A malária, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença infectocontagiosa tropical que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo, somente superada em número de mortes pela AIDS. È uma doença causada por parasitas transmitidos de uma pessoa para outra pela picada do mosquito Anófeles. Os sintomas são febre alta e dores por todo o corpo. Para evitar a doença, recomenda-se o uso de repelentes, camisas de mangas compridas e mosquiteiro onde há casos da doença, devem-se evitar banhos em igarapés e lagoas ou que as pessoas se exponham a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer. Atualmente, a malária é a principal doença em importância epidemiológica na região amazônica, onde, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 333.407 casos no país em 2010, sendo que a região amazônica concentra 99,7% da transmissão da doença no Brasil.
Em 2011, a Sespa registrou uma redução no número de casos da malária no Estado, mas alerta para a prevenção e avisa que ações continuam principalmente nos municípios de maior incidência. A secretaria também chama a atenção para o diagnóstico precoce da doença que, se não for tratada, pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar o indivíduo a óbito. “O tratamento precisa ser feito de maneira precoce, nas primeiras 24 horas do aparecimento dos sintomas, para que se possa quebrar o ciclo da doença, pois o diagnóstico tardio pode agravar e levar à morte”.
No Pará, existem 15 municípios com cerca de 80% dos casos de malária, são eles: Anajás, Cametá, Itaituba, Curralinho, Oeiras do Pará, Pacajá, Jacareacanga, Breves, Goianésia do Pará, Anapu, Bagre, São Sebastião Boa Vista, Novo Progresso, Senador José Porfírio e Tucuruí.
Anopheles Albimanus (mosquito da malária) |
Malária no sangue |
Plasmodium |
Sintomatologia: Febre alta, dor por todo o corpo (dor muscular), naúseas, vomitos, fadiga, dor epigástrica, dificuldade respiratória. Tratamento: O tratamento farmacológico da malária baseia-se na susceptibilidade do parasita aos radicais livres e substâncias oxidantes, morrendo em concentrações destes agentes inferiores às mortais para as células humanas. Os fármacos usados aumentam essas concentrações. A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é resistente às suas acções. Foi suplantada por drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e primaquina. É frequente serem usados cocktails (misturas) de vários destes fármacos, pois há parasitas resistentes a qualquer um deles por si só. A resistência torna a cura difícil e cara. Ultimamente a artemisinina, extraída de uma planta chinesa, tem dado resultados encorajadores. Ela produz radicais livres em contacto com ferro, que existe especialmente na hemoglobina no interior das hemácias, onde se localiza o parasita. É extremamente eficaz em destruí-lo, causando efeitos adversos mínimos. No entanto, as quantidades produzidas hoje são insuficientes. No futuro, a cultura da planta artemisina na África poderá reduzir substancialmente os custos. É o único fármaco antimalárico para o qual ainda não existem casos descritos de resistência. |
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