Quando falamos em
idoso, a imagem que vem à cabeça é de um velhinho sentado em uma cadeira de
balanço ou de uma velhinha fazendo tricô. Essa representação está ultrapassada,
entrando assim em choque com a realidade. Claro que há uma característica do
envelhecimento, não quero e não poderia negar esse fato, mas tal característica
não se encaixa nesse estereótipo dito anteriormente. Não muito antigamente,
quando tínhamos outra expectativa de vida, a saúde em tal
idade podia ser considerada precária, a questão sexual era bem diferente por
conta de tudo isso também.
Viúvos ou idosos que sejam
separados são vistos com certo tipo de preconceito, tanto pela família,
como pela população quando afirmam que possuem namorados. E ainda podemos incluir aqui a
família que tem medo (por vezes fundado) de que a pessoa que está se
relacionando com o viúvo ou o idoso é um aproveitador, só pensa no dinheiro ou
na vida que estaria usufruindo ao seu lado. Ainda que estejamos em
transformação, a sexualidade é um assunto que contém seus conservadorismos.
Temos dificuldade em acreditar na sexualidade dos nossos pais ou avós. Assim, o
fato de uma pessoa de mais idade querer se relacionar é visto como
libertinagem. Mas é preciso ressaltar que em qualquer fase da vida é possível
termos uma vivência sexual satisfatória e prazerosa.
Dados
recentes do Programa Conjunto
das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) preocupam: no Brasil, há mais de 500
mil casos notificados da doença. Desses, mais de 15 mil atingem idosos – sendo
que, em 1991, havia cerca de 950 ocorrências.
A falta de
informação é o principal motivo do crescimento acelerado da AIDS nessa faixa
etária. Há pouco tempo, não existia nenhum tipo de campanha para o público
idoso. Isso surgiu recentemente, mas de forma muito escassa.
A desinformação tem como conseqüência a vida sexual ativa sem proteção – o que
contraria o mito existente há alguns anos, de que idosos não praticam sexo. De
fato, a atividade sexual na terceira idade cresceu há pouco tempo. Existem
vários fatores que explicam a prática sexual em pessoas mais velhas. A melhora
da qualidade de vida, o controle
de sintomas da andropausa e da menopausa por meio da reposição hormonal e o
surgimento de medicamentos, injeções e próteses são alguns deles. Trata-se de
métodos recentes.
Outros fatores
fazem com que os idosos não utilizem preservativos: é algo que foi pouco
utilizado ao longo de suas vidas; existe dificuldade técnica na utilização; há
medo de perda de ereções; de uma maneira geral, a faixa etária conhece a camisinha apenas como
anticonceptivo – e não como proteção contra doenças.
O que é a andropausa?
O nome andropausa
se refere ao conjunto de sintomas que surgem, geralmente, após os 60 anos no individuo do sexo masculino, tais
como perda de energia física, falta de autoconfiança, perda de motivação e
iniciativa, diminuição da agressividade, depressão, fadiga crônica, distúrbios
do sono, queda da libido, disfunção erétil, aumento do conteúdo de gordura e
queda da musculatura.
Quais as causas?
A principal causa da andropausa, afastadas razões de
perturbações psíquicas ou psico- somáticas, é o declínio do nível do hormônio
masculino – TESTOSTERONA, o qual se apresenta sob duas formas na corrente
sanguínea: Testosterona total e Testosterona livre (disponível para efeito imediato).
Quais os sintomas?
Como é feito diagnóstico?
Verificar se não há ANEMIA, DOENÇAS DO FÍGADO, DOENÇA
RENAL CRÔNICA, DIABETES, DEPRESSÃO FAMILIAR. Enfim, afastar causas que
significam a presença de outras moléstias.
Realizar exames
de sangue para dosar (pela manhã): Testosterona total, SHBG, CH e FSH (estes
dois últimos são hormônios da hipófise, que estimulam os testículos a produzir
hormônios. Fazer exame ultrassonográfico dos testículos. Testes especiais para
hipófise (se necessários).
Um abraço e até a próxima!