Se
você é daqueles que sua em bicas porque vai falar em público, ou então
participar de uma reunião importante, não se preocupe. Muito mais comum do que
se imagina, a transpiração em excesso é um distúrbio causado por fatores
psicológicos ou orgânicos, mas tem solução. Muitas vezes, simples mudanças no
cotidiano ajudam a amenizar o incômodo. Outra alternativa, dependendo da causa,
pode ser a intervenção cirúrgica.
Nada
é mais desagradável do que ficar suado. Seja nas axilas, nas mãos, nos pés, no
buço, onde for a única certeza é que esta reação do nosso organismo ao calor e
a outros fatores externos é extremamente incômoda. E nem pense que este é um
problema bobo. A transpiração excessiva é considerada uma doença pela
Organização Mundial de Saúde.
A sudorese é uma função essencial que ajuda a
manter a temperatura do corpo. O suor é geralmente encontrado embaixo dos
braços, nos pés, e nas palmas das mãos.
A quantidade de suor depende de quantas glândulas
sudoríparas uma pessoa possui. Uma pessoa nasce com cerca de dois a quatro
milhões de glândulas sudoríparas. As glândulas começam a se tornarem totalmente
ativas durante a puberdade. As mulheres possuem mais glândulas sudoríparas do
que os homens, mas as glândulas dos homens são mais ativas.
A sudorese é controlada pelo sistema nervoso
central, a parte do sistema nervoso que não podemos controlar. Por a sudorese
ser a forma natural de regular a temperatura do corpo, as pessoas suam mais
quando está quente. As pessoas suam mais também quando fazem exercícios ou em
resposta a situações que as deixam tensas, nervosas, constrangidas ou com medo.
A sudorese excessiva pode também ser um sintoma da menopausa.
Quem
tem tendência genética à hiper- hidrose localizada costuma perceber o problema
já na adolescência. O aumento da produção dos hormônios sexuais durante a
puberdade estimula a sudorese nas axilas e na região genital, o que pode
determinar uma mudança súbita do odor nestas áreas e manchar as roupas.
Apenas 1% dos casos tem causa específica.
Da mesma forma que a hiper-hidrose localizada, a generalizada, que produz um aumento da transpiração no corpo todo, também pode decorrer de situações de ansiedade e nervosismo, quando o sistema nervoso estimula as glândulas sudoríparas écrinas. É possível, ainda, ser conseqüência de doenças que ativam o sistema nervoso simpático (hipertensão, por exemplo) ou infecções, problemas pulmonares, cardíacos e metabólicos como o diabetes.
Da mesma forma que a hiper-hidrose localizada, a generalizada, que produz um aumento da transpiração no corpo todo, também pode decorrer de situações de ansiedade e nervosismo, quando o sistema nervoso estimula as glândulas sudoríparas écrinas. É possível, ainda, ser conseqüência de doenças que ativam o sistema nervoso simpático (hipertensão, por exemplo) ou infecções, problemas pulmonares, cardíacos e metabólicos como o diabetes.
Em
algumas doenças metabólicas, como o hipertireoidismo ou a hipoglicemia, a
sudorese excessiva pode ser o único sintoma percebido pelo paciente.
Embora
a hiper-hidrose incomode até nos dias frios, é no calor que o desconforto
piora. Sempre que a temperatura ambiente ou a do corpo (pela prática de
atividades físicas, por exemplo) se eleva, a reação do organismo é eliminar o
calor através da transpiração, que umedece e refresca a pele, diminuindo a temperatura
corporal. Ambientes ventilados, roupas claras (que não retêm o calor) e
fabricadas com tecidos leves, que absorvem o suor, podem não resolver, mas ao
menos reduzem o desconforto. Isso é verdadeiro principalmente para pessoas que
moram em regiões de clima mais úmido, o que dificulta a evaporação do suor.
Pessoas com excesso
de peso suam mais porque a gordura age como um isolante térmico,
dificultando nestes indivíduos a perda de calor. Assim, o suor é maior para que
a temperatura seja mantida em parâmetros adequados.
O
suor é composto de água, eletrólitos como o sódio, o potássio e o magnésio,
além de minerais mais raros, como o zinco, o cobre e o níquel. Há também uma
pequena proporção de uréia.
O
suor em si não tem cheiro. O que provoca o cheiro desagradável são as bactérias
que crescem nas regiões em que o suor se acumula.
A
transpiração é um processo fisiológico, deve se ter cautela ao imaginar
controlá-la. Temperatura, umidade, atividade física e peso corporal são
variáveis que podem ser manipuladas para controle do suor. Já a utilização de
óleos, talcos, desodorantes específicos, até o momento, não se mostraram
eficazes.
Quando a transpiração é excessiva ao
ponto de interferir na qualidade de vida da pessoa, fazendo com que ela deixe
de realizar atividades ou sair de casa por conta da transpiração. Nesse
momento, é hora de procurar ajuda médica.
Transpiração
excessiva é quando a pessoa transpira em horas inadequadas interferindo com
suas atividades sociais e laborativas. Existem três estratégias para lidar com
isso: medicação, toxina botulínica e cirurgia.
Não
se conhece a causa da hiperidrose. Especula-se que seja alguma alteração na
transmissão de impulsos nervosos oriundos do centro regulador da temperatura no
cérebro.
Conforme
o caso pode ser indicado tratamento medicamentoso, toxina botulínica ou
cirurgia. No caso da medicação, de uso diário, costuma haver melhora em 30 a
50%, principalmente quando no caso de hiperidrose axilar. Conforme se aumenta a
dose aumentam os efeitos colaterais, em especial boca seca e retenção urinária.
A
toxina botulínica também vem apresentando bons resultados para a hiperidrose
axilar. As aplicações devem ser semestrais. No entanto, ao longo do tempo seu
efeito diminui. Outro ponto negativo é o custo alto. Para os casos com
indicação cirúrgica, temos bons resultados para hiperidrose palmar e axilar.
A
cirurgia é indicada quando a hiperidrose provoca intenso comprometimento na
qualidade de vida do paciente e as outras estratégias menos invasivas não são
aplicáveis. O paciente é operado no mesmo dia da internação, com anestesia
geral. São realizadas duas incisões de cerca de 1 cm em cada lado do tórax (no
sulco mamário e na axila). A cirurgia dura cerca de 1 hora e após o
procedimento o paciente vai para o quarto.
A
cirurgia consiste na cauterização do 3º ou 4º gânglio simpático torácico. Este
processo interrompe o impulso nervoso que vem do centro regulador da
temperatura no sistema nervoso central em direção às glândulas sudoríparas da
região de interesse, evitando o suor nesta região.
Dor
é a principal queixa no pós-operatório e mantemos medicação para controle de
dor por cerca de 10 dias. Também é comum a sudorese compensatória, pois, após a
cirurgia, uma superfície grande do corpo fica sem suar e o efeito regulador da
temperatura acaba aumentando a sudorese em outras regiões, como dorso, abdômen
ou virilhas.
A
sudorese compensatória é uma das razões que eventualmente pode levar o paciente
a se arrepender do procedimento cirúrgico e realmente acontece em uma parcela
dos pacientes. Mas isso vem diminuindo ao longo dos anos por melhoria das
estratégias cirúrgicas e de seleção dos pacientes. Outros efeitos possíveis são
a Síndrome de Horner (queda da pálpebra) e a hiperidrose gustativa, porém,
ambas são raríssimas atualmente devido às mudanças no tratamento cirúrgico que
deixaram o procedimento mais seguro.
Providências simples às
vezes resolvem:
- Manter a virilha e as axilas depiladas
ajuda a evaporar o suor e a diminuir o odor causado pelas bactérias, cuja
proliferação é favorecida pela umidade retida nos pêlos.
- Se o desodorante provocar alergia saiba que o processo inflamatório responsável por esta reação agrava a sudorese. Troque de marca ou escolha um à base de substâncias neutras.
- Compressas com chá preto ajudam a diminuir o suor, graças à presença de ácido tânico, que desacelera a produção da glândula sudorípara.
- Desodorantes antitranspirantes obstruem os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor.
- Se o que mais incomoda é o odor da transpiração, causado pelas bactérias, use desodorantes que contenham bactericidas em sua formulação.
- Existem no mercado aparelhos portáteis de ionização, que inibem o funcionamento das glândulas sudoríparas. Durante os 10 primeiros dias é recomendável usar o aparelho duas vezes por dia. Depois dessa fase, bastam apenas duas aplicações semanais.
- Se o desodorante provocar alergia saiba que o processo inflamatório responsável por esta reação agrava a sudorese. Troque de marca ou escolha um à base de substâncias neutras.
- Compressas com chá preto ajudam a diminuir o suor, graças à presença de ácido tânico, que desacelera a produção da glândula sudorípara.
- Desodorantes antitranspirantes obstruem os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor.
- Se o que mais incomoda é o odor da transpiração, causado pelas bactérias, use desodorantes que contenham bactericidas em sua formulação.
- Existem no mercado aparelhos portáteis de ionização, que inibem o funcionamento das glândulas sudoríparas. Durante os 10 primeiros dias é recomendável usar o aparelho duas vezes por dia. Depois dessa fase, bastam apenas duas aplicações semanais.
Espero que tenham gostado!
Um abraço a todos, curtam e compartilhem agora!
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