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Salmos 37:3-5


sábado, 20 de abril de 2013

Algumas Doenças do Fígado e da Vesícula Biliar (Colecistite e Esteatose Hepática)

No final de 2012 abusei muito dos alimentos, devido alguns momentos de ansiedade,férias, festas de fim de ano e etc. comi muita coisa que eu não devia e em consequência disso acabei tendo problemas no meu fígado e vesícula biliar,aumento de colesterol e triglicerídeos...foi horrível,pensei até que iria morrer de tanta dor e mal estar gástrico!
Percebi que o problema não era só meu, alguns amigos e parentes também estavam sofrendo da mesma coisa e isso me motivou a realizar esta pesquisa e publica-la aqui para vocês terem um pouco mais de conhecimento sobre estas doenças!
Boa leitura a todos e espero que gostem.

A vesícula biliar é uma pequena bolsa em forma de pera  localizada no quadrante superior direito do abdômen, logo abaixo do fígado. Em geral as pedras da vesícula podem ocasionar a Colecistite.
Como funciona a vesícula biliar
A vesícula biliar armazena bile, que é lançada quando a comida contendo gordura entra no trato digestivo, estimulando a secreção de colecistoquina (CCK). A bile emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida.Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do que quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito nas gorduras. A maior parte da digestão ocorre no duodeno.
O fígado produz bile constantemente. No intervalo das refeições, ela se acumula dentro dos canais biliares. Como o esfíncter de Oddi permanece fechado, aumenta progressivamente a pressão da bile dentro dos canais biliares, enchendo gradativamente também a vesícula biliar. Essa, no intervalo das refeições, absorve água e concentra a bile que está em seu interior. Logo após refeições, quando o alimento chega ao duodeno, ocorre um estimulo hormonal, abre-se o esfíncter de Oddi e simultaneamente contrai-se a vesícula biliar, devido a sua parede muscular, esguichando bile para o intestino. Esta tem papel relevante no processo digestivo, especialmente das gorduras.



Quando a vesícula biliar deixa de funcionar por doença ou é extraída cirurgicamente, os canais biliares intra e extra-hepáticos dilatam para conter mais bile. Após as refeições, o esfíncter de Oddi se abre e a bile, com pressão aumentada, escorre para o intestino. Sem a vesícula, embora o esguicho seja menor, a quantidade de bile é suficiente para desempenhar sua função digestiva.
Colecistite
A colecistite é a inflamação da vesícula biliar. A colecistite aguda é uma emergência médica que se não tratada pode complicar levando à morte.
Os doentes em risco são mulheres em período fértil, obesos e indivíduos com idade entre quarenta e cinqüenta anos. A dieta rica em gorduras é um comportamento de risco, assim como as perdas ou ganhos de pesos rápidos e a diabetes mellitus.
Colecistite aguda
Pode ocorrer sem a presença de cálculos; designa-se então colecistite aguda alitiásica (sem cálculos). Um surto de colecistite aguda pode regredir. No entanto, pode ocorrer em conseqüência da infecção ruptura da vesícula. Essa ruptura na maioria das vezes fica bloqueada no quadrante superior do abdômen. Entretanto, pode romper para dentro da cavidade abdominal, originando um quadro grave de peritonite difusa.
Fatores de risco para a colecistite:
  • Idade: incomum em pessoas jovens, o risco de se desenvolver colelitíase (cálculo na vesícula) é 4 vezes maior a partir dos 40 anos de idade.
  • Sexo: a pedra na vesícula é 3 vezes mais comuns em mulheres, provavelmente como resultado da ação do estrogênio sobre a bile. Após a menopausa, o risco de desenvolver pedras cai bastante, tornando-se semelhantes ao dos homens.
  • Gravidez: o excesso de estrogênio durante a gestação aumenta a saturação da bile.
  • Reposição hormonal: outro mecanismo em que o estrogênio está envolvido.
  • Obesidade: é o principal fator de risco em jovens, principalmente do sexo feminino 
  • História familiar positiva: ter parentes de 1º grau com história de pedras na vesícula aumenta em 2 vezes o risco.
  • Rápida perda de peso: grandes perdas de peso em pouco tempo ou dietas com muito baixa caloria também são fatores de risco e estão associados ao surgimento de lama biliar.
  • Diabetes.
  • Cirrose.
  • Jejum prolongado: quanto maior o tempo da bile na vesícula, mais desidratada ela fica e maior o risco de formação de pedras. Jejum prolongado também pode causar lama biliar.
  • Medicamentos: Ceftriaxona, anticoncepcionais e fibratos são drogas que aumentam o risco de formação de pedras na vesícula.
  • Sedentarismo.
  • Doença de Crohn.
  • Anemia falciforme.
Curiosamente, cerca de 10% dos pacientes com colecistite não apresentam evidências de pedras na vesícula, não havendo causa aparente para o surgimento da inflamação.

Litíase biliar

Litíase equivale à presença de cálculos ou pedras, pequenas formações sólidas, móveis, numa cavidade de um órgão ou num canal.Biliar significa que as pedras se encontram nas zonas onde a bílis se armazena, na chamada vesícula biliar, ou na via biliar.Trata-se da formação de cálculos na vesícula biliar, conseqüência da cristalização de bilirrubina e colesterol, presentes na bílis.
Sintomas
O principal sintoma é a dor ou cólica na zona do estômago ou debaixo das costelas à direita, podendo estender-se para o lado esquerdo, para as costas, para o peito ou abdômen  Por vezes, estas dores são acompanhadas de enjoos, vômitos  suores e palidez. As dores devem-se ao entupimento do canal cístico ou da via biliar por um cálculo. Podem ocorrer complicações por inflamação da vesícula, das vias biliares ou do pâncreas. Nestes casos, a dor pode ser mais forte e durar mais tempo.
Como surgem as pedras na vesícula (colelitíase)
O processo de concentração da bile na vesícula é feito de modo a torná-la mais espessa, porém, sem que a mesma se solidifique. As pedras na vesícula, chamadas de colelitíase ou cálculo biliar, surgem quando ocorre um desequilíbrio entre a quantidade de água e as substâncias presentes na bile.


A pedra pode surgir quando a quantidade de água retirada da vesícula biliar for excessiva ou quando quantidade de substâncias na bile, como colesterol e pigmentos, estiver em quantidades exageradas, tornando-a saturada.
A colecistite é a inflamação da vesícula biliar que ocorre normalmente após obstrução freqüente da mesma por uma pedra. A vesícula obstruída fica mais susceptível a infecções e inflamações. Bactérias naturais dos intestinos, como E.coli, Enterococo, Klebsiella e Enterobacter, costumam infectar a bile que fica estagnada dentro da vesícula obstruída, levando ao quadro de colecistite infecciosa. A colecistite (inflamação da vesícula) é, portanto, uma complicação da colelitíase (pedra na vesícula).

E quando a pedra fica presa nas vias biliares?

Além da cólica biliar e da colecistite, a pedra na vesícula pode causar ainda outro problema. Alguns cálculos são pequenos o suficiente para sair da vesícula, mas são maiores que o diâmetro das vias biliares, ficando impactado nas mesmas, sem conseguir chegar ao duodeno. A impactação de uma pedra nos ductos biliares também causa obstrução à passagem da bile. Este quadro se chama coledocolitíase.
Quando há obstrução apenas da vesícula, a bile armazenada fica estagnada, mas a bile que continua sendo produzida no fígado consegue ser normalmente escoada pelas vias biliares. Por outro lado, quando a pedra impacta na via biliar, nem a bile do fígado nem a bile da vesícula conseguem ultrapassar a barreira. Esta bile represada volta para o fígado e começa a ser absorvida pelo sangue, levando a um quadro chamado icterícia, que é a coloração amarelada da pele e dos olhos devido ao acumulo de bilirrubina (bile) no sangue e na pele. A icterícia também ocorre em outras doenças do fígado, como hepatite e cirrose.
Diagnóstico
O melhor exame para a realização do diagnóstico é a ecografia abdominal.No paciente com dor abdominal o diagnóstico é feito em duas partes, primeiro identifica-se a presença da(s) pedra(s) e depois tenta-se saber se estas são a causa dos sintomas. Pedras na vesícula são muito comuns e nem toda dor abdominal pode ser atribuídas às mesmas. Muitas vezes o paciente tem uma gastrite, mas acaba culpando uma pedra assintomática pela sua dor. Tanto a cólica biliar quanto a colecistite possuem quadro clínico característico. Não basta achar uma pedra na vesícula para achar que o diagnóstico de qualquer dor abdominal estará feito.
Exames como a cintilografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada podem ser úteis quando há dúvidas se existe inflamação ou não vesícula.
Tratamento para pedra na vesícula
Nos pacientes assintomáticos, que encontram uma pedra acidentalmente em exames de rotina, em geral, a conduta é expectante. Trabalhos mostram que menos de 15% das pessoas com pedras desenvolvem sintomas em um prazo de 10 anos. Além disso, as maiorias dos pacientes que apresenta sintomas pelo cálculo biliar o fazem como cólica biliar, e não colecistite, colangite ou pancreatite. Portanto, a não ser que haja outros dados na história clínica, habitualmente não se leva à cirurgia pacientes com colelitíase assintomática.
Cirurgia de vesícula
Se o paciente apresenta sintomas da pedra, mesmo que somente cólicas biliares, a cirurgia está indicada. O tratamento mais comum nestes casos é a colecistectomia, retirada cirúrgica da vesícula. A colecistectomia pode ser feita por cirurgia tradicional ou por laparoscopia. Atualmente a cirurgia laparoscópica é a mais usada.


A primeira colecistectomia foi realizada em uma pequena cidade da Baviera por um médico de província. Foi um acontecimento absolutamente inusitado com aceitação lenta e progressiva do "establishment" cirúrgico alemão. Em 1987 Mouret em Lyon, França, executou a primeira colecistectomia laparoscópica. Foi novamente um acontecimento inusitado que, após alguma resistência inicial, tornou-se a mais importante inovação cirúrgica do fim do século passado.




A cirurgia em si
Colecistectomia é das operações mais realizadas e a mais freqüente das cirurgias abdominais. É segura, com mortalidade e índice de complicações muito baixas. Certamente muito menores do que os problemas decorrentes das complicações das doenças vesiculares. Era realizada por uma incisão ampla da parede do quadrante superior do abdômen. Havia dor pós-operatória significativa e permanência hospitalar de vários dias, além de complicações próprias da incisão operatória.
Em bem menos de 10 anos o novo método foi aceito em todo mundo, tornando-se, indiscutivelmente, a cirurgia de eleição para as doenças da vesícula biliar. É indicada tanto para litíase não complicada quanto para colecistite aguda.
Cabe um alerta, todavia, para a cirurgia videolaparoscópica. Eventualmente não é realizável por laparoscopia, impondo conversão para cirurgia convencional aberta. Converter uma laparoscopia para cirurgia aberta não é demérito, mas prudência para prover solução segura para os problemas dos portadores de doença da vesícula biliar.
Tratamento não cirúrgico
Nos pacientes com pedras predominantemente de colesterol e sem evidências de complicações, há a opção pelo tratamento com remédios. Existe uma substância chamada ácido ursodeoxicólico, ou ursodiol, que dissolve este tipo de cálculo. Através da tomografia computadorizada muitas vezes é possível avaliar a composição das pedras e indicar o tratamento com remédios.
Existe ainda a opção pelo tratamento com ondas de choque (litotripsia), semelhante ao feito com o cálculo renal.
O grande problema do tratamento não cirúrgico é a alta taxa de recorrência das pedras. Mais de 50% dos pacientes voltam a apresentar pedras em um intervalo de 5 anos.

Recomendações dietéticas 
Para evitar pedra na vesícula é importante manter sempre uma dieta que tenha frutas, verduras e cereais, desprezando quando possível os alimentos que possuem alto índice de colesterol.
Infelizmente, pedra na vesícula não se elimina apenas com a alimentação tradicional, mas existem tratamentos alternativos realizados com o uso de alguns complementos nutricionais, os quais podem ajudar em muitos casos a evitar cirurgias. Os complementos recomendados são os fito esteróis em cápsulas, o óleo de oliva, o cloreto de magnésio pa, o chá de folha de abacateiro e o chá de agulhas de pinheiro. Estes complementos utilizados alternadamente durante alguns meses normalmente diluem a pedra na vesícula 
Um prato saudável, que possui todos os nutrientes necessários para o corpo, mas não possui nenhuma substância que possa ocasionar problemas relacionados à formação de pedras na vesícula.
Alimentos aconselhados:

- Iogurte magro em pequenas quantidades, café, chá e sumo de fruta
- Pão branco, biscoitos torrados bolachas de água e sal, maria ou de maisena
- Os legumes da sopa bem cozidos
- Purê de batata ou de legumes cozidos com o mínimo de água
- Massa e arroz
- Carne: bovino, coelho, carneiro e frango sem pele (cozida ou grelhada), presunto magro
- Peixe branco
- Fruta ou compotas e gelatina
- Chá ou infusões de ervas
- Açúcar, mel, marmelada e doce em calda
Os alimentos devem ser ingeridos cozidos ou grelhados evitando os fritos e refogados.
Alimentos não aconselháveis:
- Queijo, manteiga, margarina e maionese
- Leite deve ser magro, cacau
- Produtos de pastelaria que contenham banha
- Remover ao máximo a gordura da carne
- Carnes gordas: bovino, frango e peru sem pele, cavalo, coelho, carneiro e carnes defumadas
- Peixes gordos e marisco
- Ovos
- Bebidas alcoólicas
Após algumas semanas de dieta, se começar a sentir-se melhor, experimente outros alimentos, mas de forma gradual.
Pessoas que se alimentam inadequadamente durante os finais de semana, mas que adotam este tipo de alimentação mais saudável pelo menos 3 a 4 vezes na semana, diminuem consideravelmente o risco de formação de pedra na vesícula.
Observações:As dietas e recomendações aqui apresentadas não substituem nem alteram as indicações do seu médico.É importante deixar claro que pessoas com pedras na vesícula devem sempre buscar orientação e tratamento médico especializado!
A esteatose hepática
É uma condição do fígado causada pelo acúmulo de gordura no mesmo. Geralmente causada pelo consumo excessivo de álcool, a esteatose também pode surgir em várias outras situações, como em pessoas com colesterol alto, excesso de peso, diabéticos, etc.
O termo hepático tem origem grega e significa fígado. Esteato é o termo que indica relação com gordura. Portanto, esteatose hepática significa literalmente fígado gorduroso ou fígado gordo.Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, que compõe cerca de 10% do seu peso. Quando o acúmulo de gordura excede esse valor, estamos diante de um fígado que está acumulando gordura dentro do seu tecido.Uma esteatose hepática leve (esteatose hepática grau 1 ou 2) normalmente não causa sintomas ou complicações. O acúmulo de gordura é pequeno e não leva à inflamação do fígado.
A principal causa de esteato-hepatite é o consumo de bebidas alcoólicas. Em geral, dividimos os casos entre esteato-hepatite alcoólica e esteato-hepatite não alcoólica.
Causas da esteatose hepática
Não se sabe exatamente por que alguns indivíduos desenvolvem esteatose hepática, mas algumas doenças estão claramente ligadas a este fato. Podemos citar:

- Obesidade.Mais de 70% dos pacientes com esteatose hepática são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco.
- Diabetes Mellitus.Assim como a obesidade, o diabetes tipo 2 e a resistência à insulina também estão intimamente relacionados ao acúmulo de gordura no fígado.
- Colesterol elevado.Principalmente níveis altos de triglicerídeos.
- Drogas. Várias medicações podem favorecer a esteatose, entre as mais conhecidas estão: corticoides  estrogênio, amiodarona, antirretrovirais, Diltiazen e Tamoxifeno. O contato com alguns tipos de pesticidas também está relacionado ao desenvolvimento de esteatose hepática.
- Desnutrição ou rápida perda de grande quantidade de peso.
- Cirurgias abdominais, principalmente "bypass gástrico", retirada de partes do intestino e até cirurgia para remoção da vesícula.
- Gravidez.
Não é preciso ter alguma das condições citadas acima para ter esteatose hepática. Pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool também podem tê-la, apesar deste fato ser menos comum.
A esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por ação do estrogênio.
Sintomatologia
A esteatose hepática não causa sintomas. Normalmente, o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos.
Alguns pacientes com esteatose hepática queixa-se de fadiga e sensação de peso no quadrante superior direito do abdômen. Não há evidências, entretanto, que esses sintomas estejam relacionados ao acúmulo de gordura no fígado. Há pacientes com grau avançados de esteatose que não apresentam sintoma algum.
Tratamento
Não existe tratamento específico para esteatose. O alvo deve ser o tratamento dos fatores de risco citados acima. A fase de esteatose pode ser reversível apenas com alterações dos hábitos de vida.
A perda de peso é, talvez, a mais importante medida. Todavia, deve-se limitar a perda de peso ao máximo de 1,5 kg por semana para se evitar uma piora do quadro. A prática regular de atividade física também ajuda muito, pois diminui o colesterol e aumenta o efeito da insulina.
Em doentes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção.
É importante destacar que através dos exames de imagem também nem sempre é possível diferenciar casos de esteatose, principalmente em fase avançada, da esteato-hepatite. A ultrassonografia, por exemplo, consegue-se ver bem a gordura, mas não possui sensibilidade suficiente para se descartar ou confirmar a presença de inflamação no fígado.
Deve-se controlar o colesterol, o diabetes, e se possível, trocar drogas que possam estar colaborando para a esteatose.


 











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