necessário o uso de antibióticos ou até mesmo uma intervenção cirúrgica.

Além do tratamento, é recomendado a mulher:

- Dar de mamar várias vezes ao dia, para evitar que o leite fique acumulado na mama afetada;

- Observar se o bebê está esvaziando completamente a mama ao terminar de mamar;

-Retirar o leite manualmente ou com a bombinha se o bebê não tiver esvaziado completamente a mama.

Apesar de a mastite provocar dor e desconforto, não é aconselhável a interrupção da amamentação, pois o ato de amamentar ajuda a tratar a mastite e traz muitos benefícios para o bebê, como redução de alergias e cólicas. No entanto, se mesmo assim a mulher não quiser amamentar, deve retirar o leite e der depois para o bebê.

Procure sempre um local tranquilo, arejado, com pouca luminosidade e bastante confortável para amamentar seu bebê. Lembre-se que a amamentação pode ser um período maravilhoso na vida da mãe e do filho.

Consulte profissionais da saúde, como médicos pediatras, ginecologistas, fonoaudiólogos e enfermeiros sempre que possível para esclarecer suas dúvidas.


É considerado recém-nascido o bebê com até 28 dias de vida. 

As cólicas são comuns em bebês desde o nascimento, principalmente dos 15 dias até os três meses de vida, normalmente ocorrem no mesmo horário e causam desespero nos pais.

As mamães, principalmente as de primeira viagem, ficam desesperadas quando seus bebês choram compulsivamente e não há nada que os faça acalmar. Não é fome, pois ele mamou quase agora e não aceita o peito, nem fralda suja, já que acabou de tomar banho. Isso pode ser cólica, algo normal e esperado.

É uma sensação nova para o bebê e dói muito. O choro de cólica é estridente. Observe as seguintes características: o bebê fica inquieto, com rosto vermelho, fazendo caretas, se contorce e encolhe as perninhas até a barriguinha.

A cólica acontece por imaturidade do sistema digestivo do bebê. Essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem sem controle e isso pode resultar em gases e levar à cólica.

Outro motivo seria que agora o intestino está recebendo alimento e a digestão acelera seu funcionamento, provocando as cólicas. O movimento do intestino também precisa de um tempo para amadurecer e se coordenar.

O intestino do bebê é preparado para receber só o leite materno até os seis meses de vida. Esse leite pode acarretar em cólicas porque faz o intestino do bebê funcionar para digeri-lo.

Se o bebê receber outro tipo de alimentação nesse período, as cólicas podem ser piores, pois a digestão é mais difícil e requer maior trabalho do intestino. A fermentação do leite e de outros alimentos causa gases e é outro fator de cólicas.

A tensão ou o estresse do ambiente pode deixar o bebê tenso e agitado, acentuando a cólica. Se a mamãe fica nervosa, o bebê sente essa ansiedade e insegurança, por isso a mamãe tem que tentar ficar o mais tranquila possível e passar segurança para o seu bebê com muito amor e carinho.

O bebê pode engolir ar quando amamentado. Engolir ar aumenta as dores por gases. É importante colocar o bebê bem inclinado para se alimentar, arrotar após as mamadas e colocá-lo para dormir de lado.

Além da posição para amamentação e colocar o bebê para arrotar, há outras maneiras de prevenir à cólica. Fazer compressas mornas na barriga do bebê como colocar uma fralda aquecida ou bolsa com água morna (verifique a temperatura para não causar queimaduras), fazer ginástica com as perninhas do bebê como se ele estivesse "pedalando" e massagear a barriga do bebê com as mãos aquecidas com movimentos circulares, todos esses procedimentos podem ser realizados durante 2 minutos cada um, de 4 a 5 vezes por dia, eles ajudam o bebê a não ter cólicas ou aliviar a dor na hora das crises. Mas atenção, você não precisa aplicar todos os procedimentos como se fosse um rodízio. Aplique um procedimento, se ele já for suficiente você não precisa realizar os outros.

Para evitar o estresse, procure manter o ambiente calmo e quieto enquanto alimenta o bebê ou nos horários mais frequentes da cólica e descubra formas de confortá-lo, cada bebê se sente seguro e amado do seu jeito.

Como os homens têm a temperatura do corpo um pouco mais elevada que as mulheres podem ser que as cólicas se resolvam mais rápido quando o bebê é colocado na barriga ou no antebraço do papai ou quando é o papai que faz as massagens.

Outro bom remédio caseiro para aliviar cólicas em seu bebê é a imersão em um banho de água morna a temperaturas entre 36 e 37 graus, por cerca de 15 ou 20 minutos. Certamente este banho vai relaxar e vai aliviar o desconforto das cólicas. Não se esqueçam de estar sempre conscientes de seu bebê e não deixá-lo sozinho em nenhum momento.

Nada de chá - Não faça uso de chás para resolver o problema. O chá pode provocar ainda mais cólica já que o intestino do bebê ainda está imaturo. Ou o chá simplesmente por ter um efeito calmante faz seu bebê dormir, mas não resolve à cólica. Só use remédios com prescrição médica.

Fique atenta!

Bebê amarelado: é icterícia

Conhecido também como amarelão, a icterícia neonatal é uma alteração fisiológica, isto é, normal, na coloração da pele e branco dos olhos dos recém-nascidos, deixando o bebê amarelado.

Esse tipo de icterícia não é considerado doença, atinge em torno de 50% dos bebês nascidos no tempo certo, sendo ainda mais frequente nos prematuros. A cor amarelada aparece no segundo ou terceiro dia de vida primeiramente no rosto, depois vai aumentando para tórax, abdome e finalmente as pernas. As fezes e urina permanecem com coloração normal.

Na maioria das vezes regride espontaneamente em torno do décimo dia de vida do bebê.

Se a icterícia atingir um nível muito alto será preciso que o bebê faça fototerapia ou banho de luz. A criança fica em um berço com uma fonte de luz que converte a bilirrubina impregnada na pele e nas mucosas em outra substância deixando a pele do bebê com coloração normal.

Esse tratamento é muito comum em prematuros e bebês em que a icterícia não desaparece espontaneamente. O aumento da bilirrubina acima de certos limites pode acumular-se no cérebro trazendo danos irreversíveis ao sistema nervoso, prejudicando o desenvolvimento do bebê. Portanto, cuidado redobrado, mamãe.

Existem outros tipos de icterícia que são mais graves e requerem mais atenção. Há a icterícia por incompatibilidade de grupo sanguíneo, que é a forma mais grave e aparece logo no primeiro dia de vida.

A icterícia pode estar relacionada também ao aleitamento materno, as causas são desconhecidas, podendo ser porque componentes do leite materno reduzem a excreção da bilirrubina. O tratamento pode ser a interrupção do aleitamento por 1 ou 2 dias ou o banho de luz.

São raras às vezes em que o acúmulo de bilirrubina seja grande que cause acúmulo no cérebro ocasionando prejuízos.

Dicas: 

Se as fezes e urina do bebê estiverem com coloração diferente procure imediatamente um médico.

Lembre-se sempre que o aleitamento materno é sempre o melhor para o bebê. Só o interrompa com recomendação médica.

Atualmente o banho de sol não é recomendado pelos riscos causados pela exposição solar, portanto o tratamento deverá ser realizado através de fototerapia nos hospitais.

Acne neonatal

Inflamações no rosto dos recém-nascidos, não são graves nem requerem tratamento.

Acne não é exclusividade dos adolescentes e adultos; pode atingir também os bebês. Este problema também atinge mais de 30% dos recém-nascidos. A chamada “acne neonatal” é comum entre a terceira e a quarta semanas de vida da criança e pode durar até seis meses.

Esse tipo de acne surge em bebês com predisposição genética, após a liberação dos hormônios maternos durante a gestação, amamentação e período pós-parto.

As lesões formadas se caracterizam por cravos pretos ou brancos, espinhas avermelhadas e, em casos menos comuns, espinhas com pus. Com raras exceções, os pais não devem se preocupar, já que as acnes costumam desaparecer espontaneamente. O uso de óleos e pomadas para bebês não é recomendado; não são eficientes e podem até agravar o caso.

Outro problema que pode atingir as crianças é a acne infantil, que surge a partir do terceiro mês de vida. As lesões aparecem em maior quantidade e são mais persistentes que a acne neonatal. Elas também costumam desaparecer de modo gradativo em cerca de três anos.

Caso apareçam verdadeiras bolhas ou espinhas com pus em qualquer parte do corpo, deve haver um exame cuidadoso, já que elas podem ter sido causadas por herpes viral. Neste caso, é necessário tratamento. A recomendação é buscar um dermatologista caso os cravos não desapareçam sozinhos depois que o bebê passar dos seis meses. Medicamentos leves, com formulação própria para a pele da criança, podem resolver o problema.

Moleiras e os cuidados com o crânio do bebê 

As moleiras do bebê são uma das preocupações dos pais logo quando o bebê nasce. As fontanelas, nome oficial das "moleiras", são aberturas no osso do crânio do bebê separadas por linhas também abertas, chamadas suturas.

As funções das fontanelas que se encontram no alto da cabeça dos bebês e das suturas são promover o momento do parto, facilitando assim a passagem do bebê pelo canal vaginal e permitir o crescimento adequado do cérebro.

Logo após o parto, a cabeça do bebê pode apresentar pequenas deformidades devido às alterações ocorridas durante o parto. Geralmente, essas imperfeições são corrigidas logo nos dez primeiros dias de vida.

No primeiro ano de vida, o cérebro cresce metade do seu tamanho que terá quando adulto, alcançando quase seu crescimento total ao fim do segundo ano de vida.

As aberturas do crânio (fontanelas ou moleiras) fecham-se nesse intervalo. A fontanela menor fecha-se até o segundo mês de vida do bebê, já a fontanela maior fecha-se entre o nono e décimo quinto mês.

Para saber se tudo está bem, é preciso levar o bebê ao pediatra regularmente, o ideal é 1 consulta por mês até o oitavo mês de vida. Isso permitirá que ao sinal de qualquer problema o pediatra possa indicar uma intervenção.

Observe em casa:

Se você nota algo estranho como uma cabeça pontuda, achatada, torta, etc. ou algum conhecido comenta isso com você, preste atenção e leve seu bebê ao pediatra o quanto antes, pois pode ser sinal de algo errado.

É normal a moleira pulsar e se o bebê chora ela pulsa ainda mais e mais forte.

A moleira não pode estar afundada e nem abaulada. Em ambos os casos um médico deve ser procurado.

Existe uma alteração conhecida como Cranioestenose, caracterizada pelo fechamento precoce das fontanelas e suturas, ocorrendo deformidades no crânio, já que o cérebro fica sem espaço para crescer adequadamente.

O fechamento prematuro dos ossos do crânio pode causar, além da deformidade do crânio, lesões neurológicas graves. Atinge mais meninos do que meninas, três para um, acometendo um em cada 2000 nascimentos.

A cranioestenose não tem uma causa definida, mas pode ter motivos hereditários, intra-uterina, infecciosa ou até mesmo o uso de alguns medicamentos durante a gestação, como anticonvulsivantes.

O diagnóstico é feito pelo médico a partir de exame físico do bebê. Através de exames radiológicos e de neuroimagem, o profissional verifica as suturas fechadas e as possíveis malformações dos ossos da face e do sistema nervoso que a cranioestenose pode causar.

O tratamento é cirúrgico onde tem por objetivo criar espaços para o desenvolvimento normal do cérebro e corrigir as deformidades existentes, prevenindo ou aliviando as sequelas que possam existir.

A Plagiocefalia posicional é uma deformidade do crânio (assimetria craniana ou cabeça torta) que pode ocorrer devido ao posicionamento do bebê no útero, de um parto complicado ou de uma gravidez de gêmeos. Em muitos casos a assimetria "some" com o tempo, porém se alguns cuidados não forem tomados antes do fechamento das moleiras essa assimetria ficará para sempre. Dentre as dicas para evitar que a assimetria se perpetue está à variação da posição da cabeça do bebê, ou seja, não deixar o bebê por muito tempo com a cabeça repousada sempre em mesma posição.


Dicas:

Um acompanhamento neurológico é muito importante nos casos de cranioestenose.

Nem sempre bebês com cranioestenose ficarão com sequelas que prejudiquem o desenvolvimento da criança.

Consulte sempre o pediatra para observar o crescimento e desenvolvimento normal do seu bebê.

É preciso tomar cuidado com o umbigo, que precisa estar sempre limpo e seco, pois há risco de infecção.

Para garantir a saúde e a boa aparência do umbigo do bebê, ele precisa ser cicatrizado da maneira correta, ou “curado” como popularmente é conhecido este cuidado. Depois do nascimento e do corte do cordão, o bebê ainda fica com um pedacinho grudado na barriguinha, este restinho de cordão é chamado coto umbilical.

A mamãe tem de fazer a higienização da região, mantendo-a sempre seca (para promover a cicatrização) e limpa (para evitar infecções). A cicatrização dura de 7 a 15 dias, mas este tempo pode variar de criança para criança.

O processo de assepsia e higienização é simples e fácil de fazer: basta lavar, secar bem e passar álcool 70%. Mesmo um pequeno sangramento na região durante a cicatrização é considerado normal.

As assaduras são um inimigo que ronda os bebês que usam fraldas. Elas são um incômodo e tanto. Além de deixar a pele dos pequenos irritada, vermelha, com ardência, coceira e dor podem ter como consequência prejuízos no sono e na alimentação.

Muitas mamães acham que as assaduras só aparecem na região das fraldas, mas não é só nessa área. Podem ocorrer em regiões mais quentes e em outras dobrinhas, como no pescoço e embaixo do queixo.

A principal causa da assadura é a umidade. Uma assadura inicial deve melhorar cerca de dois após o início do tratamento recomendado pelo médico (normalmente com os cremes tradicionais usados para prevenir a irritação à base de óxido de zinco, vitaminas A e D, lanolina, calêndula e óleos). Se ainda assim a assadura persistir, ou tiver piorado, fale com o pediatra, pois pode ser algum outro tipo de infecção, como fungo ou bactéria, que exige um tratamento mais específico.

Dicas:

Não é preciso dar banho no bebê a cada troca de fralda no caso de xixi. Um algodão umedecido com água morna é o indicado para a higienização. O sabonete, mesmo sendo neutro, e lenços umedecidos retiram a camada de proteção da pele, propiciando a assadura.

No caso de cocô, o ideal é lavar o bumbum, mas apenas com água, sem o uso de sabonetes.

Deixe o bebê algum tempinho sem fraldas para evitar um pouco o atrito da fralda com a pele do bebê (a região fica úmida e quente em contato com a fralda).

Tente trocar a marca da fralda. A assadura pode ser por causa de alguma reação alérgica de algum componente da fralda.

Não use talco, a região ficará abafada e, portanto, úmida, propiciando o aparecimento das assaduras.

Não deixe o bebê com a mesma fralda por muito tempo. Nem a fralda mais absorvente de xixi consegue deixar o bebê longe da umidade e consequentemente da assadura.

Alimente o bebê exclusivamente com leite materno nos primeiros meses. O leite materno faz com que as fezes e urina não se tornem tão ácidas, prevenindo assaduras.

Uso exagerado das pomadas para prevenção das assaduras pode ter efeito contrário. Deve ser passada uma fina camada de pomada, o exagero deixa a região sem “respirar”, irritando ainda mais a pele do bebê.

Bebês maiores podem ter assaduras em decorrência de alergias alimentares. Por isso, quando introduzir a alimentação sólida, ofereça um alimento novo por vez, assim saberá se a assadura tem como causa alergia alimentar.

Em torno de 40% dos recém-nascidos regurgitam regularmente. A pior fase é aos 4 meses, época em que as golfadas são mais frequentes. Existe uma diferença entre a golfada e vômito. O vômito geralmente é mais forçado e em quantidade maior que a golfada. Se seu bebê parece nervoso, ele provavelmente está vomitando já que quando regurgita o bebê parece nem perceber.

Quando o bebê engole ar junto com o leite materno ou fórmula, o ar fica preso junto com o líquido. Assim, o ar precisa sair e quando saí, vem um pouco do líquido junto.

Os bebês comem muito em proporção ao seu peso, e alguns são mais gulosos, por isso, algumas vezes, eles ficam cheios demais e tem que colocar um pouco para fora.

Além disso, o sistema digestivo de um recém-nascido ainda não está completamente desenvolvido. Os músculos do esôfago, que controlam a entrada e saída da comida, ainda estão se acostumando com a velocidade das mamadas. O bebê ainda não tem controle.

Dicas:

Deixe o bebê o mais em pé possível na hora de amamentar. Assim o caminho do leite ao estômago será livre.

Mantenha um ambiente tranquilo durante as mamadas. Reduza o barulho e outras distrações e tente não deixar o bebê ficar com muita fome antes de começar a amamentar. Se ele estiver distraído ou faminto, tem mais chances de engolir ar junto com o leite.

Se o bebê estiver mamando de mamadeira (seja fórmula ou leite materno), certifique-se que o buraco no bico não seja muito pequeno, o que o deixará frustrado e o fará engolir ar. Por outro lado, se o buraco for muito grande, ele poderá engasgar porque o leite será abundante.

Faça o bebê arrotar após cada mamada. Se, por acaso, seu bebê para naturalmente durante a mamada, aproveite a pausa para fazê-lo arrotar. Desse modo, se há algum ar, vai sair antes de entrar mais comida. Se em poucos minutos ele não arrotar, não se preocupe. Volte a amamentar e tente fazê-lo arrotar depois.

Deixe a barriga do bebê sem apertos. Verifique se a calça ou fralda não estão muito apertadas. E, não aperte a barriga na hora de colocar o bebe para arrotar. Evite sair de carro logo após as mamadas porque recliná-lo na cadeirinha do carro pode pressionar o estômago também.

Não balance o bebê após a mamada. Deixe-o na posição mais em pé possível por meia hora ou mais. Assim, a gravidade irá ajudá-lo.

Não alimente seu bebê demais. Se o recém-nascido golfa a cada mamada, ele pode estar comendo mais do que aguenta. Tente dar menos fórmula ou amamentá-lo por menos tempo e veja se ele está satisfeito.

Se o seu bebê regurgita enquanto dorme, tente elevar sua cabeça no berço. Não é seguro colocar um travesseiro, mas é possível colocar uma espuma em baixo do colchão para elevar a cabeça ou colocar calços embaixo dos pés da cabeceira do berço (verifique a segurança desses calços para que o berço não escorregue ou tombe).

Por volta dos 6, 7 meses, ou quando eles aprendem a sentar sozinhos, a maioria dos bebês para de regurgitar. Alguns ainda continuam até o primeiro aniversário.

Regurgitar não é nada sério se, mesmo colocando o excesso para fora, o bebê continua ganhando peso como deve. Converse com seu pediatra e certifique-se que seu bebê está engordando conforme o esperado.

Os testes realizados em recém-nascidos são de extrema importância para detectar possíveis distúrbios que, mais tarde, podem prejudicar o desenvolvimento da criança. Saiba quais exames podem ser realizados ainda na maternidade e, dentre eles, quais são obrigatórios por lei.

1- Teste do Pezinho

Esse exame é realizado em grande parte nas maternidades quando o bebê completa 48 horas de vida. Antes disso, o teste pode sofrer influência do metabolismo da mãe. O exame também é feito em laboratórios.

O ideal é que o teste seja feito até o sétimo dia de vida. Basta apenas uma picada no calcanhar do bebê para retirar algumas gotinhas de sangue que serão colhidas num papel filtro e levadas para serem analisadas.

Para quem não sabe, o teste do pezinho é obrigatório por lei em todo o Brasil e a simples atitude de se realizar o exame faz com que doenças causadoras de sequelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança sejam detectadas e tratadas mesmo antes do aparecimento dos sintomas.

O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando a deficiência mental. A deficiência, uma vez presente no corpo, já não pode ser curada.

O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal, que inclui o Teste do pezinho e que cobre a identificação de doenças:

Fenilcetonúria

- hipotireoidismo congênito

- anemia falciforme

- fibrose cística

- hiperplasia adrenal congênita

- deficiência da biotinidase

Hoje já existe uma versão ampliada do teste do pezinho onde é possível identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem. Mas é ainda um recurso sofisticado e bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.

Dicas:

Não se esqueça de buscar o resultado. Qualquer alteração no resultado, leve para o pediatra examinar.

Não se preocupe se tiver que repetir o exame. O teste do pezinho exige repetição para esclarecer o primeiro resultado, quando suspeito de normalidade ou quando o teste é realizado antes de 48 horas de vida.

Um resultado normal, mesmo no teste ampliado, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas. O teste não diagnostica, por exemplo, a síndrome de Down.

ATENÇÃO!

Apesar do nome "Teste do Pezinho" é possível que em alguns locais o sangue seja coletado como do braço do bebê. Acredita-se que no braço a "picada" seja menos dolorosa.

2- Teste da Linguinha

Desde o início deste ano (2015), todas as maternidades e hospitais do país são obrigados por lei a realizar o Teste da Linguinha em bebês recém-nascidos (nas primeiras 24 horas).

A realização do teste da linguinha é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, pois através desse exame poderá se detectar eventuais problemas de fala, como a "língua presa”.

O exame consiste em verificar se existe alteração no frênulo (conhecido como freio), que é a membrana que liga a parte inferior da língua ao assoalho (ou a base, como preferir) da boca. Caso seja detectada a "língua presa", um pequeno corte na membrana é realizado.

Uma eventual má formação da membrana da língua pode prejudicar seriamente a amamentação e o desenvolvimento da fala.

A dificuldade na fala afeta a auto estima e dificulta o aprendizado da pessoa, o problema se torna muito mais sério.

É comum mamães se acharem culpadas quando a amamentação não acontece adequadamente. Mas muitas delas não sabem que às vezes o problema está na má formação da língua do bebê, e a anomalia passa batida. Mais um motivo para a necessidade do teste.

A língua do bebê faz um super trabalho de sucção e deglutição para tirar o leite do peito da mãe. E esse processo pode ser dificultado caso o pequeno tenha língua presa.

O Teste da Linguinha não dói. Assim como não dói caso seja detectada alteração na membrana da língua. O corte da membrana não causa dor. Observação importante: nem todo bebê que tenha língua presa terá problemas no desenvolvimento da fala.


3- Teste do Olhinho

O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) é um exame que deve ser realizado rotineiramente em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade, e que pode detectar e prevenir diversas patologias oculares, assim como o agravamento dessas alterações, como uma cegueira irreversível.

Ao contrário do teste do pezinho, que é super conhecido nacionalmente (até por ser obrigatório), os testes da orelhinha e olhinho são muito menos "famosos" entre os pais. A explicação para a pouca fama se deve ao fato de ambos os testes são realizados somente em alguns Estados e cidades do país.

O teste do olhinho é fácil, não dói, não precisa de colírio e é rápido (de dois a três minutos, apenas). Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, tipo uma "lanterninha", onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo.

Quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo.

O teste do olhinho previne e diagnosticam doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto e a cegueira. Segundo dados estatísticos, essas alterações atingem cerca de 3% dos bebês em todo o mundo.

Bebês prematuros devem obrigatoriamente realizar esse teste visual, de modo que afaste o risco da retinopatia da prematuridade, principal causa da cegueira infantil na América Latina.

Dicas:

A mamãe e o papai podem observar as fotografias de seu filho. Se em vez do reflexo vermelho que fica nos olhos aparecer uma mancha branca, procure um oftalmologista.

Pergunte ao pediatra do seu bebê quais exames que foram realizados ao seu nascimento. Se o teste do olhinho não estiver entre eles, converse com o médico a possibilidade de realizá-lo.

A catarata não é um problema só de idoso, não. A catarata congênita é uma patologia presente ao nascimento e uma em cada cem crianças nascidas apresenta essa alteração.

Desde junho de 2010 é obrigatório aos planos de saúde o pagamento para a realização do Teste do Olhinho.

SUS - o Sistema único de Saúde diz que está garantida a realização do exame em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, atualmente menos de 50% dos municípios estão na Rede Cegonha.

4- Teste do Coraçãozinho

Também conhecido como oximetria de pulso – que permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração.

O teste do coraçãozinho pode até salvar a vida de bebês que nascem com defeitos cardíacos. Trata-se na verdade de uma pulseira que mede a concentração de oxigênio no sangue e que detecta problemas no coração antes mesmo de aparecerem sintomas. O lado bom: leva menos de 5 minutos. Geralmente, um a cada 130 bebês pode apresentar alterações cardíacas congênitas, como buracos entre as câmaras do coração e defeitos na válvula cardíaca.

O teste é pouco difundido no Brasil. O Hospital São Luiz, em São Paulo, é um dos poucos que realiza exames desse tipo. No entanto, caso os pais queiram que o filho seja submetido ao exame, o pequeno necessita de atestado médico antes de chegar aos testes. Geralmente, os hospitais fazem diversos exames cardíacos no recém-nascido, e não somente do coraçãozinho, encarecendo o exame. Portanto, um exame pode variar entre R$ 100 e mais de R$ 1.000.

Dados Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que cerca de 10 em cada mil recém-nascidos podem apresentar alguma malformação congênita e, entre esses, dois podem ter cardiopatias graves e precisar de intervenção médica urgente. O exame é realizado entre 24 e 48 horas depois do nascimento e é rápido e indolor. Um aparelho chamado oxímetro de pulso é colocado na mão direita e outro no pezinho do bebê e mede a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos e identifica doenças cardíacas graves. Caso a concentração de oxigênio no sangue seja inferior a 95%, o recém-nascido é encaminhado para avaliações mais detalhadas.

O exame é importante para evitar que o bebê saia da maternidade sem saber se tem uma cardiopatia congênita. Com o exame é possível detectar algumas doenças que podem causar problemas graves ou mesmo levar à morte. O diagnóstico e o tratamento ainda no começo da vida são fundamentais. No Paraná, o exame é regulamentado através de uma Lei Estadual de 2012.

5 - Teste da Orelhinha

Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.

É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.

O Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê.

Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.

O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.

O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido.

O Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos.

Há os chamados bebê de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros. Se o Teste da Orelhinha já e importante para uma criança sem problemas, imagine para essas crianças.

Mas todos os bebês devem fazer o Teste. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos bebês com perda auditiva.

Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre muitas outras coisas.

O teste é obrigatório por lei desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é gratuito.

Fique atenta!

De 0 a 6 meses

O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.

De 6 a 12 meses

Localiza prontamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado.

De 12 a 30 meses

Vai do início da primeira palavra (papai) até o uso de sentenças simples (dá bola). Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque soa bonitinho. Se ela diz que o papai chegou de "calo", corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no aprendizado.
Finalmente fechamos o ciclo sobre: gestação, parto, puerpério e aleitamento materno!
Espero que tenham gostado. Um grande abraço e até a próxima postagem!



Fontes:
- Portal da Educação
- Google

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