“Índice elevado de virose deixa Secretaria de Saúde do município em estado de alerta.” Esta e outras do gênero são as principais noticias da área de saúde que circulam em nossos jornais, não só aqui no Pará como também em todo Brasil.
Nestes 10 últimos dias fui acometida por um dos maiores fenômenos da sociedade contemporânea: a virose. Não me lembro de ao longo da minha infância ter ouvido falar em viroses e no passado os médicos pareciam buscar diagnósticos mais específicos para dores de barriga, diarreias, vômitos, tonturas e afins. Eu, mesmo tomando todos os cuidados e prevenções possíveis para não adoecer, fui uma das vítimas desta virose, diga-se de passagem, HORROROSA... não tinha força para quase nada, emagreci 4 kg e só agora estou me recuperando com muito repouso, ingesta hídrica e vitamina C.Por esta razão decidi postar hoje sobre este assunto, apenas para fornecer um pouco mais de conhecimento para quem já sabe e para esclarecer para que ainda não entende.O que é incrível é que o surto parece ser contínuo, pois a justificativa é sempre a mesma. Recentemente passei a ouvir “quadro viral” para explicar o diagnóstico…quem sabe a virose comece a sair de moda. Independente de tudo chamada de virose, quadro viral ou de doença não identificada, sei que realmente ela tem potencial para te derrubar.
De repente, surge um mal-estar, cansaço, dor de cabeça. Depois, dores pelo corpo inteiro, espirro, nariz escorrendo e febre. Ou dores de barriga, vômito, diarreias. E mais febre. Esses problemas de saúde são tão corriqueiros que muita gente já sabe o que vai escutar do médico: “Isso é uma virose!”. Muitos pacientes chegam até a se irritar com o diagnóstico e com a recomendação geral de repousar e cuidar bem da alimentação. E nada mais. Sem um pedido de exame de laboratório sequer, nem um medicamento. Daí, quase sempre bate a incerteza: “Será que o médico sabe o que está dizendo? Não seria melhor tomar um antibiótico logo de cara?”.
A dúvida é mais comum do que se imagina. Tem muita gente acreditando que virose é um termo usado pelos médicos quando não sabem quais são os males que afligem seus pacientes. Mas virose existe, sim, e é definida como uma infecção causada por um vírus. O termo é genérico, pois serve para indicar desde uma doença branda e passageira, como um simples resfriado, até males mais graves que podem levar ao óbito, quando não são atendidos pronta e corretamente como é o caso da dengue. Outros exemplos de distúrbios perigosos causados por vírus são a febre amarela e a Aids.
Mas, na maioria das vezes, o médico conta com poucos dados para diferenciar uma virose de uma infecção bacteriana. Por cautela, então, muitos preferem acompanhar o desenrolar da história, antes de entrar com medicações mais contundentes como o antibiótico, indicado única e exclusivamente para matar bactérias. Os sintomas das infecções provocadas por vírus ou por bactérias, no início, são muito semelhantes. Começam com dor no corpo, malestar generalizado, dores de cabeça e febre, em ambos os casos. Não existe um sinal clássico para um ou outro tipo de infecção. Daí, a dificuldade de fechar um diagnóstico definitivo num primeiro momento.
Esse aguardo não significa que o médico não tem certeza do que fazer por desconhecer o que se passa realmente com seu paciente. Como sabe que em 90% dos casos a virose é uma doença benigna e que o próprio sistema de defesa do indivíduo se incumbe de resolver a questão e que, além disso, a doença é autolimitada, isso é, tem um tempo para acabar sozinha, a melhor decisão é mesmo instruir o paciente para ficar alerta com uma eventual complicação e medicar apenas para combater os sintomas e amenizar o mal-estar, na medida em que não existem medicamentos específicos para matar o vírus.
Na maioria das vezes as viroses são benignas e desaparecem no período entre 48 e 72 horas. Porém, em alguns casos, a virose predispõe o organismo a infecções bacterianas. Estas, sim, trazem sérios prejuízos para o organismo. Cerca de 60% das pneumonias causadas por bactérias decorrem de uma gripe ou de outras viroses respiratórias. Ou seja, o indivíduo tem uma infecção viral que debilita o organismo temporariamente, o que se torna uma oportunidade e tanto para uma bactéria se aproveitar da ocasião e causar uma nova infecção. Outros quadros infecciosos que podem acontecer também são: sinusite, amidalite, otite e traqueíte.
Essas mudanças de rumo são mais frequentes em crianças e idosos porque o sistema imunológico em ambos os casos não conseguem responder a altura. Nos menores porque as defesas ainda não funcionam como deveria. Nos mais velhos porque o próprio desgaste do organismo, somado a eventuais doenças, debilita o sistema de defesa.Por isso, é importante nunca descuidar da evolução da doença e comunicar ao médico qualquer sinal de mudança.Nos problemas respiratórios, por exemplo, as infecções bacterianas apresentam febre mais alta e uma prostração mais acentuada que as provocadas por vírus. Já nas infecções gastrointestinais causadas por bactérias, as fezes podem apresentar muco ou sangue, além de outros sintomas como dores abdominais, diarreia aguda, febre, náusea e vômitos, que também são comuns às viroses.
Afinal, que e bicho é esse?
Para evitar desconfianças se o diagnóstico de virose está correto, a melhor arma é a informação do paciente, dizem os profissionais. para isso, nada melhor do que saber o que é realmente um vírus, como ele atua no organismo e por que os médicos não receitam antibiótico para acabar com uma virose.
Características dos vírus
Os vírus são os menores e menos evoluídos organismos vivos existentes na natureza. isso porque não têm células e possuem apenas duas substâncias químicas em sua estrutura. Uma é um ácido nucleico (que pode ser o rNA ou o DNA), onde está seu material genético, com todas as informações necessárias para a produção de outros vírus da mesma espécie. A outra substância é a proteína, a qual forma o capsídeo, um tipo de “capa” que envolve e protege o material genético virótico. como não possuem estrutura celular, precisam obrigatoriamente de células (animal ou vegetal) para se hospedarem.
Exército de cópias
Ao contrário da bactéria, o vírus não se reproduz. para ter cópias iguais a ele, o vírus invade uma célula e assume o comando. sua primeira providência é desativar o núcleo celular e colocar seu próprio material genético no lugar do dNA da hospedeira. daí, como já tem a “receita” de como fabricar cópias do vírus invasor, a célula invadida começa a trabalhar exclusivamente para produzir novos micro-organismos, iguais ao seu hóspede indesejado. Um único vírus é capaz de originar em 20 minutos centenas de novos seres semelhantes a ele. por isso, uma infecção viral, geralmente, causa profundas alterações no metabolismo da célula invadida e não raro pode matá-la. Fora dela, entretanto, o vírus não demonstra ter nenhuma atividade vital.
Ataque certeiro
Cada espécie de vírus ataca apenas determinados tipos de células. ou seja, o vírus causador da gripe, conhecido como influenza, por exemplo, ataca as células do sistema respiratório. Já o rotavírus, muito comum no verão, escolhe as células do aparelho gastrointestinal para ocupar o território. Assim, a escolha de cada espécie se dá porque o vírus só consegue infectar a célula que tiver em sua membrana certas substâncias às quais ele possa se ligar. porém, algumas espécies se ligam a mais de um tecido como o vírus da poliomielite, que invade tanto as células nervosas, como as intestinais e as da garganta.
Resistentes aos antibióticos
Até o momento, poucos medicamentos se mostraram eficazes em destruir os vírus sem causar sérios efeitos colaterais. isso porque, para matar o invasor entrincheirado dentro das células, os medicamentos precisam aniquilar também as hospedeiras. o que, na maioria das vezes, não é um bom negócio para o organismo. Além disso, os antibióticos são totalmente ineficazes no que diz respeito aos vírus, embora matem as bactérias de diversas maneiras.
Quais as mais comuns?
Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:
Rotavírus - É uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus,. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos 2 meses e a segunda, aos 4.
Norovírus - Menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia).
O que ela provoca?
Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias. Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido - principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo.
Como ocorre o contágio?
Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano. No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados.
No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. "Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas", explica o infectologista Jean Gorinchteyn. Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes,e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus.
Como devo tratar?
O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (trata os sintomas). Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre - conforme a orientação médica! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido - água e água de coco são boas opções.
Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro. É possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa.
Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:
Rotavírus - É uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus,. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos 2 meses e a segunda, aos 4.
Norovírus - Menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia).
O que ela provoca?
Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias. Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido - principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo.
Como ocorre o contágio?
Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano. No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados.
No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. "Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas", explica o infectologista Jean Gorinchteyn. Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes,e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus.
Como devo tratar?
O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (trata os sintomas). Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre - conforme a orientação médica! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido - água e água de coco são boas opções.
Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro. É possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa.
Receita de soro caseiro
Receita de soro caseiro: 1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher (sopa) de açúcar, 1 colher (chá) de sal. Misture tudo e beba. O sabor deve ser parecido com o da lágrima, ou seja, nem doce nem salgado.
Como posso prevenir?
1. Tome cuidado ao se alimentar. Não tome água ou compre alimentos sem saber a sua procedência.
2. Beba água mineral ou previamente fervida.
3. Lave sempre as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro.
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