Sejam Bem vindos!

"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


terça-feira, 5 de maio de 2015

Saiba mais sobre PCCU - Preventivo do Cancer do Colo de Útero


O PCCU, também conhecido por preventivo, Papanicolau, é um exame ginecológico que serve para detectar alterações no colo do útero, como inflamações, doenças sexualmente transmissíveis, como HPV, ou o câncer do colo do útero.

Normalmente, este exame não dói, mas a mulher pode sentir algum desconforto no momento em que o médico raspa o colo do útero. O exame dura cerca de 5 minutos e a mulher deve retirar a roupa abaixo da cintura, ficando deitada na maca do ginecologista com as pernas ligeiramente afastadas.


Deve ser feito todos os anos por mulheres que já iniciaram a sua vida sexual, a partir do primeiro ano de início da atividade sexual até os 70 anos em média.

O exame de PCCU também pode ser feito por mulheres virgens a partir dos 21 anos, sendo que o médico utiliza material especial que mantém a virgindade.

Se após 2 anos consecutivos os resultados dos exames forem normais, a mulher pode realizar o exame a cada 3 anos.

O exame de PCCU serve para identificar alterações no útero, que podem incluir:

  • Infecções vaginais, como tricomoníase ou candidíase;
  • Doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia ou sífilis;
  • Infecção por HPV;
  • Câncer de colo do útero;

O esquema de passo a passo que o médico(a) ou enfermeiro(a) utiliza para fazer o exame de PCCU é:

  • Fazer um exame externo, observando se existe alguma infecção, como candidíase vaginal, por exemplo;
  • Introduzir um aparelho, chamado de espéculo, para manter o canal vaginal aberto e observar o colo do útero;
  • Inserir uma espátula ou um cotonete, no caso da mulher virgem, para raspar o colo do útero e coletar algumas células que serão avaliadas no laboratório.



Antes de fazer o PCCU, a mulher deve ter alguns cuidados nas 48 horas anteriores, que incluem não usar cremes ou medicamentos vaginais, evitar fazer uma ducha íntima, não estar menstruada, não ter contato íntimo (sexual) e evitar fazer exames de diagnóstico, como ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética pélvica.

Após o exame, a mulher não precisa ter cuidados especiais, podendo fazer todas as suas atividades diárias. Geralmente, o resultado do exame de PCCU demora 14 dias para estar pronto e pode ser entregue por e-mail, pessoalmente no consultório do ginecologista, da enfermeira do posto de saúde ou pelo correio.

O exame de Papanicolau pode ser feito durante a gravidez, especialmente na primeira consulta pré-natal, não trazendo riscos para a grávida ou para o feto.
Pode ser feito até no máximo o quarto mês, caso a mulher não o tenha feito recentemente.

Coleta do exame de citologia cervical

  • Ambiente acolhedor
  • Cortesia
  • Respeito à privacidade
  • Explicar o significado e os procedimentos que serão realizados
  • Lembrar a importância de receber o resultado do exame
  • Demonstrar abertura para esclarecer as dúvidas


Etapas da Coleta

Preenchimento do formulário:

  • Utilizar lápis preto nº 2 (recomendação obrigatória para quem utiliza álcool como fixador citológico, devido à possibilidade de extravasamento nas fichas e perda de informações);
  • Preencher a requisição com todos os dados solicitados, inclusive com exame ginecológico da paciente.


Identificação das lâminas:

  • As lâminas devem ter bordas lapidadas e extremidade fosca;
  • Deve ser identificado na extremidade fosca com lápis preto nº 2, informando:
  • as iniciais do nome da paciente;
  • O número de registro da mulher na unidade;
  • A idade da paciente;
  • Nome do município.

Coleta:

  • Solicitar à paciente que esvazie a bexiga;
  • Fornecer um avental e disponibilizar local reservado para troca de roupa;
  • Solicitar que se deite na mesa, auxiliando-a a posicionar-se adequadamente para o exame;
  • Cobrir a paciente com o lençol;
  • Colocar as luvas;
  • Verificar se a paciente é virgem. Se for, não usar espéculo e colher a citologia com escova endocervical ou cotonete/swab;
  • Perguntar se já teve filhos por parto vaginal. Se não, usar espéculo pequeno;
  • Perguntar se está grávida ou suspeita estar. Se sim, não colher material endocervical;
  • Acomodar a lâmina, já identificada, na mesa de apoio para receber o material colhido;
  • Deixar o tubete com álcool a 95% próximo à lâmina já identificada;
  • Verificar a existência de lesões suspeitas na vulva e vagina. Em caso positivo, lembrar-se de fazer o encaminhamento adequado ao final do exame;
  • Escolher o espéculo mais adequado ao tamanho da vagina da paciente;

Introduzir o espéculo:

  • Não lubrifique o espéculo com qualquer tipo de óleo, glicerina, creme ou vaselina;
  • No caso de pessoas idosas, com vaginas extremamente ressecadas, recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico ou solução salina;
  • Introduza-o em posição vertical e ligeiramente inclinado;
  • Iniciada a introdução, faça uma rotação de 90º, deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal;
  • Durante a introdução do espéculo, procede-se à inspeção das paredes vaginais;
  • Uma vez introduzido totalmente na vagina, abra-o lentamente e com delicadeza;
  • Se tiver dificuldade para visualizar o colo peça que a paciente tussa e tente manobras delicadas com o espéculo;
  • Se, ao visualizar o colo, houver grande quantidade de muco ou secreção, retire o excesso delicadamente com uma gaze montada em uma pinça, sem esfregar, para não perder a qualidade do material a ser colhido;

Coleta das amostras

A coleta é dupla: da ectocervical (do canal cervical) e endocervical ; (dentro do colo uterino) ;

  • As amostras são colhidas separadamente
  • Proceda inicialmente a coleta da ectocérvice e depois a coleta da endocérvice:
  • Utilize a espátula de madeira tipo Ayre, do lado que apresenta reentrância;
  • Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de 360º, em torno de todo o orifício, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra;
  • Caso considere que a coleta não tenha sido representativa, faça mais uma vez o movimento de rotação;
  • Para a coleta no canal cervical utilize a escova apropriada para coleta endocervical;
  • Recolha o material, introduzindo a escova delicadamente no canal cervical, girando-a a 360º;
  • Na lamina, já devidamente identificada, estenda o material ectocervical dispondo-o no sentido horizontal, ocupando 1/2 da parte transparente da lâmina, em movimentos de sentido único, da direita para a esquerda, esfregando a espátula com suave pressão, garantindo uma amostra uniforme;
  • Ocupando a 1/2 restante da parte transparente da lâmina, estenda o material endocervical, rolando a escova de cima para baixo, preferencialmente.
  • Evite deixar espaço livre entre as duas amostras.

Fixação do material:

A fixação do esfregaço deve ser procedida imediatamente após a coleta, sem nenhuma espera. Visa conservar o material colhido, mantendo as características originais das células, preservando-as do dessecamento que impossibilitará a leitura do exame.

São três as formas usadas de fixação:

Álcool a 95% - fixador de uso preferencial no laboratório de referencia do estado do Ceará.
A lâmina com material deve ser submersa no álcool a 95%, em tubete de boca larga, lá permanecendo até a chegada ao laboratório;

Propinilglicol - Borrifar a lâmina com fixador, spray ou aerossol, a uma distância de até 20 cm. Cobrir totalmente o esfregaço;

Polietilenoglicol - Pingar 3 ou 4 gotas da solução fixadora sobre o material, que deverá ser completamente coberto pelo líquido. Deixar secar ao ar livre, em posição horizontal, até a formação de uma película leitosa e opaca na sua superfície;

Feche o tubete imediatamente após a colocação da lamina e enrole no mesmo a requisição do exame, devidamente preenchida, prendendo com uma liga.

ATENÇÃO!

  • Observar sempre as instruções de uso e o prazo de validade do fixador;
  • Manter sempre o frasco fechado. O responsável pela fixação é o álcool contido na composição do produto, que evapora com facilidade;
  • Agitar o frasco toda vez que for usá-lo para homogeneizar a solução;
  • Quando usar spray, certificar-se de que o jato foi direcionado corretamente e que cobriu todo o material a ser fixado;
  • Ventilador pode interferir na direção do jato;
  • Não deixar fixador exposto ao sol;
  • Não deixar o foco de luz próximo à lâmina. Luz e vento podem facilitar a secagem da secreção, antes desta ser coberta pelo fixador.


Conclusão do Procedimento:

  • Fechar o espéculo;
  • Retirar delicadamente;
  • Inspecionar a vulva e o períneo;
  • Retirar as luvas;
  • Auxiliar a paciente a descer da mesa;
  • Solicitar que ela se troque;
  • Avisar a paciente que um pequeno sangramento poderá ocorrer após a coleta;
  • Orientar a paciente para que venha receber o resultado do exame, conforme a rotina da sua unidade de saúde.


A unidade de saúde deve manter estreita relação com o laboratório que realiza seus exames, a fim de garantir rápidas soluções para problemas diários, constante avaliação da qualidade do material coletado, bem como estabelecer prazos adequados para o retorno dos resultados.

Os resultados do Papanicolau (PCCU) podem ser:

  • Classe I ou Dentro dos limites normais: Normal;
  • Classe II ou Alteração celular benigna: Inflamação vaginal;
  • Classe III, NIC 1, 2 ou 3 ou SIL de baixo ou alto grau: leve alteração nas células do colo do útero;
  • Classe IV; NIC 3 ou SIL de alto grau: Início do câncer de colo de útero
  • Classe V: Câncer de colo de útero podendo atingir outras áreas

De acordo com o resultado do exame, o ginecologista dirá quais os exames e o tratamento adequado. No caso de o resultado do Papanicolau ser 4 ou 5, pode ser feita uma consulta de oncologia e uma colposcopia complementar para ajudar no tratamento.

Observação Importante:

Lembrar que o controle do câncer de colo de útero depende do tratamento/seguimento das lesões precursoras identificadas na citologia.

Esta postagem foi feita com muito carinho para atender a diversos pedidos e para complementar a postagem anterior.
Espero que tenham gostado que curtam e compartilhem!
Um grande beijo a todos!


Bibliografia:
Instituto de Prevenção do Câncer - Governo do Estado do Ceará
Google