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Salmos 37:3-5


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Climatério e menopausa não são sinônimos

Climatério e menopausa não são sinônimos. Climatério é uma fase de limites imprecisos na vida feminina; compreende a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Menopausa, ao contrário, tem data para começar: a da última menstruação da vida.Enquanto o homem espalha centenas de milhões de espermatozoides a cada ejaculação, a mulher investe toda a energia na produção de um único óvulo por mês. Todos os óvulos que produzirá terão sua origem em células germinativas (ou folículos) dos ovários já presentes no instante do nascimento. As meninas nascem com um a dois milhões dessas células germinativas.

Em cada ciclo menstrual um comando hormonal complexo recruta um grupo de folículos para produzir o óvulo daquele mês. Os que perderem a oportunidade enfrentarão a impiedosa seleção natural, e morrerão. Por causa dessa competição, quando chegar a primeira menstruação, o número de folículos estará reduzido a cerca de 400 mil.
Os folículos em luta para formar óvulos são os principais produtores dos hormônios sexuais que fazem a fama das mulheres. O folículo é a unidade funcional do ovário. Mulher nenhuma é capaz de formar novos folículos para repor os que se foram. Quando morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as concentrações de estrogênio e progesterona caem irreversivelmente.
De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas de calor resultantes de sintomas vasomotores são os mais típicos; estão presentes em 60% a 75% das mulheres. Surgem inesperadamente como crises de calor sufocante no tórax, pescoço e face, muitas vezes acompanhadas de rubor no rosto (a temperatura da pele chega a subir cinco graus), sudorese (que pode ser profusa), palpitações e ansiedade. As crises geralmente duram de um a cinco minutos e podem repetir-se diversas vezes por dia.
A queda dos níveis dos hormônios sexuais altera a consistência do revestimento da vagina, da uretra e das fibras do tecido conjuntivo que conferem sustentação à mucosa dessas regiões. Podem surgir incontinência urinária, ardência à micção, facilidade para adquirir infecções urinárias e corrimentos ginecológicos. Os músculos que formam o assoalho responsável pela sustentação dos órgãos genitais e bexiga urinária enfraquecem e podem surgir prolapsos (útero e bexiga caídos). Os pêlos pubianos ficam mais ralos, os grandes lábios mais finos, a mucosa vaginal perde elasticidade e flexibilidade podendo sangrar e doer à penetração. Diminuição da resposta à estimulação clitoriana, secura vaginal e redução da libido são queixas freqüentes. A fisiologia do orgasmo, no entanto, não é alterada.

A falta de estrogênio resseca e torna a pele mais fina, enrugada, menos elástica e as unhas frágeis. Os pelos pubianos e axilares se tornam mais ralos. O colágeno da derma mais profunda começa a ser perdido a uma velocidade média de 2% ao ano, durante os 10 primeiros anos de menopausa.
Ricas em receptores para estrogênio e progesterona, as células das glândulas mamárias se hipotrofiam com a falta desses hormônios. O espaço deixado entre elas é substituído por tecido gorduroso. As mamas se tornam mais flácidas, o mamilo fica mais achatado e perde parcialmente capacidade de ereção.
A partir da menopausa, 1% a 4% da massa óssea é reduzida a cada ano que passa. A perda é mais sentida nas vértebras e nas extremidades dos ossos longos. Mulheres de raça branca ou amarela, baixa estatura, peso corpóreo baixo e com história familiar de osteoporose são mais suscetíveis. Além desses, há fatores evitáveis que aumentam o risco de perda óssea: dietas pobre em cálcio, com excesso de vitamina D, ingestão exagerada de cafeína, de álcool, tabagismo, vida sedentária e o uso de certos medicamentos.

Através de mecanismos mal conhecidos, menor produção de estrogênio modifica os níveis de dopamina, noradrenalina e serotonina em certas áreas do sistema nervoso central. Como conseqüência, as mulheres no climatério estão sujeitas a quadros depressivos, dificuldade de memorização, irritabilidade, melancolia, crises de choro, humor flutuante e labilidade emocional.
Mulheres de 45 a 55 anos, que ainda menstruam, apresentam apenas um terço das doenças cardiovasculares dos homens nessa faixa etária. A chegada da menopausa aumenta gradualmente a incidência dessas enfermidades no sexo feminino, até igualar-se a dos homens ao redor dos 70 anos.
Quais as alterações psicológicas mais comumente encontradas nas mulheres quando chegam perto da menopausa?
É importante que as pessoas saibam as diferenças entre as diversas fases desse período denominado genericamente de menopausa. Na realidade, o climatério começa por volta dos 41 anos de idade, estende-se até mais ou menos os 65 anos e é marcado por pequenas alterações físicas e psicológicas. Dentro dessa grande margem de tempo, ocorre a menopausa, isto é, a data em que aconteceu a última menstruação e que só pode ser determinada retrospectivamente depois que a mulher passou pelo menos um ano em amenorreia (sem menstruar).
Antecedendo o episódio da menopausa, temos a perimenopausa, período em que há alterações hormonais importantes, especialmente nos níveis de estrogênio e progesterona. Nessa fase, a vulnerabilidade feminina é maior aos sintomas físicos e psíquicos. Entre os físicos destacam-se os fogachos (ondas de calor intenso) e, entre os psíquicos, tristeza, desânimo, irritabilidade e labilidade emocional, ou seja, grande flutuação do humor. Muitas se queixam, ainda, de insônia e alterações da memória. Por isso, é fundamental determinar se a mulher se encontra na perimenopausa ou na pós-menopausa, fase em que os transtornos psiquiátricos são menos prevalentes.


Quando se fala em menopausa, é preciso deixar bem claro que diversos fatores influenciam o desenrolar do processo. Não é apenas uma questão hormonal. Há fatores psicossociais preponderantes quer marcam esse período e podem estar na gênese dos transtornos psíquicos.

Por exemplo, a mulher que tinha uma vida socialmente ativa e se dedicou plenamente à família e à educação dos filhos, de repente se depara com os filhos crescidos, saindo de casa, e vive a síndrome do ninho vazio. Além disso, a relação conjugal pode estar passando por transformações que exigem diálogo para reconstruí-la em novos moldes. Dependendo de seu arcabouço psicológico, recursos internos e personalidade, essa mulher irá elaborar de forma construtiva ou não as modificações que estão ocorrendo em sua vida na época da menopausa.
ALTERAÇÕES DA PERIMENOPAUSA
Quais são as principais alterações que ocorrem na fase de perimenopausa?
As principais queixas são dispareunia, ou seja, dor na relação sexual, e a diminuição da libido. A dispareunia ocorre porque o epitélio torna-se mais fino e menos lubrificado pela falta de estrogênio. A vagina mais seca pode dificultar a relação. No que se refere à falta de desejo, muitas vezes, o que gera ansiedade é a comparação com o que a mulher sentia no passado. Deve-se considerar, também, de que nessa faixa etária o homem pode apresentar um distúrbio ou disfunção sexual que afeta a companheira. Por isso, é tão importante examinar os aspectos biológicos e hormonais femininos quanto os de sua relação familiar e conjugal.
Em psiquiatria e psicologia, é muito importante ter um follow-up, levantar um histórico preciso da vida da pessoa. Por exemplo, há mulheres que mudam drasticamente de comportamento e atitudes, como se tivessem mudado de personalidade. A pessoa alegre e extrovertida de antes, que elaborava de forma construtiva suas frustrações perante a vida, transforma-se noutra, cabisbaixa, pessimista e irritável, queixando-se de angústia com frequência. O marido observa que ela está de pavio curto, estourando por motivos banais.
Por isso, em saúde mental, nunca se pode considerar um corte transversal na vida da mulher. É preciso levantar um histórico para avaliar o que mudou nas relações e interações com ela mesma e com as pessoas de seu convívio familiar e social.


Nessa fase, as queixas de perda de memória são muito importantes. ”Doutor, tenho que anotar tudo. Não me lembro mais das datas dos aniversários, e esqueço o número dos telefones de pessoas para as quais ligo costumeiramente.” Muitas temem estar desenvolvendo um quadro demencial e procuram neurologistas e psiquiatras, queixando-se dessas alterações de memória.

A queda na produção de hormônios também se reflete no padrão de sono, que pode melhorar com a terapia de reposição hormonal (TRH).


Quais são as alterações mais comuns na arquitetura do sono?


As alterações mais comuns envolvem insônia inicial (a mulher deita e não dorme) e o despertar precoce, ou seja, em vez de acordar no seu horário habitual, ela acorda de madrugada e isso, sem dúvida, prejudica a qualidade de sua vida.
Hoje, quando se fala em reposição hormonal, sempre se tem em consideração a qualidade de vida da mulher, que pressupõe saúde física e mental na menopausa. Essas questões nunca estão dissociadas. Ao contrário, estão sempre totalmente integradas.

MITOS E PRECONCEITOS
Por questões de ordem cultural, nas sociedades orientais, onde a mulher é respeitada e a expectativa de envelhecer encarada de forma positiva, os sintomas tanto físicos quanto psíquicos da menopausa são menos intensos.
Infelizmente, nas culturas ocidentais, a realidade é outra. Há um grande “pré-conceito” em relação às mulheres nesse período. Simbolicamente, existe o mito de que a mulher na pós-menopausa seria uma lua minguante, enquanto na fase reprodutiva seria uma lua cheia.
Trata-se de um "pré-conceito” absolutamente infundado. A mulher na pós-menopausa pode contar com recursos médicos que garantem qualidade de vida em todas as suas funções, inclusive na sexualidade. O primeiro passo, portanto, é lutar contra o estigma e o preconceito vigente. Para tanto, abordamos o marido e os filhos dessas mulheres, pois as relações familiares pesam muito na gênese das alterações comportamentais da menopausa.

MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA
A mudança de hábitos de vida é fundamental. Isso envolve mudanças comportamentais. Ela precisa dedicar-se a atividades que lhe deem prazer, resgatem sua autoestima e a estimulem mentalmente. É importante aceitar novos desafios, como um curso de informática, se nunca mexeu com computadores, frequentar uma faculdade de terceira idade para ampliar os horizontes, resgatar o convívio com os amigos e rever o tipo de relacionamento e vínculo estabelecido com as pessoas da família.
Embora o corpo da mulher passe por diversas modificações durante o climatério, os benefícios de um programa de exercício são notórios.
A prática regular de atividade física em mulheres no climatério promove redução na massa gorda, melhora nos parâmetros metabólicos, diminuição de risco cardiovascular, melhora da resistência imunológica, aumento da densidade mineral óssea, bem-estar psíquico e redução do risco de câncer de mama. Entretanto, a intensidade e a duração e tipo de exercício físico ideal para atingir esses benefícios ainda é muito contraditório.
Apesar disso, a atividade física de intensidade moderada três a cinco vezes na semana, preferencialmente associada a uma dieta nutricional adequada, é capaz de minimizar os sintomas e reduzir os fatores de risco de doenças crônicas associadas com o climatério.


São recomendáveis também algumas mudanças na dieta, porque nesse período há alterações do metabolismo. Muitas mulheres acham que engordam porque estão fazendo reposição hormonal, outro mito. Na realidade, nessa faixa etária, a mesma ingesta calórica dos anos anteriores produz sobrepeso por causa da redução da atividade metabólica e não por causa dos hormônios. A Sociedade Brasileira do Climatério desenvolveu um programa nutricional eficiente que ajuda mulheres menopausadas a controlar o peso. Vale a pena conhecê-lo.
Sintomas e Suplementação Favorável
É importante que as mulheres saibam a importância do consumo de suplementos vitamínicos para o Climatério e a Menopausa antes de começar esta fase de vida. Em alguns casos, a Perimenopausa pode começar em uma mulher muito cedo, por volta de 30 anos e, em raros casos, até mesmo antes. Por essa razão, é importante que as mulheres entendam desde cedo o assunto e procurem conhecer bem o seu corpo para reconhecer os sinais e/ou sintomas que podem ser corrigidos com o auxílio de um regime de suplemento vitamínico.
Os Multivitamínicos são extremamente importantes para essa fase de vida da mulher. O ideal são os compostos de vitaminas A, B, C, D e E. Dê preferência para os que podem ser tomados duas vezes por dia, uma vez pela manhã e outro à noite, proporcionando nutrientes que podem ser utilizados pelo organismo ao longo do dia inteiro, em vez de uma só vez.
Uma dose adicional de Vitamina D também é necessária, principalmente porque ela promove a absorção de cálcio, aumentando a saúde óssea e, com isso, ajudando a prevenir algumas formas de câncer.
Ômega 3 também deve ser consumido por toda mulher, numa porção diária de 1000mg, atuando como um complemento para manter o cérebro, coração e olhos em condições saudáveis. É um composto de óleo de peixe encontrado para beneficiar muitos aspectos da saúde e proteger contra as doenças. É um suplemento poderoso com diversos estudos a seu favor.

Aqui vai algumas receitinhas que vai ajudar muito você nesta fase de sua vida!
Suco para memória:
1 copo de suco de laranja
1 fatia de mamão
1 colher medida de linhaça
3 ameixas secas
Bater no liquidificador e tomar de 2 a 3 vezes por dia.
*Hortaliças

Cinco porções diárias de vegetais descontam seis anos da idade cronológica.

*Molho de tomate

Fortalece a proteção do organismo.

*Sem sal

Punhados de ervas dão mais sabor aos alimentos. Diminuir o sal na comida resulta em três anos a menos na idade.

*Frutas à vontade

Evite guloseimas açucaradas: troque-as por frutas. Com quatro porções ao dia, você diminui sua idade em quatro anos.

*Aposte na aveia

Duas colheres (sopa) dão energia e vitalidade. Ela reduz a ansiedade e mata a fome, além de combater a insônia e a prisão de ventre.

Dicas importantes:

  • Dê uma boa espreguiçada
  • Relaxe a musculatura com alongamentos matinais.
  • Dê bastante risada
  • Um estudo norte-americano revelou que um minuto de gargalhadas proporciona uma sensação de bem-estar e disposição semelhante à de 15 minutos de bicicleta.
*A partir de 50 anos:
  • Modere no açúcar, no sal, na gordura e no café para evitar excessos nos níveis de colesterol e evitar diabetes e hipertensão
  • Dance com ele (ou a sós)
  • A dança trabalha o corpo, melhora a circulação e fortalece a musculatura.
  • Invista na soja
  • Ela tem substâncias que atenuam alguns sinais da menopausa.
  • Cultive novas amizades
  • Ter amigas protege contra a osteoporose, o mal de Alzheimer e o câncer.
  • Mantenha um jardim
  • A jardinagem dá prazer e faz o corpo se movimentar: agachar, empurrar, cavar...




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