Ontem, ao estar com minhas filhas, alguns sinais e sintomas de alergia que elas apresentavam me chamaram a atenção...mesmo sabendo que minhas filhas desde pequenas apresentavam este quadro alérgico, nunca parei para pensar, o porquê disso tudo,já que eu e nem o pai delas somos alérgicos.
Por este motivo, passei quase toda a noite revirando meus livros de imunologia,acessando a internet pesquisando matérias,lendo artigos, só para poder relembrar o que eu havia aprendido a respeito disso na faculdade, e amei fazer isto, pois além de refrescar minha memória, ainda pude aprender muitas coisas que agora irei compartilhar com vocês!
Nosso
ambiente está repleto de agentes infecciosos como vírus,
bactérias, fungos, protozoários, etc. o sistema imunológico trabalha combatendo
estes invasores. O organismo possui vários tipos de barreiras contra os
invasores. O tipo de resposta imune do organismo vai depender do patógeno e do local
da infecção.
O termo imunidade é derivado do latim immunitas que se refere as isenções de taxas oferecidas aos senadores romanos. Historicamente imunidade representa proteção a doenças, mais especificamente doenças infecciosas. A imunologia é o estudo da imunidade ou seja os eventos moleculares e celulares que ocorrem quando o organismo entra em contato com microrganismos ou macromoléculas estranhas. As barreiras físicas, células e moléculas responsáveis pela imunidade constituem o SISTEMA IMUNE.
O que são anticorpos?
Também chamados de
imunoglobulinas, são proteínas produzidas pelos linfócitos B que reconhecem
antígenos e se ligam especificamente com eles e interagindo com outras células
do sistema imune, servindo como um adaptador. Existem cinco classes de
anticorpos: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE.
O que são antígenos?
Qualquer organismo
que é reconhecido pelo sistema imune.
O que é resposta inflamatória?
Ocorre quando há uma
concentração de células de defesa no local da infecção. Há uma vasodilatação e
aumento do suprimento sanguíneo, migração de células de defesa para o local e
aumento da permeabilidade das células.
A imunidade adquirida passiva é
adquirida de uma forma natural, pela passagem de anticorpos maternos ao feto
através da placenta, ou artificial, pela administração de gamaglobulinas ou
soro imunes.
A imunidade adquirida ativa pode ser obtida de uma forma natural, através
da indução para formação de anticorpos pela doença, e de maneira artificial,
induzindo isto por meio de administração de vacinas.Os componentes da imunidade adquirida são os linfócitos e seus produtos. As
substâncias estranhas que induzem respostas específicas ou são alvos dessas
respostas, são chamados antígenos.
Existem dois tipos de respostas imunes adquiridas, designadas imunidade humoral
e imunidade mediada por células.Imunidade humoral é mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos, que são
produzidos pelos linfócitos B.Os anticorpos reconhecem especificamente os antígenos microbianos, neutralizam
a infecciosidade dos micróbios e marcam os micróbios para a eliminação pelos vários
mecanismos efetores. É o principal mecanismo de defesa contra os micróbios
extracelulares e suas toxinas.
Imunidade mediada por célula é mediada por células chamadas linfócitos T; os
micro-organismos intracelulares, tais como vírus e algumas bactérias, sobrevivem
e proliferam dentro dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde ficam
inacessíveis aos anticorpos circulantes. A defesa contra essas infecções é uma
função da imunidade celular, que promove a destruição dos micróbios que residem
nos fagócitos ou a lise das células infectadas.
Geralmente as reações
alérgicas no nosso organismo se devem a substâncias normalmente inofensivas,
como pólen, poeira, veneno de insetos, látex, alimentos e medicamentos. Pessoas que têm crises alérgicas com muita freqüência
são sensíveis a mais de uma substância.
Há diversos tipos de
alergias, aqui citarei apenas alguns:
· Alergia a alimentos: nesse tipo de alergia, a pessoa
se sente muito mal quando ingere determinado tipo de alimento. Pode acontecer alergia a ovos, alergia a frutos do
mar, a alimentos que contêm leite, etc.
· Alergias da pele: existem diversos tipos de alergias
que ocorrem na pele quando esta entra em contato com algumas substâncias.
Alguns tipos de alergias da pele são: eczema, dermatite de contato e urticária.
Todas elas causam muita vermelhidão e coceira na pele.
· Alergia a medicamentos: nesse tipo de alergia, a
pessoa não pode fazer uso de alguns medicamentos que podem desencadear uma
reação alérgica e às vezes pode levar à morte.
· Alergia a picadas de insetos: a pessoa que apresenta
esse tipo de alergia apresenta inchaço, coceira, vermelhidão e dor no local
onde o inseto picou.
· Pelos de animais: quando a pessoa entra em contato
com algum animal que tenha pelos, desencadeia uma reação alérgica que se
caracteriza por espirros, tosse, nariz entupido e escorrendo; e olhos, garganta
e nariz avermelhados.
Os sintomas da alergia incluem:
· Espirros
· Falta de ar
· Chiado
· Olhos e Nariz
escorrendo
· Dor no rosto (na
Ponte do Nariz, Perto dos Olhos, sobrancelhas bochechas
e testa)
e testa)
· Tosse
· Erupções cutâneas
(erupções cutâneas,urticária)
· Inchaço dos Lábios
e rosto
· Comichão nos olhos,
orelhas, lábios, garganta e céu da boca
· Náusea
· Vômitos
· Diarreia e cólicas
abdominais.
Anafilaxia:
Quando
uma reação alérgica é uma ameaça a vida,podendo levar ao óbito,caso o socorro
não seja eminente.É denominado choque anafilático:
· Inchaço da boca,
garganta e das vias aéreas superiores, causando tipo um entupimento destas vias
levando á uma dificuldade em respirar, de falar ou de engolir;
· Erupção cutânea de
e prurido contraditório em outras partes do corpo;
· Fraqueza e Colapso
freqüentemente com inconsciência devido à súbita queda da pressão arterial.
Neste caso a pessoa deverá ser levada para atendimento médico de emergência o mais rápido possível!
Embora a alergia só afete alguns órgãos, como os pulmões (asma),
o nariz (rinite), a pele (urticária), o indivíduo é alérgico por inteiro. Os testes
cutâneos são uma ferramenta imprescindível, pois facilitam o
diagnóstico
causal da alergia do paciente revelando os alérgenos aos quais ele
é
sensível. Além disso, podem-se testar inúmeros alérgenos ao mesmo tempo.
O teste cutâneo produz uma reação alérgica em pequena escala quando
expomos
intencionalmente o paciente a quantidade mínima de alérgenos. Os
testes
cutâneos de puntura, intradérmico e de contato são os mais
utilizados no
diagnóstico das alergias.
Teste de Puntura
(TP)
Os testes de puntura são utilizados para confirmação diagnóstica da alergia
induzida por grande variedade de substâncias inalantes e alimentos. São
freqüentemente usados como padrão de referência para avaliar a
especificidade e
a sensibilidade dos testes de laboratório, ou seja, os testes
cutâneos são mais
precisos do que os sanguíneos.
Teste Intradérmico
(TI)
O teste intradérmico apresenta maior sensibilidade do que o teste de
puntura.
Quando os testes de puntura são negativos em pacientes com
história alérgica
compatível, deve ser feito o intradérmico. O TI permite a
identificação de
grande número de pacientes com história clínica de alergia,
porém com baixa
sensibilidade cutânea.
Os dois teste são feitos pelo alergologista.
Aplicando-se no colo do
antebraço as substâncias alérgenas e vendo com qual
delas o organismo irá
reagir.
Testes de
contato
Esse teste também determina a sua sensibilidade a determinado alérgeno. O
que o
diferencia dos outros dois é que ele é realizado com aplicação de
adesivos.
Neste teste o paciente ficará com um adesivo onde estão as
substâncias
alérgenas por 48 horas porque as reações a eles podem se
desenvolver
lentamente. É importante lembrar que este teste não poderá ser
molhado.
Cuidados antes do
teste:
Os testes de puntura e intradérmicos, necessitam de uma preparação. O
paciente
deve três dias antes parar de tomar antialérgicos de 1º geração,
como:
Polaramine, Cetotifeno, Zaditen, entre outros. E, sete dias antes,
antialérgicos de 2º geração, como: Fexofenadina (Allegra), Loratadina
(Claritin)
e Cetirizine (Zirtec).
Já para a realização dos testes de contato, o paciente deverá suspender
sete
dias antes, corticoesteróides orais, como: Predsin, Meticorten, Prelone,
entre
outros. E um dia antes suspender os corticoesteróides inalatórios,
como:
Nasonex, Budesonida, Budecort, Foraseq, Alenia e Symbicort.
Tratamento
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e
Imunopatologia – ASBAI, a
imunoterapia com alérgenos,também chamada de vacina
para alergia, é uma
forma de tratamento utilizado há mais de 50 anos com o
objetivo de
diminuir a sensibilidade de pessoas que se tornaram alérgico a
determinadas
substâncias. O tratamento consiste na aplicação de alérgeno ao
qual o
paciente é sensível em doses crescentes por um período de tempo que é
variável
(3 a 5 anos). A imunoterapia induz uma série de alterações na
resposta imune
que estão associadas à melhora clínica.
A Organização Mundial de Saúde recomenda a
imunoterapia como uma forma
de tratamento comprovadamente eficaz nas doenças alérgicas
mediadas pela
IgE (anticorpo responsável pela reação alérgica).
O primeiro
passo é ir ao alergologista, médico especialista em alergias.
Através do exame
clínico e, se necessário do teste alérgico, o médico saberá
a que você é
alérgico e o quanto você é sensível.
Usando os resultados dos exames e o seu histórico, o alergologista indicará
que
vacina será usada no tratamento. Como a maioria das pessoas alérgicas
reage
adversamente a muitos alérgenos, pode-se usar uma vacina
combinada, ou seja,
composta de vários extratos.
Do que é feita a
vacina?
A vacina hipossensibilizante é composta pelas mesmas substâncias que
causam
alergia, como polens, vegetais, poeira e ácaros. As vacinas podem
ser compostas
para atender às características individuais (mais de uma
alergia). Para isso
elas são produzidas em seis séries. Quanto maior a série,
menos diluído o
alérgeno é. Isso é feito para que seu organismo crie
imunidade. É como pegar
sol: temos que ir devagar para não agredir a pele.
O seu organismo terá que ir
se acostumando aos poucos com a substância
recebida.
A vacina busca aumentar a resistência às doenças alérgicas mediadas por
IgE, especialmente de origem inalatória como asma, bronquite, rinite e
conjuntivite, em pacientes cujas histórias e exames alergológicos indicam
que
sintomas alérgicos são desencadeados pela exposição natural a
alérgenos
ambientais não humanos. Porém, só o médico alergologista pode
avaliar a necessidade
do tratamento.
Reações
Como todo tratamento, o paciente pode ter diversas reações, desde locais à
sistêmicas. Mas isso não deve ser um motivo para desistir ou abandonar o
tratamento. Algumas trazem apenas pequenos desconfortos ao paciente,
como as
reações locais que provocam vermelhidão no local da aplicação e o
aparecimento
de pequenos nódulos.
Prevenção
Apesar de existir tratamentos para alergia, o alérgico deve manter alguns
cuidados para prevenir reações e crises:
o Não usar tecidos ou
objetos que estão guardados há muito tempo antes de lavá-los;
o Trocar os lençóis uma
vez na semana;
o Evitar mudanças
bruscas de temperatura;
o Evitar ambientes
empoeirados;
o Não permitir que as
crianças alérgicas brinquem em tapetes;
o Evitar ambientes
úmidos;
o Não fumar;
o Usar travesseiro
antialérgico de vinil ou poliéster;
o Evite criar animais
domésticos por causa do pêlo;
o Evitar cheiros fortes
de desinfetantes, água sanitária, fumaças e gasolina, além de fumaça de
cigarro.
02/03/2012
Cientistas descobrem "chave geral" do sistema imunológico
Redação do Diário da Saúde
Cientistas descobriram que o sistema
imunológico possui uma série de "chaves liga
desliga".Eles afirmam que essas chaves poderão ser
reforçadas para tratar doenças
causadas pela super-ativação do sistema
imunológico, ou bloqueadas, para melhorar
as vacinas.
O "reforço" de uma chave faz
sentido porque os mecanismos descobertos estão
presentes nas células, o que
levaria a um modo de ação baseado na ativação ou
desativação do mecanismo em um
maior número de células.
Desligando o sistema
imunológico
"Sem esses sinais de
parada, como a TMED7, nosso sistema imunológico continuaria
a agir, de forma
descontrolada, eventualmente levando a doenças como o choque
séptico,"
explica a Dra. Anne McGettrick.
Segundo ela, a manipulação dessas
"chaves" pode acalmar nosso sistema
imunológico, evitando que ele
ataque nossos próprios corpos, como no caso das
doenças autoimunes.
têm falhado porque o sistema
imunológico não ativa uma resposta forte o
suficiente à vacina, o que a torna ineficaz para gerar
imunidade.
"Remover a TMED7 das nossas células
poderia ajudar a reforçar nossa resposta
imunológica às vacinas, tornando-as
assim mais eficazes," diz a Dra. Sarah Doyle,
principal autora da
pesquisa.
Espero mais uma vez te-los ajudado!
Um abraço carinhoso e até a próxima!
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