Antes de começarmos a falar sobre pré-natal, vamos ver
o que ocorre com o corpo e o organismo da mulher quando está grávida e como o
bebê se desenvolve em seu útero!
Após a fecundação, que geralmente ocorre no terço
distal das trompas uterinas, o embrião prossegue sua viagem em direção ao útero
e lá chegando, se implanta na mucosa que cobre a cavidade do útero como um
tapete acolhedor (preparado pelas secreções hormonais da mulher durante os dias
que precedem a ovulação). Esta acomodação no tapete do útero se chama “nidação”
e, a partir daí, haverá crescimento e desenvolvimento do embrião até cerca de 9
meses, quando ele será um bebê em torno de 3kg.
Os sinais de gravidez podem ser percebidos
precocemente. Alguns deles são: menstruação atrasada, náuseas matinais,
escurecimento dos mamilos, entre outros.
O atraso da menstruação pode ser uma dica de que a
mulher está grávida. Mas é importante lembrar que não é apenas a gravidez que
provoca o atraso da menstruação.
No início da gravidez, o aumento da circulação
sanguínea causa alterações hormonais que podem provocar dores de cabeça.
Em virtude da elevação dos hormônios produzidos pela
placenta, algumas mulheres costumam sentir enjoos nas primeiras semanas de
gravidez, mas em algumas mulheres esse desconforto perdura por toda a gravidez.
Esses enjoos ocorrem com mais frequência pela manhã, mas podem ser sentidos em
qualquer hora do dia.
Sangramento leve ocorre quando há a implantação do
embrião no útero, bem no início da gravidez. Pode ser um sangramento muito leve
ou até um corrimento de cor marrom que é considerado normal. É importante
ressaltar que se houver qualquer tipo de sangramento após o primeiro mês de
gestação a mulher deverá procurar um médico imediatamente.
Na gravidez, o organismo da mulher está produzindo
muitos hormônios, o que acaba deprimindo o sistema nervoso, causando o cansaço
e até mesmo tonturas.
Em razão do excesso de hormônios e do metabolismo mais
lento, a gestante pode sentir muito sono.
Algumas mulheres podem sentir cólicas como um sinal de
que o útero está se preparando para a gravidez.
Alguns hormônios liberados durante a gravidez atuam nas
células responsáveis pela cor dos mamilos, provocando o seu escurecimento.
O aumento dos seios está entre os primeiros sintomas da
gravidez. Eles ficam muito sensíveis e com sensação de peso.
Durante o primeiro trimestre de gravidez, o útero
aumenta, comprimindo a bexiga, dando a sensação de que ela está cheia, o que
leva a mulher a ir ao banheiro com maior frequência, principalmente no período
da noite.
Esses sinais são típicos do início de uma gravidez, mas
ao iniciarem as suspeitas, a mulher deverá procurar um médico ginecologista
para que seja feito o exame que comprova a gravidez e também para dar início ao
pré-natal, se for o caso.
Atualmente, no Brasil, é reconhecida a importância de
se ter um acompanhamento abrangente no pré-natal, que inclua não só as questões
biológicas, mas, também, outros aspectos relevantes ao desenvolvimento
infantil, como a saúde emocional da mãe, o apoio que ela encontra nos
familiares, no trabalho, na escola e na comunidade, bem como orientações sobre
a importância da construção do vínculo com o bebê e da participação do pai.
Assim, deve-se tratar com igual atenção e importância os aspectos relacionados
à vida psíquica da gestante, sua família e seu ambiente social direto e
indireto. Isto porque o impacto que se tem com essa abordagem ampliada do
pré-natal, trabalhando os aspectos físicos, emocionais e sociais da gestante e
seu ambiente, potencializa o desenvolvimento infantil em suas múltiplas
dimensões: motora, intelectual, de linguagem, social e emocional.
Por se tratar de um evento fisiológico, a assistência
ao pré-natal é como uma supervisão da natureza e cabe ao médico e/ou ao
enfermeiro saber atuar no momento correto para garantir o melhor para o bebê e
a mãe.
O
acompanhamento pré-natal é uma das maiores provas de amor que uma mãe pode dar
ao filho quando ele ainda está na sua barriga. Afinal, é através desses exames
que a mulher pode cuidar de sua saúde e do bem-estar do bebê, evitando diversas
doenças e complicações que podem trazer inclusive o parto prematuro e o aborto.
Os cuidados pré-natais têm também um aspecto muito
importante, que é o de orientar a futura mãe sobre o que esperar e como agir
durante a gravidez.
É na consulta do pré-natal que o médico deverá
identificar qual é a idade gestacional (IG), a classificação de risco da
gravidez, se é de baixo risco ou de alto risco, e informar a data provável do
parto (DPP).
As consultas de pré-natal devem começar assim que se
descobre a gravidez. A mulher deve receber importantes informações sobre a
questão nutricional, o aumento de peso e os primeiros cuidados com o bebê.
As consultas do pré-natal devem ser realizadas
mensalmente até a 28ª semana, de 15 em 15 dias das 28ª até a 36ª semana e
semanalmente a partir da 37ª semana de gestação.
Algumas situações que caracterizam uma gravidez de
alto risco são:
- Doença cardíaca;
- Asma ou outras doenças respiratórias;
- Insuficiência renal;
- Anemia falciforme ou talassemia;
- Hipertensão arterial antes da 20ª semana de gestação;
- Doenças neurológicas, como epilepsia;
- Hanseníase;
- Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico;
- Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
- Malformação uterina, mioma;
- Doenças infecciosas, como hepatite, toxoplasmose,
infecção pelo HIV ou sífilis;
- Uso de drogas lícitas ou ilícitas;
- Aborto anterior;
- Infertilidade;
- Restrição do crescimento intrauterino;
- Gravidez de gêmeos;
- Mal formação fetal;
- Desnutrição da gestante;
- Diabetes gestacional;
- Suspeita de câncer
de mama;
- Gravidez na adolescência.
Obs.: Neste caso o pré-natal deve conter os exames
necessários para verificar a doença e devem ser dadas orientações sobre o
bem-estar da mãe e do bebê.
Conversar com a paciente para saber como anda seu
estado geral, quais sintomas vêm apresentando e, a partir da 20ª semana,
indagação sobre os movimentos do feto.
Durante a consulta do pré-natal o enfermeiro ou o
médico deverão seguir o seguinte passo a passo:
- Verificar o peso;
- Verificar pressão sanguínea;
- Verificar se há inchaço das pernas e dos pés;
- Medir a altura uterina;
- Auscultar os batimentos fetais;
- Observar as mamas e ensinar o que se pode fazer para
prepará-las para a amamentação;
- Solicitação de exames médicos (laboratoriais, de imagem
e outros, se necessário).
- Oferecer as vacinas necessárias.
Além disso, é importante perguntar sobre os incômodos
comuns da gravidez, como azia, queimação, excesso de saliva, fraqueza, dor
abdominal, cólica, corrimento vaginal, hemorroidas, dificuldade para respirar,
sangramento das gengivas, dor nas costas, varizes, cãibras e trabalho durante a
gravidez, esclarecendo todas as dúvidas da gestante e oferecendo as soluções
necessárias.
É muito importante que as gestantes aproveitem o momento
da consulta para colocar suas dúvidas, preocupações, experiências a fim de
ampliar o diálogo com os profissionais de saúde.
O atendimento proporcionado nessas consultas deve ser
registrado e monitorado no Cartão da Gestante, pelos profissionais envolvidos,
utilizado nas unidades básicas de Saúde do País e também pelos profissionais
que a atenderão no parto. Por meio desse monitoramento, é possível fazer o
acompanhamento, o diagnóstico e o tratamento de doenças pré-existentes ou das
que podem surgir durante a gravidez.
Os exames que devem ser realizados no pré-natal são:
- Sistema ABO e fator Rh
Esse procedimento indica qual o tipo de sangue da mãe.
Saber o sistema ABO ajuda em possíveis transfusões sanguíneas. Já o fator Rh é
mais importante: Mães que sejam fator negativo e têm bebês com fator positivo
podem obter um quadro chamado eritoblastose fetal. No parto, quando os sangues
entram em contato, são formados anticorpos anti-Rh no corpo da mãe, que podem
destruir as hemácias do próximo bebê Rh+ que ela tiver. Para evitar que isso
aconteça, é ministrado um medicamento após o parto que impede que esses
anticorpos se formem.
O exame é pedido na primeira consulta pré-natal e não
há necessidade de ser repetido.
- Hemograma Completo
O hemograma é a avaliação de todos os compostos
presentes no sangue, como a série vermelha (dos glóbulos vermelhos), série
branca (dos glóbulos brancos) e plaquetas. Os primeiros são importantes para
avaliar se a gestante está com anemia. As grávidas são mais propensas ao
problema, pois há um aumento de 50% do sangue, portanto o ferro se dilui. Além
disso, a análise das plaquetas indica como está à coagulação e os glóbulos
brancos ajudam a identificar como está o sistema imunológico e se há alguma
infecção dentro do corpo.
O exame sempre é pedido na primeira consulta da
gestação, podendo ser repetido no segundo ou no terceiro trimestre de acordo
com a conduta do obstetra. Repetir entre 28-30 semanas.
Resultados normais:
- Hemácias = 3.800.000 a 5.200.000/mm3
- Hemoglobina = 12.0 a 16.0 g/dl
- Global de Leucócitos = 4.000 a 11.000 /mm3
- Plaquetas = 140.000 a 450.000/mm3
- Glicemia
O exame de glicemia de jejum indica a quantidade de
glicose presente no sangue. Quando as taxas estão acima do normal, o médico pode
suspeitar do quadro de diabetes gestacional, que torna a gravidez mais
arriscada, podendo causar problemas de saúde no feto. A queda da glicemia
também pode trazer riscos para a gestante e o nenê, mas devido a seu tipo de
sintomatologia é mais rapidamente diagnosticado e tratado. Os sintomas de queda
de glicemia na gestante incluem tontura, taquicardia, desmaio e sudorese.
Tipos:
Pode ser feita a glicemia de jejum, que contabiliza a
quantidade de glicose no sangue quando não há ingestão de alimentos. Depois
pode ser feita a curva glicêmica, que mede a quantidade de açúcar no sangue
após duas horas de ingestão desse alimento.
Normalmente a glicemia é pedida junto com a primeira
bateria de exames e a curva glicêmica é pedida no quinto mês.
Preparação:
O exame de glicemia de jejum pede a ausência de
alimentação pelo mínimo de 8 horas. Já a curva glicêmica precisa da ingestão de
açúcar duas horas antes do exame.
Resultados normais:
- Glicemia de jejum: o normal é que esteja abaixo de 99
mg/dl
Curva glicêmica: os valores são abaixo de 92 mg/dl no
primeiro exame, menos de 180 mg/dl após uma hora e menor que 153 mg/dl depois
de duas horas
- Sorologia para HIV e VDRL
O primeiro exame indica quando a mãe é soropositiva
para HIV, ou seja, tem chances de desenvolver AIDS. Já o segundo mostra se a
mãe está contaminada com a bactéria que causa sífilis. Se o resultado for
positivo é importante que essa paciente seja tratada para evitar a transmissão
do vírus para o filho. O exame é indicado para todas as gestantes, pois elas
podem estar infectadas sem saberem e ambas as doenças podem prejudicar o feto.
O HIV prejudica o sistema imunológico, já a sífilis congênita pode causar
problemas no sistema nervoso central e coração, entre outros órgãos.
É feito sempre no início do pré-natal, para que, em
caso positivo, o tratamento preventivo comece logo.
- Reação para toxoplasmose e para rubéola
Os exames indicam se a paciente já teve algum contato
com os causadores dessas duas doenças. Eles medem os anticorpos contra os
agentes. Pela quantidade de IgG e IgM dá para saber se a infecção ocorreu há
muito tempo ou durante a gravidez. A toxoplasmose pode provocar sequelas para o
feto e malformações, por atacar e destruir tecidos. Já a rubéola pode trazer
complicações neurológicas, cegueira e surdez para a futura criança.
Sempre é feito no início do pré-natal e depois repetido
no terceiro trimestre.
Resultados normais:
Quando a infecção é mais antiga, os valores de IgM são
mais baixos e de IgG são mais elevados.
- Sorologias para hepatite B e C e para citomegalovírus
Os exames verificam se a mãe está com alguma dessas
doenças, que podem prejudicar o desenvolvimento do feto também. O
citomegalovírus pode causar malformações no bebê, mas é uma doença considerada
mais rara. Já as hepatites B e C podem ser passadas para as crianças, que se
tornaram portadoras dos vírus também.
Ele é feito no primeiro trimestre e repetido no
terceiro trimestre, ou mais vezes de acordo com o histórico da paciente.
- Urina
O exame de urina normalmente indica se a paciente está
com alguma infecção urinária, mesmo que sem sintomas. Ela precisa ser tratada,
porque pode passar para os rins ou para o corpo inteiro, causando parto
prematuro, além de problemas de saúde para a mãe. O primeiro exame feito é o
Urina 1, que indica a concentração de células de defesa na urina. Caso ele dê
positivo, são feitos outros exames para verificar quais bactérias são essas,
assim o obstetra avalia o melhor tratamento.
É pedido na primeira consulta pré-natal e normalmente é
repetido nos outros trimestres.
Preparação:
Basta fazer a coleta em casa. Resultados normais: É
indicado que a densidade varie de 1005 e 1030 e o pH esteja entre 5,5 e 7,5. No
exame químico não devem constar glicose, proteínas, cetonas, bilirrubina,
urobilinogênio, leucócitos, hemoglobina e nitritos. Já na Microscopia do
Sedimento deve exibir:
- Células epiteliais – algumas
- Leucócitos - 5 por campo
- Hemácias - 3 por campo
- Muco - ausente
- Bactérias - ausentes
- Cristais - ausentes
- Cilindros – ausentes
- Fezes
Ele mostra se a gestante está com alguma verminose.
Apesar de elas serem pouco comuns em locais com saneamento básico, são pedidas
para todas as gestantes, já que algumas podem aumentar os quadros de anemia.
Algumas precisam ser tratadas, mas de acordo com sua gravidade e com o tipo de
medicamento usado, pois alguns podem interferir na gravidez.
É feito apenas no início do pré-natal.
Cada laboratório pede preparações diferentes.
- Teste de Coombs Direto e
Indireto
O teste de Coombs direto é um método que permite
a identificação da presença de anticorpos fixados sobre as hemácias.
O teste de Coombs
contribui diretamente para o diagnóstico da anemia autoimune, pois sua
positividade confirma que o anticorpo foi fixado in vivo à hemácia do paciente,
auxiliando dessa forma o diagnóstico diferencial com outras anemias
hemolíticas, como as causadas por alterações da hemoglobina ou da estrutura da
hemácia. É importante também no diagnóstico das anemias hemolíticas do
recém-nato e das anemias induzidas por drogas. Embora o teste de Coombs seja
extremamente sensível, um resultado negativo não exclui a presença de
anticorpos ligados às hemácias.
O teste de Coombs indireto permite a
identificação de anticorpos antieritrocitários no soro.
O teste indireto
identifica in vitro diferentes anticorpos, de acordo com a fase do teste que
apresentou positividade. O teste é realizado em quatro diferentes etapas,
conhecidos como: fase fria (reativos à temperatura ambiente), geralmente
anticorpos da classe IgM; fase em meio proteico, identifica os anticorpos IgM e
também anticorpos incompletos (da classe IgG); fase quente (à temperatura de
37°C), detecta anticorpos que só reagem a essa temperatura (geralmente IgG); e
a última etapa, que identifica aglutininas da classe IgG e anticorpos fixadores
de complemento.
A ocorrência de
aglutinação e/ou de hemólise durante quaisquer das etapas indica a
possibilidade da presença de anticorpos irregulares.
- Exame ginecológico e Papanicolau
Serve para avaliar a região íntima e detectar infecções
vaginais ou câncer do colo do útero. Deve ser feito no 1º trimestre de
gestação.
- Colpocitologia oncótica
Bacterioscopia da secreção vaginal – avaliação de
perfil bacteriológico do conteúdo vaginal por critério de Nugent, indicada para
pacientes com antecedente de prematuridade, possibilitando a detecção e o
tratamento precoce da vaginose bacteriana, idealmente antes da 20ª semana.
- Ultrassom
Serve para detectar a presença do embrião, o tempo da
gravidez e a data do parto, os batimentos cardíacos do bebê, a posição, o
desenvolvimento e o crescimento do bebê. Deve ser feito no 1º, 2º e 3º
trimestres de gestação.
- Ultrassonografia obstétrica
Caso a gestante inicie o pré-natal precocemente o
primeiro ultrassom pode ser realizado entre 10º à 13º semana e deve se repetir
entre 20º á 24º semanas.
Exames especiais
Alteração no resultado de um dos exames comuns do
pré-natal, gravidez após os 35 anos, gestantes com doenças prévias (como lúpus,
câncer, doenças do colágeno etc.), grávidas com diabetes ou hipertensão,
histórico de doenças hereditárias na família e gestação de múltiplos. Essas são
algumas das situações consideradas de risco pelos médicos e que levam à
necessidade de um pré-natal ainda mais cuidadoso tanto em relação à frequência
de consultas quanto à realização de exames específicos. Conheça alguns dos
testes adicionais, que podem ser solicitados, se a paciente necessitar de uma
assistência intensiva:
- Biópsia do vilo corial (11ª a 14ª semana)
Solicitada
normalmente quando existe a suspeita de alterações cromossômicas no feto.O procedimento consiste na análise de uma amostra da
placenta, coletada por uma agulha, que é inserida através do abdômen da
gestante. O exame apresenta um risco pequeno de provocar aborto.
- Amniocentese (a partir da 13ª semana)
Semelhante à biópsia do vilo corial, também objetiva a
constatação de anormalidades genéticas no feto. Nesse exame, porém, a amostra
analisada é do líquido amniótico, que envolve o bebê. Assim como no exame
anterior, existe o perigo de causar um aborto.
- Ultrassonografia transvaginal (a partir da 12ª semana)
Indicada quando a gestação tem alto risco de
prematuridade, como no caso de gêmeos, tem como finalidade checar as condições
do colo do útero. Se houver probabilidade de ele se romper, o que pode levar ao
parto prematuro, o médico avalia a possibilidade de realizar uma cerclagem
uterina (cirurgia que costura o colo do útero para reforçar seu fechamento).
- Fibronectina fetal (18ª à 24ª)
É uma análise da secreção vaginal para avaliar a chance
de nascimento prematuro. Realizada em mulheres de alto risco para parto
prematuro, como as que tiveram o problema em gestação anterior ou apresentam o
encurtamento do colo uterino.
- Ecocardiografia fetal (a partir da 28ª semana)
Com um aparelho de ultrassonografia, observa-se
detalhadamente o funcionamento do coração do bebê. Esse exame vem sendo cada
vez mais adotado pelos médicos como uma rotina, dentro do pré-natal, mesmo para
pacientes de baixo risco. Entretanto, muitos obstetras ainda o requisitam
apenas para situações específicas, em que a probabilidade de anomalias
cardíacas no feto é maior. Alguns desses casos ocorrem se a mãe tem alguma
malformação congênita do coração ou quando é constatada uma alteração
cromossômica no feto.
Vacinas
Segundo as normas de
Assistência Pré-Natal, do Ministério da Saúde a única vacina recomendada
indistintamente para todas as gestantes é a dupla tipo adulto (dT), que visa
imunizar contra o tétano e difteria. Eventualmente poderá ser substituída pela Anti-tetânica
isolada (TT). Objetivo principal dessa vacina é evitar o tétano neonatal.
Em casos de risco,
também podem ser recomendadas as vacinas contra Febre Amarela e Hepatite B,
para impedir a contaminação das crianças e danos futuros.
As vacinas que não
utilizam vírus vivos podem ser ministradas em grávidas sempre no primeiro
trimestre de gestação para não comprometer a saúde do feto. E só devem ser
aplicadas com o conhecimento do obstetra.
A partir do segundo
trimestre de gravidez são aceitas as vacinas contra a gripe, por diminuírem as
chances de pneumonia nas mães. Mas sempre com recomendação médica.
A Pneumocócica 23
valente, por exemplo, é indicada para mulheres com doenças crônicas no coração,
rins e portadoras de diabetes e doenças imunológicas, pois previne a invasão agressiva
de pneumocócicas, protegendo a saúde das grávidas e do bebê.
A vacina contra a
hepatite A deve ser aplicada antes da gravidez apenas em mulheres suscetíveis a
doença. A injeção errônea da vacina pode causar danos à saúde dos bebês.
Na lista de vacinas que
não devem, em hipótese alguma, ser aplicadas nas gestantes estão:
- Vacinas contra a
rubéola, sarampo, caxumba, HPV, rotavírus, porque contém vírus vivos, capazes
de atacar os bebês e prejudicar a formação e desenvolvimento do feto.
- A tríplice viral, que
previne o sarampo, caxumba e rubéola são terminantemente proibidas para as
grávidas porque causam malformação no feto, acarretando em problemas cardíacos
e neurológicos, surdez, catarata, glaucoma e outros.
Gestante não vacinada (DTP, DT, dT ou TT),
Esquema básico: consta
de três doses, podendo ser adotado um dos seguintes esquemas:
a) as primeiras duas
doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) - aplicando-se a primeira
o mais precocemente possível - e a terceira, seis meses depois da segunda; caso
só haja tempo para aplicação de duas doses, a segunda deve ser aplicada 20
dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 8).
b) três doses, de dois
em dois meses (intervalos mínimos de um mês) - aplicando-se a primeira dose o
mais precocemente possível; caso só haja tempo para aplicar duas doses, a
segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto
(esquema 0, 2, 4). Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um ou
outro esquema nas diferentes regiões do país.
Gestante com o calendário
em dia
- Esquema básico: na
gestante que já recebeu uma ou duas doses da vacina contra o tétano (DTP, DT,
dT ou TT), deverão ser aplicadas mais duas ou uma dose, respectivamente, da
vacina dupla tipo adulto (dT), para se completar o esquema básico de três doses.
Essa terceira dose deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do
parto.
- Reforços: de dez em dez
anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer nova gravidez cinco anos, ou mais,
depois da aplicação da última dose. A dose de reforço deve ser aplicada 20 dias
ou mais antes da data provável do parto.
Saúde Bucal da Gestante
Atualmente sabe-se da importância do tratamento
preventivo da criança a partir mesmo da gravidez, aumentando assim as chances
do bebê ter uma boa saúde bucal. Além disso, existe a necessidade de cuidados
com a saúde odontológica da própria gestante, diminuído as chances de
transmissão de microrganismos da mãe para a criança. Diagnosticar e tratar
doenças bucais que podem comprometer a saúde da mulher e do seu bebê é medidas
fundamentais para a garantia de um pré-natal seguro.
As consultas podem ocorrer em qualquer momento da
gestação, mas o período mais indicado é o segundo trimestre (entre o 4º e o 6º
mês). Evita-se o primeiro trimestre, pois é quando ocorre a organogênese
completa, isto é, formam-se o corpo, os membros, a cabeça e todos os órgãos
internos, período em que o feto é mais suscetível à ação de medicamentos e o
índice de aborto espontâneo são maiores. Evita-se também o terceiro trimestre
por haver um maior risco de parto prematuro e causar um desconforto maior para
a paciente devido à posição deitada da cadeira odontológica.
As radiografias só devem ser feitas em casos indispensáveis
e de preferência evitando o primeiro trimestre, e a gestante tem que estar
protegida usando o avental de chumbo, proteção indicada, na verdade, a qualquer
outro paciente. Ao receitar medicamentos, o profissional deve ser criterioso
durante a gravidez, evitando os excessos e avaliando a relação custo-benefício,
pois se sabe que a droga administrada à gestante atravessa a barreira
placentária e chega ao feto.
Durante a gravidez percebe-se a ocorrência de grandes
mudanças fisiológicas e alterações hormonais que podem ter efeitos adversos na
saúde bucal. A gestante passa a ter uma alimentação desregulada, com uma maior
frequência de ingestão de alimentos e muitas vezes alimentos mais cariogênicos
(que causam cáries) e isso pode contribuir para a ocorrência e problemas bucais
nessa fase, como o aumento do risco de cáries e problemas periodontais (nas
gengivas e ossos que servem de sustentação para os dentes). Outro fator que
pode ser observado na gestação é a erosão do esmalte dentário, que consiste em
perda de estrutura dentaria ocasionada por substâncias ácidas e nestes casos
pode ser decorrente da exposição ao suco gástrico por frequentes enjoos e
vômitos.
Os tipos de alimentos que uma gestante deve consumir
A gestante não deve comer por dois, mas consumir pelos
dois os nutrientes essenciais para a saúde da mamãe e do bebê. A palavra-chave
é qualidade, não é quantidade.
Durante toda a gravidez,
a mulher deve comer a cada três horas. Os especialistas recomendam uma
alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães
e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três a quatro porções de
legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre variando para
assim obter os mais variados minerais e vitaminas que mamãe e bebê precisam.
Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia.
O primeiro trimestre é
marcado por um aumento da frequência cardíaca e volume do sangue da mamãe, fase
importante de desenvolvimento de partes vitais do bebê, como o sistema nervoso.
Nessa fase, a ingestão de ferro, ácido fólico e líquido é interessante. Isso
não quer dizer que esses componentes são importantes só nessa fase, eles têm
que fazer parte de toda a gestação.
Há sempre muitas dúvidas em relação à alimentação das
mamães que acabam de saber que estão grávidas. Existem muitas dicas preciosas
para uma alimentação saudável durante toda a gravidez. Anote alguns exemplos:
- Ferro
Encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e
verduras (espinafre, por exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo
organismo, consuma na mesma refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas
cítricas e tomate, e evite alimentos ricos em cálcio, como leite e seus
derivados, que diminuem a absorção.
- Ácido fólico
Encontrado em vegetais verdes escuros
(espinafre, couve, brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo micro-ondas
e altas temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a
partir do segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de
vitaminas C (age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e
cartilagem, além de fortalecer o sistema imunológico da mamãe) e B6 (importante
para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão
pós-parto) e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos
tecidos do corpo).
- Vitamina c
Encontrada nas frutas como kiwi, laranja,
morango, melão, melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliças (brócolis, pimentões,
tomate, couve-flor).
- B6
Encontrada no trigo,
milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras.
- Magnésio
Encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do
mar, cereais integrais, feijões e ervilhas.
O cálcio e a vitamina D
devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o bebê começa a esgotar a
reserva da mamãe. O bebê precisa para a sua formação óssea (dentes e ossos).
Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos cardíacos. Já a mamãe
precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries, evitar gengivite e
câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto.
- Cálcio
Encontrado em leites e derivados, bebidas de
soja, tofu, gema de ovo e cereais integrais.
- Vitamina D
Encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos
e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação
do cálcio nos ossos.
Esses não são os únicos
nutrientes que mamãe e bebê precisam durante toda a gravidez.
Outros importantes
são:
- Carboidratos
Fornecem energia para a mamãe e para o
desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e
cereais que são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mamãe.
- Proteínas
Encontradas em carnes, feijão, leite e
derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe
e bebê.
- Lipídeos
São as gorduras que auxiliam na formação do
sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados,
abacate, azeite e salmão.
- Vitamina A
Ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a
formação do broto dentário do feto e na imunidade da gestante. São encontradas
no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais
amarelos.
- Niacina (Vitamina B3)
Transforma a glicose em energia, mantendo a
vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral
do feto. São encontradas em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite
e derivados.
- Tiamina (B1)
Também estimula o metabolismo energético da
mamãe. São encontradas em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e
leveduras.
Porções recomendadas
Sabemos que algumas mulheres começam a ter desejos por
alimentos que antes não gostavam ou até mesmo exóticos, porém nem tudo está
liberado e alguns alimentos do dia a dia também devem ser evitados na gravidez.
Conheça os principais:
- Carnes
cruas, mal passadas ou defumadas.
Evite a todo custo carnes cruas, mal passadas ou
defumadas. Nesta lista estão as carnes bovinas, de porcos, aves e caça. Essas
carnes podem conter a bactéria da salmonela ou mesmo o parasita da
toxoplasmose, que trazem grande risco para a gestante e bebê.
Para evitar a contaminação de outros alimentos: lave
bem as mãos após manusear carnes cruas; não utilize a mesma tábua para cortar
carnes e legumes/verduras; guarde a carne na geladeira utilizando um recipiente
que não deixe o líquido escorrer, entrando em contato com outros alimentos;
certifique-se que a carne esteja bem cozida por dentro, ou seja, que o seu
interior e seu suco não estejam avermelhados.
- Peixes
crus
O peixe é um alimento rico em nutrientes e ômega 3 –
importante para a formação cerebral do bebê. O problema com o peixe cru é a
contaminação. Porém você não precisa passar longe dos sushis e sashimis, mas
certifique-se da procedência e higiene dos alimentos servidos antes de se
aventurar. Na dúvida é melhor não arriscar.
- Mariscos
e crustáceos
Como a deterioração desses alimentos é muito rápida
requer ainda mais atenção quanto a validade e armazenamento. Se for a um
restaurante em que você não possa garantir a boa procedência, armazenamento,
validade e preparo adequados, é mais seguro optar por outro prato.
Evite consumi-los crus ou malcozidos por conta do risco
de contaminação.
Estão nesta lista: ostras, caranguejo, camarão,
lagosta, polvo, lula entre outros frutos do mar.
- Peixes
que podem conter mercúrio
O mercúrio é um metal que pode prejudicar a formação
cerebral e sistema nervoso do feto. Praticamente todos os peixes e frutos do
mar contém mercúrio, especialmente os predadores. Durante a gestação – essa
dica também é válida para tentantes já que o organismo demora um pouco para se livrarem
do mercúrio – os peixes que estão liberados são: sardinha, truta e salmão (de
viveiro), pescada, cavalinha e arenque. Os demais se devem comer com moderação,
inclusive o atum em lata (máximo de 1 lata por semana).
- Leite
não pasteurizado
O leite cru é o leite tirado das vacas, ovelhas e
cabras e que não foi pasteurizado para matar bactérias. A pasteurização é um
processo no qual o leite é aquecido em alta temperatura para garantir que as
bactérias sejam mortas, sem que o alimento perca as suas características
nutricionais.
Se for inevitável o consumo do “leite direto da
fazenda”, ele precisará ser bem fervido.
- Queijos
e iogurtes caseiros não pasteurizados
Os queijos frescos e moles oferecem risco de contaminação,
tais como minas frescal, coalho e outros queijos, especialmente os produzidos
artesanalmente, pois podem ter sido produzidos com leite não pasteurizado.
Outro cuidado importante é com o consumo de iogurte não
pasteurizado, especialmente os caseiros que você não conheça a procedência.
- Sorvete
Cuidado especialmente com os artesanais que podem ter
sidos preparados com leite não pasteurizado e/ou frutas e outros alimentos que
não foram higienizadas adequadamente.
O armazenamento inadequado também pode acarretar em
contaminação.
- Ovo
cru
O problema do ovo cru é o risco da contaminação pela
bactéria salmonela. Exclua da dieta alimentos que contém ovo cru, tais como:
maionese caseira, sobremesas como mousses e torta holandesa e é proibido
experimentar massas antes de assar.
- Frutas,
verduras e legumes não lavados.
Todas as frutas, verduras e legumes devem ser muito bem
lavados antes de consumidos. Há o risco de contaminação pelo parasita da
toxoplasmose. Se possível deixe de molho por 5 minutos em água com algumas
gotas de vinagre, em seguida lave bem em água corrente.
Atenção ao consumo de saladas, especialmente as que
podem conter ovos mal cozidos ou mesmo molhos caseiros.
- Cafeína
A cafeína não é proibida, porém deve ser consumida com
cautela pois o excesso pode causar problemas de nascimento prematuro ou mesmo
de pouco ganho de peso. O consumo permitido é de 300mg diárias, o que equivale
a 2 cafezinhos. Atenção ao consumo de outros alimentos que também possuem
cafeína, como os refrigerantes, especialmente os “Cola”, chás mate e preto,
chimarrão e chocolate.
- Adoçantes
Antes de sair tomando refrigerantes ou outras bebidas
dietéticas fale com seu médico. Há muita controvérsia sobre o uso de adoçantes
na gravidez e somente seu médico poderá orientar a quantidade permitida e
segura para o seu caso.
Na dúvida é melhor substituir os alimentos e bebidas
com adoçantes para alimentos mais saudáveis como frutas e legumes e bebidas
como sucos naturais, água e leite pasteurizado, além de trazerem benefícios
nutricionais para a gestante e bebê não oferecem risco à saúde.
- Bebidas
alcoólicas
Não existe uma quantidade segura de ingestão, qualquer
quantidade poderá provocar sérios problemas na formação do bebê. Todas as
bebidas alcoólicas são PROIBIDAS em
qualquer estágio da gestação.
- Canela
A canela é, inclusive, utilizada com aliada em vários
tratamentos, porém durante a gestação é melhor manter distância de chás, doces
e outros alimentos que utilizem a canela.
Saiba mais acessando a matéria: A canela na gravidez – riscos de aborto
e no desenvolvimento cerebral do bebê.
Outros chás proibidos para gestantes são: Erva de bicho,
Buchinha, Confrei, Rosa, Sene, Chá preto, Chá verde, Chá branco e Chá mate.
Importante
saber:
Todos os alimentos gordurosos e com muita concentração
de açúcar devem ser ingeridos com muita moderação. Adote o bom senso na hora de
escolher seus alimentos e prefira sempre os saudáveis e nutritivos.
O ganho de peso da gestante deverá ser monitorado
durante as consulta pré-natais para que a saúde da mamãe e bebê esteja em
ordem.
Havendo qualquer dúvida fale com seu médico, ele poderá
orientar de forma segura os alimentos que você poderá ingerir, inclusive se
aquele desejo maluco de comer picanha com sorvete de chocolate e calda de
cereja está liberado.
Cuidados que você deve
tomar durante sua gravidez para amenizar alguns sinais e sintomas:
- Use sutiãs de alças
largas que deem boa firmeza a seus seios e cinta ou meia calça, para melhor
sustentação quando a barriga começar a pesar.
- Para se prevenir contra
a prisão de ventre, beba muito líquido e coma muita fibra presente em frutas,
verduras e cereais integrais.
- Faça um curso pré-natal
onde se aprendem técnicas de massagem para as costas que seu marido pode fazer
em você.
- Faça exercícios
pré-natais regularmente. Natação e alongamento moderado são recomendáveis.
- A partir da 28ª semana,
observe se está descansando o suficiente de dia e deite-se o mais cedo possível
à noite. Se ainda está trabalhando, ponha os pés para cima na hora do almoço e
descanse ao chegar em casa.
- Mantenha uma boa
postura, para não prejudicar a coluna. Use sapato de salto baixo e sola antiderrapante.
- Você protege os seios
com sutiãs e cremes desde a adolescência, portanto sua pele fininha e macia
deve ser preparada para resistir à amamentação.
- Recomenda-se tomar sol
nos mamilos até às 9h e a partir das 16h a fim de preparação para o mágico
momento que é a amamentação.
- Todas as vezes que tomar
banho, massageie os bicos dos seios com uma bucha. Comece com leveza e vá
aumentando a fricção para que a pele fique mais resistente. Evite usar sabonetes,
produtos que contenham soluções alcóolicas e cremes.
- Durante toda a gravidez
evite cigarro e bebidas alcoólicas. O cigarro priva o bebê de oxigênio e as
mulheres que fumam são propensas a terem bebês prematuros ou de baixo peso. A
fumante também tem maior possibilidade de abortar. Converse com o seu médico
sobre bebida. Em geral é melhor não beber nada, pois o excesso de álcool afeta
a formação neurológica do bebê.
- Não tome qualquer tipo
de remédio sem o aval do médico, especialmente durante os três primeiros meses.
Estão terminantemente proibidos alguns tipos de antibióticos, antidepressivos,
fórmulas para emagrecimento e tratamentos estéticos com enzimas, entre outros.
- O ideal é não dirigir
nos últimos meses de gravidez nem durante o puerpério, que é o período
pós-parto.
- Se precisar viajar,
procure fazê-lo até os sete meses de gravidez. Vá acompanhada de alguém e, a
cada duas hora levante-se para exercitar as pernas.
- Seu marido deve estar participando de cada etapa
do desenvolvimento do filho. O marido deve se
preparar para estar na sala de parto ou por perto, e para ser pai, um papel que
lhe exigirá inúmeras transformações.
A
Importância do Pai
Além da tradicional abordagem fisiológica da gestante e
do feto, é essencial que o pré-natal amplie seu foco, garantindo acolhimento à
futura mãe, repleta de dúvidas, possíveis medos e ansiedade. Por isso,
recomenda-se que o pai da criança acompanhe as consultas. Além de ajudar a mãe
a sentir-se mais segura e protegida, ele começa a estabelecer um maior vínculo
com o filho, trazendo benefícios não só à gestante e a ele mesmo, mas
especialmente, ao bebê.
Exercícios
para a Hora do Parto
Para aliviar a dor durante o trabalho de parto a mulher
pode recorrer a diversos recursos naturais como controlar a respiração, ter
algo para segurar com força, andar ou até mesmo dançar entre uma contração e
outra.
Para aliviar a dor do trabalho de parto sem o uso de
remédios, a grávida deve estar num ambiente calmo, com luminosidade baixa e sem
ruído. No entanto, a mulher pode ouvir uma musica relaxante para ajudá-la a
ficar calma.
Durante o trabalho de parto, mulher grávida deve pensar
positivamente, acreditando que cada vez que se dá uma contração e a dor é muito
forte, o nascimento do bebê está cada vez mais próximo.
Além disso, deve recordar momentos e pessoas que gosta
muito, como passear na montanha ou ouvir o mar, por exemplo, ajudando a não se
focar na dor e, ficando mais calma. Tomar um chá de camomila também ajuda a
diminuir o estresse e controlar a ansiedade.
Controlando
a respiração para aliviar a dor
- Encher o peito de ar como se estivesse cheirando uma
flor e soltar o ar muito lentamente como se estivesse soprando
uma vela.
Essa respiração ajuda o útero a manter o oxigênio
suficiente que precisa para contrair corretamente, diminuindo a dor intensa e o
desconforto geral.
Além disso, a respiração profunda também diminui a
adrenalina, que é o hormônio responsável pelo estresse, ajudando a controlar a
ansiedade, que muitas vezes intensifica a dor.
Um pré-natal bem realizado deve, sobretudo, valorizar a
participação da gestante, fortalecendo a sua autoconfiança para que possa
chegar ao momento do parto tendo maior clareza sobre o que está sentindo, sobre
o parto e os limites para enfrentar todo o processo, além de ser orientada
sobre como, quando e para quem ela pode pedir ajuda.
Até a próxima postagem!
Referências
- Portal do Ministério da Saúde e do SUS (Sistema Único
de Saúde): http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.html
- BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pré-natal e puerpério.
Atenção qualificada e humanizada. Brasília: Editora MS, 2006.
- Programa Assistência Integral à Saúde da Mulher
(PAISM), do Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br
- Divisão de Imunização - Calendário de Vacinação 2014
- Política Nacional de Humanização e de Atenção
Obstétrica e Neonatal do Ministério da Saúde: http://portal.saude.gov.br
- http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/11425/teste-de-coombs-direto#ixzz3eJTdNMo6
- http://vivomaissaudavel.com.br
bem completo!!
ResponderExcluirBom dia, meu nome é jessica. Me tire uma dúvida. A linha nigra surgem em mulheres não gravidas ? Ou só em mulheres que estão grávidas?
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