Sejam Bem vindos!

"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


sexta-feira, 3 de maio de 2013

H. Pylori e outras Doenças do Estomago

Antes de falarmos da H. pylori e outras doenças do estomago, vamos relembrar um pouco como funciona o aparelho digestivo (ou digestório).
Na boca, os alimentos são mastigados e sofrem a ação da saliva.No estomago e no intestino delgado, os alimentos são misturados e sofrem a ação de sucos digestivos.No final os alimentos estão transformados em produtos simples que passam para o sangue.O resto não é aproveitável  e constitui as fezes, que são eliminadas pelo ânus.
O Helicobacter pylori, mais conhecido por H. pylori, é uma bactéria que vive no nosso estômago e duodeno, sendo responsável pela mais comum infecção bacteriana crônica em seres humanos. O H.pylori tem sido reconhecido em todas as populações do mundo e em indivíduos de todas as idades. Estimativas conservadoras sugerem que mais 50% da população mundial possuem o estômago colonizado por essa bactéria.A bactéria produz substâncias que neutralizam os ácidos, formando uma espécie de nuvem protetora ao seu redor, permitindo que a mesma se locomova dentro do estômago até encontrar um ponto para se fixar.
O modo de contágio do H. pylori ainda não é plenamente conhecido. Sabemos que a transmissão pode ocorrer de uma pessoa contaminada para uma pessoa sadia através do contato com vômitos ou fezes, este último geralmente sob a forma de águas ou alimentos contaminados.
Os seres humanos parecem ser o reservatório principal da bactéria, no entanto, o H. pylori já foi isolado em outros primatas, ovelhas e em gatos domésticos, sugerindo que a transmissão destes para os seres humanos possa ocorrer.

A água contaminada, principalmente nos países em desenvolvimento, costuma servir como uma fonte de bactérias. O H. pylori consegue permanecer viável na água por vários dias.
Quando um membro da família se infecta com o Helicobacter pylori, o risco de transmissão para os filhos e cônjuge é altíssimo. Esta transmissão é comum mesmo em casas com boas condições de higiene, o que coloca em dúvida se a transmissão ocorre sempre pela via fecal/oral. A transmissão através da saliva ainda não está comprovada. O H.pylori pode ser encontrado na boca, principalmente nas placas dentárias, porém, sua concentração parece ser baixa demais para haver transmissão.
A presença do Helicobacter pylori causa lesão no estômago e no duodeno, estando assim associado a um maior risco de:
- Gastrite.
- Duodenite (inflamação do duodeno)
- Úlcera do duodeno.
- Úlcera do estômago.
- Câncer do estômago.
- Linfoma do estômago (linfoma MALT).
Sintomatologia
A grande maioria dos pacientes contaminados pelo H. pylori não apresenta nenhum tipo de sintoma ou complicação.Os pacientes contaminados com H. pylori que apresentam queixas o fazem pela presença de gastrite ou úlceras pépticas provocadas pela bactéria. Nestes casos, os sintomas mais comuns são:
- Dor ou desconforto, geralmente tipo queimação e na parte superior do abdômen.
- Sensação de inchaço na barriga.
- Saciação rápida da fome, geralmente depois de comer apenas uma pequena quantidade de alimento.
Estes sintomas recebem o nome de dispepsia.

No caso de úlceras, os seguintes sinais e sintomas também são comuns:
- Náuseas ou vômitos.
- Fezes escuras.
- Anemia
Se o paciente não apresenta gastrite nem úlceras, a simples presença do H. pylori não pode ser responsabilizada por sintomas como dores estomacais. Apenas como exemplo, estudos mostram que somente 1 em cada 14 pacientes com queixas de queimação estomacal, sem gastrite ou úlcera documentadas na endoscopia, apresentam melhora com o tratamento para o H. pylori
O H. pylori também parece ser responsável pelo aparecimento de aftas recorrentes em alguns pacientes, mas esta associação ainda não está comprovada.
Diagnóstico
Atualmente existem vários métodos para se diagnosticar a presença da bactéria H.pylori Entretanto, mais importante do que diagnosticar a bactéria é saber em quem se deve pesquisar a sua presença. Como em alguns locais até 90% da população apresenta-se contaminada pela bactéria, os testes serão positivos em quase todo mundo. Portanto, não faz sentido solicitar pesquisa de H. pylori em pessoas sem queixas específicas.
Antigamente a pesquisa do H. pylori era feita somente com endoscopia digestiva, através de biópsias do estômago. Hoje em dia há testes não invasivos, através das fezes, sangue ou da respiração.
Porém, nos pacientes que se queixam de dores estomacais, a endoscopia é importante para avaliar o estado do estômago, servindo também para o diagnóstico de gastrites, úlceras ou tumores. Por isso, muitos dos diagnósticos de Helicobacter pylori ainda são feitos pela endoscopia digestiva, através a biópsia e do teste da urease. Os testes não invasivos acabam sendo mais utilizados após o tratamento, como forma de confirmar a eliminação da bactéria.

Pacientes com menos de 55 anos, que apresenta queixas de queimação estomacal, sem sinais que possam indicar um tumor ou úlceras ativos (sangramento, anemia, saciedade precoce, perda de peso inexplicada, vômitos recorrentes, história familiar de câncer gastrointestinal...) podem ser submetidos a um teste não invasivo, visando tratamento caso sejam positivos para H. pylori. A endoscopia fica indicada apenas se não houver melhora dos sintomas com o tratamento.
H. pylori aumenta o risco de câncer, mas não é o único fator. Portanto, não está indicado tratamento contra o Helicobacter pylori para todo mundo que tenha a bactéria. Apenas os pacientes com história familiar de câncer gástrico devem se preocupar com a presença assintomática do H.pylori. Nestes, mesmo que o paciente não apresente nenhum sintoma, indica-se a pesquisa da bactéria e o tratamento visando erradicá-la.
O H. pylori está relacionado ao surgimento de um tipo específico de linfoma do estômago, chamado de MALT. A relação é tão forte que o tratamento deste tumor é feito com antibióticos e a erradicação da bactéria leva à cura desta neoplasia.
Tratamento
Recentemente as indicações para tratamento do H.pylori foram expandidas, englobando grupos que até pouco tempo atrás não eram habitualmente tratados. As atuais indicações para tratamento do Helicobacter pylori são:- Gastrite.
- Úlcera gástrica e/ou duodenal.
- Linfoma MALT gástrico.
- Parentes de primeiro grau de pacientes com câncer gástrico.
- Anemia por carência de ferro sem causa aparente.
- Púrpura trombocitopênica idiopática.
- Pacientes em terapia de longo prazo com anti-inflamatórios, que têm sangramento gastrointestinal e / ou úlcera péptica.
O tratamento para o H.pylori é habitualmente feito com 3 drogas por 7 a 14 dias com:
- Um inibidor da bomba de prótons (Omeprazol, Pantoprazol ou Lansoprazol  + dois antibióticos, como Claritromicina e Amoxacilina ou Claritromicina e Metronidazol.
Após 4 semanas do fim do tratamento, o paciente pode realizar os testes não invasivos para confirmar a eliminação da bactéria.
ATENÇÃO!
NÃO TOME NENHUM MEDICAMENTO AQUI INFORMADO SEM TER REALIZADO EXAMES E SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA!
Dispepsia
Dispepsia é um termo que compreende uma série de sintomas relacionados ao estômago. A dispepsia está geralmente associada ao que os pacientes costumam referir como indigestão.
Entre os sintomas que estão incluídos no termo dispepsia, podemos citar: queimação ou dor na região do estômago, sensação de plenitude após refeições, sensação de estômago distendido, excesso de arrotos, azia, saciação precoce (não conseguir comer um prato sem sentir-se cheio antes de terminá-lo), náuseas e sensação de má digestão.
Alguns medicamentos podem provocar dispepsia ou piorar os sintomas de uma dispepsia já existente.Drogas como Aspirina (AAS) e outros anti-inflamatórios podem causar lesão diretamente na parede do estômago, levando à dispepsia por gastrite aguda.
Muitos medicamento à base de "ervas naturais" também podem provocar sintomas estomacais, entre os mais famosos está o Ginkgo biloba. Bebidas alcoólicas e cigarro também são causas de dispepsia.
Gastrite
Gastrite significa inflamação do estômago. A gastrite pode ser aguda, quando se desenvolve rapidamente, ou crônica, quando a inflamação se instala lentamente e persiste por vários meses. A gastrite aguda é normalmente causada por álcool, anti-inflamatórios e intoxicações alimentares. A gastrite crônica costuma ter como causa a infecção pela bactéria H. pylori.

O sintoma mais comum da gastrite é a queimação na "boca do estômago". A gastrite pode piorar ou melhorar após alimentação. Cada paciente reage de um jeito diferente às refeições. A queimação no estômago é o sintoma mais comum, mas qualquer um dos sintomas englobados no termo dispepsia pode surgir em um paciente com gastrite.
As gastrites se não tratadas podem evoluir com erosões da mucosa do estômago, levando à formação das úlceras.
Úlcera péptica
As úlceras pépticas são aquelas causadas pela ação do ácido clorídrico na parede do duodeno, estômago ou esôfago. As duas principais causas de úlceras são abuso de anti-inflamatórios e a infecção pela bactéria H.pylori.
Os sintomas da úlcera péptica ocorrem habitualmente quando o estômago está vazio. Após uma refeição, os alimentos permanecem no estômago por duas a três horas.

Os sintomas da úlcera péptica também podem ocorrer durante a noite, habitualmente entre às 23h e 2h, quando ocorre uma estimulação natural da secreção de ácido pelo estômago. É característica das úlceras a melhora dos sintomas após o paciente comer algum alimento.
A intensidade da dor estomacal não é suficiente para distinguir uma gastrite de uma úlcera. A úlcera não necessariamente é mais sintomática que a gastrite.
Refluxo gastroesofágico
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre sempre que o esfíncter que separa o estômago do esôfago encontra-se incompetente, permitindo o refluxo de suco gástrico, extremamente ácido, em direção ao esôfago.
Os sintomas mais comuns da DRGE são azia e regurgitação. Deve-se suspeitar de refluxo em todo paciente com dispepsia que apresentar azia ou regurgitação como principais queixas.
Câncer de estômago
O câncer do estômago é uma causa incomum de dispepsia. No entanto, nos pacientes com mais de 45 anos de idade, principalmente se forem fumantes e portadores da bactéria H.pylori esta possibilidade de diagnóstico deve ser levada em conta.
Existem alguns "sintomas de alarme" que levantam a suspeita de malignidade gástrica quando associados à dispepsia, são eles:
- Perda de peso não intencional.
- Vômitos persistentes.
- Dificuldade para engolir.
- Anemia ou deficiência de ferro inexplicada
- Sangue nas fezes.
- Massa abdominal palpável.
- História familiar de câncer do estômago.
- Icterícia.
Prisão de ventre
A prisão de ventre, também chamada de obstipação ou constipação intestinal, é caracterizada pela dificuldade constante ou eventual da evacuação das fezes, que se tornam ressecada. Esta, não deve ser considerada como uma doença, mas como um sintoma ou efeito de alimentação deficiente, estresse e outros problemas que fazem com que o organismo responda retendo as fezes por um período maior do que o normal. Em crianças a constipação pode vir acompanhada de outros sintomas, como o escape fecal e encoprese, ou seja, o ato de sujar as roupas íntimas involuntariamente.
Estatisticamente, a prisão de ventre afeta mais as mulheres do que os homens devido a fatores hormonais e, no caso da gestação, pela compressão do útero sobre o intestino.
Azia
A azia é a sensação de queimação que atinge o peito e pode chegar até o pescoço e garganta.
A queimação acontece após o esôfago ter contato com o conteúdo ácido no estomago e a doença também é conhecida como pirose.
A azia pode ser considerada também sintoma de outras doenças como o refluxo gastroesofágico ou irritação no esôfago.
Além da sensação de queimação, a azia provoca salivação e a queimação acontece justamente pelo contato com o ácido gástrico na região estomacal.No dia a dia, cerca de 10% de pessoas adultas sofrem do problema, que acontece geralmente depois das duas primeiras horas após as refeições. Se a pessoa finalizar uma refeição e se deitar em seguida, a azia também pode acontecer.
A principal causa da é a má alimentação e também o fato da musculatura que realiza a separação entre estomago e esôfago não funcionar corretamente, e com isso acontece o refluxo do acido gástrico  que causa a queimação na região estomacal.
Gastrite nervosa
é quando a pessoa sente dores e depois de feitos todos os exames não é encontrado nada e está relacionada com a dispepsia funcional (distúrbio no aparelho digestivo, dificultando a digestão dos alimentos) e o refluxo (retorno do ácido gástrico do estômago para o esôfago), ocorrendo defeito na válvula que tem a função de controlar a passagem dos alimentos de um órgão para o outro, causando assim muita azia e queimação no estômago que, em ambos os casos, podem surgir por diversas situações estressantes do nosso dia a dia.
Crises ocorrem muito freqüentemente após ingestão de alimentos específicos para os quais o indivíduo já tem sensibilidade aumentada, comer muito rapidamente, além do excesso de álcool e tabaco.
Para vivermos, crescermos e mantermos o nosso organismo funcionando corretamente precisamos da digestão. Os alimentos digeridos atuam, por exemplo, na renovação das células, no desenvolvimento do corpo humano, nas atividades vitais e no fornecimento de energia.A digestão é, portanto, fundamental para que o corpo funcione da melhor maneira possível. Além disto, o que comemos também influi muito neste sentido, já que quanto melhor for à qualidade do alimento, também será a do organismo como um todo.
Alguns alimentos são famosos por ajudarem no processo digestivo. O abacaxi, por exemplo, é um deles. Ele é um poderoso aliado na digestão de proteínas e de gorduras. Além disto, ele possui uma substância essencial para o bom funcionamento do intestino, a celulose. Portanto, depois de comer carnes, ingira uma fatia de abacaxi.
As fibras são outras das grandes aliadas. Elas aceleram o trânsito intestinal e promovem a formação do bolo fecal. Com isto evitam a prisão de ventre e outras enfermidades. Elas também são fundamentais para a redução dos açucares e das gorduras. Alimentos ricos em fibra é a alface, o repolho, a aveia, as frutas cítricas, os cereais, os legumes e as hortaliças, por exemplo.
O azeite não provoca a sensação de empachamento comum a outros alimentos. Além disto, ele serve como um lubrificante nos intestinos, facilitando o funcionamento dos mesmos. O iogurte também é bastante é bastante indicado, pois promove uma reposição da flora intestinal e ajuda no processo digestivo.
Alimentos a serem evitados
- Condimentos (pimenta-do-reino e a vermelha);
Álcool e refrigerantes;
Feijão e outras leguminosas;
Alimentos estimulantes, como café, chá mate, chá preto, chocolate;
Temperos industrializados, como caldo de carne, maionese, molho tártaro, extrato ou molho de tomate, molho de soja (shoyo), molho inglês, molho de salada;
Frutas ácidas como laranja (a lima é a mais indicada por ser menos ácida), limão, damasco, cereja, morango, kiwi, pêssego e tomate;
Lingüiça, salsicha, patês, salame, mortadela, presunto, bacon, carne de porco, carnes gordas, alimentos enlatados e em conserva;
Alimentos gordurosos em geral;
Doces concentrados (goiabada, marmelada, doce de leite, cocada, pé-de-moleque, geléia, compotas);
Goma de mascar.
Alimentos que contribuem para um bom controle na gastrite
Água, chá de frutas e ervas;
Suco de frutas diluído;
Frutas não ácidas, gelatina, mingaus;
Queijos brancos e ricotas;
Carnes magras desfiadas, picadas, moídas, ensopadas, cozidas, assadas, grelhadas e de preferência brancas (peixe, frango, peru);
- Purês, batata, mandioquinha, suflês, vegetais cozidos;
Pães, biscoitos maisena e água e sal
Geleias, mel, margarina light em quantidade moderada;
- Ovos cozidos ou poché
- Sopas de vegetais e carne.
Lembrando que o leite não deve ser consumido em momentos de crise, pois produz uma falsa sensação de alívio imediato, contudo é acompanhado de “efeito rebote” que aumenta a secreção gástrica para sua digestão. Mesmo fora das crises, não deve ser ingerido isoladamente.


2 comentários:

  1. Adorei, fiquei bem informada sobre problemas no estomago.Pois ultimamente tem me afligido. obrigada

    ResponderExcluir
  2. Gostei agora fiquei mais bem informada obrigada

    ResponderExcluir