Sejam Bem vindos!

"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


domingo, 28 de junho de 2015

Quase Tudo que Você Precisa Saber Sobre Pré-Natal


Antes de começarmos a falar sobre pré-natal, vamos ver o que ocorre com o corpo e o organismo da mulher quando está grávida e como o bebê se desenvolve em seu útero!


Após a fecundação, que geralmente ocorre no terço distal das trompas uterinas, o embrião prossegue sua viagem em direção ao útero e lá chegando, se implanta na mucosa que cobre a cavidade do útero como um tapete acolhedor (preparado pelas secreções hormonais da mulher durante os dias que precedem a ovulação). Esta acomodação no tapete do útero se chama “nidação” e, a partir daí, haverá crescimento e desenvolvimento do embrião até cerca de 9 meses, quando ele será um bebê em torno de 3kg.


Os sinais de gravidez podem ser percebidos precocemente. Alguns deles são: menstruação atrasada, náuseas matinais, escurecimento dos mamilos, entre outros.





O atraso da menstruação pode ser uma dica de que a mulher está grávida. Mas é importante lembrar que não é apenas a gravidez que provoca o atraso da menstruação.

No início da gravidez, o aumento da circulação sanguínea causa alterações hormonais que podem provocar dores de cabeça.

Em virtude da elevação dos hormônios produzidos pela placenta, algumas mulheres costumam sentir enjoos nas primeiras semanas de gravidez, mas em algumas mulheres esse desconforto perdura por toda a gravidez. Esses enjoos ocorrem com mais frequência pela manhã, mas podem ser sentidos em qualquer hora do dia.

Sangramento leve ocorre quando há a implantação do embrião no útero, bem no início da gravidez. Pode ser um sangramento muito leve ou até um corrimento de cor marrom que é considerado normal. É importante ressaltar que se houver qualquer tipo de sangramento após o primeiro mês de gestação a mulher deverá procurar um médico imediatamente.

Na gravidez, o organismo da mulher está produzindo muitos hormônios, o que acaba deprimindo o sistema nervoso, causando o cansaço e até mesmo tonturas.

Em razão do excesso de hormônios e do metabolismo mais lento, a gestante pode sentir muito sono.

Algumas mulheres podem sentir cólicas como um sinal de que o útero está se preparando para a gravidez.


Alguns hormônios liberados durante a gravidez atuam nas células responsáveis pela cor dos mamilos, provocando o seu escurecimento.

O aumento dos seios está entre os primeiros sintomas da gravidez. Eles ficam muito sensíveis e com sensação de peso.

Durante o primeiro trimestre de gravidez, o útero aumenta, comprimindo a bexiga, dando a sensação de que ela está cheia, o que leva a mulher a ir ao banheiro com maior frequência, principalmente no período da noite.

Esses sinais são típicos do início de uma gravidez, mas ao iniciarem as suspeitas, a mulher deverá procurar um médico ginecologista para que seja feito o exame que comprova a gravidez e também para dar início ao pré-natal, se for o caso.

Atualmente, no Brasil, é reconhecida a importância de se ter um acompanhamento abrangente no pré-natal, que inclua não só as questões biológicas, mas, também, outros aspectos relevantes ao desenvolvimento infantil, como a saúde emocional da mãe, o apoio que ela encontra nos familiares, no trabalho, na escola e na comunidade, bem como orientações sobre a importância da construção do vínculo com o bebê e da participação do pai. Assim, deve-se tratar com igual atenção e importância os aspectos relacionados à vida psíquica da gestante, sua família e seu ambiente social direto e indireto. Isto porque o impacto que se tem com essa abordagem ampliada do pré-natal, trabalhando os aspectos físicos, emocionais e sociais da gestante e seu ambiente, potencializa o desenvolvimento infantil em suas múltiplas dimensões: motora, intelectual, de linguagem, social e emocional.


Por se tratar de um evento fisiológico, a assistência ao pré-natal é como uma supervisão da natureza e cabe ao médico e/ou ao enfermeiro saber atuar no momento correto para garantir o melhor para o bebê e a mãe.

O acompanhamento pré-natal é uma das maiores provas de amor que uma mãe pode dar ao filho quando ele ainda está na sua barriga. Afinal, é através desses exames que a mulher pode cuidar de sua saúde e do bem-estar do bebê, evitando diversas doenças e complicações que podem trazer inclusive o parto prematuro e o aborto.

Os cuidados pré-natais têm também um aspecto muito importante, que é o de orientar a futura mãe sobre o que esperar e como agir durante a gravidez.

É na consulta do pré-natal que o médico deverá identificar qual é a idade gestacional (IG), a classificação de risco da gravidez, se é de baixo risco ou de alto risco, e informar a data provável do parto (DPP).
As consultas de pré-natal devem começar assim que se descobre a gravidez. A mulher deve receber importantes informações sobre a questão nutricional, o aumento de peso e os primeiros cuidados com o bebê.



As consultas do pré-natal devem ser realizadas mensalmente até a 28ª semana, de 15 em 15 dias das 28ª até a 36ª semana e semanalmente a partir da 37ª semana de gestação.



Algumas situações que caracterizam uma gravidez de alto risco são:

- Doença cardíaca;
​- Asma ou outras doenças respiratórias;
- Insuficiência renal;
- Anemia falciforme ou talassemia;
- Hipertensão arterial antes da 20ª semana de gestação;
- Doenças neurológicas, como epilepsia;
- Hanseníase;
- Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico;
- Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
- Malformação uterina, mioma;
- Doenças infecciosas, como hepatite, toxoplasmose, infecção pelo HIV ou sífilis;
- Uso de drogas lícitas ou ilícitas;
- Aborto anterior;
- Infertilidade;
- Restrição do crescimento intrauterino;
- Gravidez de gêmeos;
- Mal formação fetal;
- Desnutrição da gestante;
- Diabetes gestacional;
- Suspeita de câncer de mama;     
- Gravidez na adolescência.

Obs.: Neste caso o pré-natal deve conter os exames necessários para verificar a doença e devem ser dadas orientações sobre o bem-estar da mãe e do bebê.



Conversar com a paciente para saber como anda seu estado geral, quais sintomas vêm apresentando e, a partir da 20ª semana, indagação sobre os movimentos do feto.

Durante a consulta do pré-natal o enfermeiro ou o médico deverão seguir o seguinte passo a passo:

- Verificar o peso;
- Verificar pressão sanguínea;
- Verificar se há inchaço das pernas e dos pés;
- Medir a altura uterina;
- Auscultar os batimentos fetais;
- Observar as mamas e ensinar o que se pode fazer para prepará-las para a amamentação;
Solicitação de exames médicos (laboratoriais, de imagem e outros, se necessário).
- Oferecer as vacinas necessárias.

Além disso, é importante perguntar sobre os incômodos comuns da gravidez, como azia, queimação, excesso de saliva, fraqueza, dor abdominal, cólica, corrimento vaginal, hemorroidas, dificuldade para respirar, sangramento das gengivas, dor nas costas, varizes, cãibras e trabalho durante a gravidez, esclarecendo todas as dúvidas da gestante e oferecendo as soluções necessárias.

É muito importante que as gestantes aproveitem o momento da consulta para colocar suas dúvidas, preocupações, experiências a fim de ampliar o diálogo com os profissionais de saúde.


O atendimento proporcionado nessas consultas deve ser registrado e monitorado no Cartão da Gestante, pelos profissionais envolvidos, utilizado nas unidades básicas de Saúde do País e também pelos profissionais que a atenderão no parto. Por meio desse monitoramento, é possível fazer o acompanhamento, o diagnóstico e o tratamento de doenças pré-existentes ou das que podem surgir durante a gravidez.



Os exames que devem ser realizados no pré-natal são:

Sistema ABO e fator Rh

Esse procedimento indica qual o tipo de sangue da mãe. Saber o sistema ABO ajuda em possíveis transfusões sanguíneas. Já o fator Rh é mais importante: Mães que sejam fator negativo e têm bebês com fator positivo podem obter um quadro chamado eritoblastose fetal. No parto, quando os sangues entram em contato, são formados anticorpos anti-Rh no corpo da mãe, que podem destruir as hemácias do próximo bebê Rh+ que ela tiver. Para evitar que isso aconteça, é ministrado um medicamento após o parto que impede que esses anticorpos se formem.


O exame é pedido na primeira consulta pré-natal e não há necessidade de ser repetido.

- Hemograma Completo

O hemograma é a avaliação de todos os compostos presentes no sangue, como a série vermelha (dos glóbulos vermelhos), série branca (dos glóbulos brancos) e plaquetas. Os primeiros são importantes para avaliar se a gestante está com anemia. As grávidas são mais propensas ao problema, pois há um aumento de 50% do sangue, portanto o ferro se dilui. Além disso, a análise das plaquetas indica como está à coagulação e os glóbulos brancos ajudam a identificar como está o sistema imunológico e se há alguma infecção dentro do corpo.


O exame sempre é pedido na primeira consulta da gestação, podendo ser repetido no segundo ou no terceiro trimestre de acordo com a conduta do obstetra.Repetir entre 28-30 semanas.


Resultados normais:

Hemácias = 3.800.000 a 5.200.000/mm3

Hemoglobina = 12.0 a 16.0 g/dl

Global de Leucócitos = 4.000 a 11.000 /mm3

Plaquetas = 140.000 a 450.000/mm3

- Glicemia

O exame de glicemia de jejum indica a quantidade de glicose presente no sangue. Quando as taxas estão acima do normal, o médico pode suspeitar do quadro de diabetes gestacional, que torna a gravidez mais arriscada, podendo causar problemas de saúde no feto. A queda da glicemia também pode trazer riscos para a gestante e o nenê, mas devido a seu tipo de sintomatologia é mais rapidamente diagnosticado e tratado. Os sintomas de queda de glicemia na gestante incluem tontura, taquicardia, desmaio e sudorese.



Tipos:

Pode ser feita a glicemia de jejum, que contabiliza a quantidade de glicose no sangue quando não há ingestão de alimentos. Depois pode ser feita a curva glicêmica, que mede a quantidade de açúcar no sangue após duas horas de ingestão desse alimento.

Normalmente a glicemia é pedida junto com a primeira bateria de exames e a curva glicêmica é pedida no quinto mês.

Preparação:

O exame de glicemia de jejum pede a ausência de alimentação pelo mínimo de 8 horas. Já a curva glicêmica precisa da ingestão de açúcar duas horas antes do exame.

Resultados normais:

Glicemia de jejum: o normal é que esteja abaixo de 99 mg/dl

Curva glicêmica: os valores são abaixo de 92 mg/dl no primeiro exame, menos de 180 mg/dl após uma hora e menor que 153 mg/dl depois de duas horas

- Sorologia para HIV e VDRL

O primeiro exame indica quando a mãe é soropositiva para HIV, ou seja, tem chances de desenvolver AIDS. Já o segundo mostra se a mãe está contaminada com a bactéria que causa sífilis. Se o resultado for positivo é importante que essa paciente seja tratada para evitar a transmissão do vírus para o filho. O exame é indicado para todas as gestantes, pois elas podem estar infectadas sem saberem e ambas as doenças podem prejudicar o feto. O HIV prejudica o sistema imunológico, já a sífilis congênita pode causar problemas no sistema nervoso central e coração, entre outros órgãos.


É feito sempre no início do pré-natal, para que, em caso positivo, o tratamento preventivo comece logo.

- Reação para toxoplasmose e para rubéola

Os exames indicam se a paciente já teve algum contato com os causadores dessas duas doenças. Eles medem os anticorpos contra os agentes. Pela quantidade de IgG e IgM dá para saber se a infecção ocorreu há muito tempo ou durante a gravidez. A toxoplasmose pode provocar sequelas para o feto e malformações, por atacar e destruir tecidos. Já a rubéola pode trazer complicações neurológicas, cegueira e surdez para a futura criança.


Sempre é feito no início do pré-natal e depois repetido no terceiro trimestre.


Resultados normais:

Quando a infecção é mais antiga, os valores de IgM são mais baixos e de IgG são mais elevados.

- Sorologias para hepatite B e C e para citomegalovírus

Os exames verificam se a mãe está com alguma dessas doenças, que podem prejudicar o desenvolvimento do feto também. O citomegalovírus pode causar malformações no bebê, mas é uma doença considerada mais rara. Já as hepatites B e C podem ser passadas para as crianças, que se tornaram portadoras dos vírus também.

Ele é feito no primeiro trimestre e repetido no terceiro trimestre, ou mais vezes de acordo com o histórico da paciente.

- Urina

O exame de urina normalmente indica se a paciente está com alguma infecção urinária, mesmo que sem sintomas. Ela precisa ser tratada, porque pode passar para os rins ou para o corpo inteiro, causando parto prematuro, além de problemas de saúde para a mãe. O primeiro exame feito é o Urina 1, que indica a concentração de células de defesa na urina. Caso ele dê positivo, são feitos outros exames para verificar quais bactérias são essas, assim o obstetra avalia o melhor tratamento.


É pedido na primeira consulta pré-natal e normalmente é repetido nos outros trimestres.

Preparação:

Basta fazer a coleta em casa. Resultados normais: É indicado que a densidade varie de 1005 e 1030 e o pH esteja entre 5,5 e 7,5. No exame químico não devem constar glicose, proteínas, cetonas, bilirrubina, urobilinogênio, leucócitos, hemoglobina e nitritos. Já na Microscopia do Sedimento deve exibir:

Células epiteliais – algumas

Leucócitos - 5 por campo

Hemácias - 3 por campo

Muco - ausente

Bactérias - ausentes

Cristais - ausentes

Cilindros – ausentes


- Fezes

Ele mostra se a gestante está com alguma verminose. Apesar de elas serem pouco comuns em locais com saneamento básico, são pedidas para todas as gestantes, já que algumas podem aumentar os quadros de anemia. Algumas precisam ser tratadas, mas de acordo com sua gravidade e com o tipo de medicamento usado, pois alguns podem interferir na gravidez.

É feito apenas no início do pré-natal.


Cada laboratório pede preparações diferentes.

Teste de Coombs Direto e Indireto

O teste de Coombs direto é um método que permite a identificação da presença de anticorpos fixados sobre as hemácias.

O teste de Coombs contribui diretamente para o diagnóstico da anemia autoimune, pois sua positividade confirma que o anticorpo foi fixado in vivo à hemácia do paciente, auxiliando dessa forma o diagnóstico diferencial com outras anemias hemolíticas, como as causadas por alterações da hemoglobina ou da estrutura da hemácia. É importante também no diagnóstico das anemias hemolíticas do recém-nato e das anemias induzidas por drogas. Embora o teste de Coombs seja extremamente sensível, um resultado negativo não exclui a presença de anticorpos ligados às hemácias.


O teste de Coombs indireto permite a identificação de anticorpos antieritrocitários no soro.

O teste indireto identifica in vitro diferentes anticorpos, de acordo com a fase do teste que apresentou positividade. O teste é realizado em quatro diferentes etapas, conhecidos como: fase fria (reativos à temperatura ambiente), geralmente anticorpos da classe IgM; fase em meio proteico, identifica os anticorpos IgM e também anticorpos incompletos (da classe IgG); fase quente (à temperatura de 37°C), detecta anticorpos que só reagem a essa temperatura (geralmente IgG); e a última etapa, que identifica aglutininas da classe IgG e anticorpos fixadores de complemento.



A ocorrência de aglutinação e/ou de hemólise durante quaisquer das etapas indica a possibilidade da presença de anticorpos irregulares.

Exame ginecológico e Papanicolau

Serve para avaliar a região íntima e detectar infecções vaginais ou câncer do colo do útero. Deve ser feito no 1º trimestre de gestação.


Colpocitologia oncótica

Bacterioscopia da secreção vaginal – avaliação de perfil bacteriológico do conteúdo vaginal por critério de Nugent, indicada para pacientes com antecedente de prematuridade, possibilitando a detecção e o tratamento precoce da vaginose bacteriana, idealmente antes da 20ª semana.

Ultrassom

Serve para detectar a presença do embrião, o tempo da gravidez e a data do parto, os batimentos cardíacos do bebê, a posição, o desenvolvimento e o crescimento do bebê. Deve ser feito no 1º, 2º e 3º trimestres de gestação.


Ultrassonografia obstétrica

Caso a gestante inicie o pré-natal precocemente o primeiro ultrassom pode ser realizado entre 10º à 13º semana e deve se repetir entre 20º á 24º semanas.



Exames especiais

Alteração no resultado de um dos exames comuns do pré-natal, gravidez após os 35 anos, gestantes com doenças prévias (como lúpus, câncer, doenças do colágeno etc.), grávidas com diabetes ou hipertensão, histórico de doenças hereditárias na família e gestação de múltiplos. Essas são algumas das situações consideradas de risco pelos médicos e que levam à necessidade de um pré-natal ainda mais cuidadoso tanto em relação à frequência de consultas quanto à realização de exames específicos. Conheça alguns dos testes adicionais, que podem ser solicitados, se a paciente necessitar de uma assistência intensiva:

Biópsia do vilo corial (11ª a 14ª semana)

Solicitada normalmente quando existe a suspeita de alterações cromossômicas no feto.O procedimento consiste na análise de uma amostra da placenta, coletada por uma agulha, que é inserida através do abdômen da gestante. O exame apresenta um risco pequeno de provocar aborto.


Amniocentese (a partir da 13ª semana)

Semelhante à biópsia do vilo corial, também objetiva a constatação de anormalidades genéticas no feto. Nesse exame, porém, a amostra analisada é do líquido amniótico, que envolve o bebê. Assim como no exame anterior, existe o perigo de causar um aborto.


- Ultrassonografia transvaginal (a partir da 12ª semana)

Indicada quando a gestação tem alto risco de prematuridade, como no caso de gêmeos, tem como finalidade checar as condições do colo do útero. Se houver probabilidade de ele se romper, o que pode levar ao parto prematuro, o médico avalia a possibilidade de realizar uma cerclagem uterina (cirurgia que costura o colo do útero para reforçar seu fechamento).


Fibronectina fetal (18ª à 24ª)

É uma análise da secreção vaginal para avaliar a chance de nascimento prematuro. Realizada em mulheres de alto risco para parto prematuro, como as que tiveram o problema em gestação anterior ou apresentam o encurtamento do colo uterino.

Ecocardiografia fetal (a partir da 28ª semana)

Com um aparelho de ultrassonografia, observa-se detalhadamente o funcionamento do coração do bebê. Esse exame vem sendo cada vez mais adotado pelos médicos como uma rotina, dentro do pré-natal, mesmo para pacientes de baixo risco. Entretanto, muitos obstetras ainda o requisitam apenas para situações específicas, em que a probabilidade de anomalias cardíacas no feto é maior. Alguns desses casos ocorrem se a mãe tem alguma malformação congênita do coração ou quando é constatada uma alteração cromossômica no feto.


Vacinas

Segundo as normas de Assistência Pré-Natal, do Ministério da Saúde a única vacina recomendada indistintamente para todas as gestantes é a dupla tipo adulto (dT), que visa imunizar contra o tétano e difteria. Eventualmente poderá ser substituída pela Anti-tetânica isolada (TT). Objetivo principal dessa vacina é evitar o tétano neonatal.


Em casos de risco, também podem ser recomendadas as vacinas contra Febre Amarela e Hepatite B, para impedir a contaminação das crianças e danos futuros.

As vacinas que não utilizam vírus vivos podem ser ministradas em grávidas sempre no primeiro trimestre de gestação para não comprometer a saúde do feto. E só devem ser aplicadas com o conhecimento do obstetra.

A partir do segundo trimestre de gravidez são aceitas as vacinas contra a gripe, por diminuírem as chances de pneumonia nas mães. Mas sempre com recomendação médica.

A Pneumocócica 23 valente, por exemplo, é indicada para mulheres com doenças crônicas no coração, rins e portadoras de diabetes e doenças imunológicas, pois previne a invasão agressiva de pneumocócicas, protegendo a saúde das grávidas e do bebê.

A vacina contra a hepatite A deve ser aplicada antes da gravidez apenas em mulheres suscetíveis a doença. A injeção errônea da vacina pode causar danos à saúde dos bebês.


Na lista de vacinas que não devem, em hipótese alguma, ser aplicadas nas gestantes estão:

Vacinas contra a rubéola, sarampo, caxumba, HPV, rotavírus, porque contém vírus vivos, capazes de atacar os bebês e prejudicar a formação e desenvolvimento do feto.

A tríplice viral, que previne o sarampo, caxumba e rubéola são terminantemente proibidas para as grávidas porque causam malformação no feto, acarretando em problemas cardíacos e neurológicos, surdez, catarata, glaucoma e outros.

Gestante não vacinada (DTP, DT, dT ou TT),

Esquema básico: consta de três doses, podendo ser adotado um dos seguintes esquemas:

a) as primeiras duas doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) - aplicando-se a primeira o mais precocemente possível - e a terceira, seis meses depois da segunda; caso só haja tempo para aplicação de duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 8).

b) três doses, de dois em dois meses (intervalos mínimos de um mês) - aplicando-se a primeira dose o mais precocemente possível; caso só haja tempo para aplicar duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 4). Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país.

Gestante com o calendário em dia

- Esquema básico: na gestante que já recebeu uma ou duas doses da vacina contra o tétano (DTP, DT, dT ou TT), deverão ser aplicadas mais duas ou uma dose, respectivamente, da vacina dupla tipo adulto (dT), para se completar o esquema básico de três doses. Essa terceira dose deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto.

Reforços: de dez em dez anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer nova gravidez cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. A dose de reforço deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto.

Saúde Bucal da Gestante

Atualmente sabe-se da importância do tratamento preventivo da criança a partir mesmo da gravidez, aumentando assim as chances do bebê ter uma boa saúde bucal. Além disso, existe a necessidade de cuidados com a saúde odontológica da própria gestante, diminuído as chances de transmissão de microrganismos da mãe para a criança. Diagnosticar e tratar doenças bucais que podem comprometer a saúde da mulher e do seu bebê é medidas fundamentais para a garantia de um pré-natal seguro.


As consultas podem ocorrer em qualquer momento da gestação, mas o período mais indicado é o segundo trimestre (entre o 4º e o 6º mês). Evita-se o primeiro trimestre, pois é quando ocorre a organogênese completa, isto é, formam-se o corpo, os membros, a cabeça e todos os órgãos internos, período em que o feto é mais suscetível à ação de medicamentos e o índice de aborto espontâneo são maiores. Evita-se também o terceiro trimestre por haver um maior risco de parto prematuro e causar um desconforto maior para a paciente devido à posição deitada da cadeira odontológica.


As radiografias só devem ser feitas em casos indispensáveis e de preferência evitando o primeiro trimestre, e a gestante tem que estar protegida usando o avental de chumbo, proteção indicada, na verdade, a qualquer outro paciente. Ao receitar medicamentos, o profissional deve ser criterioso durante a gravidez, evitando os excessos e avaliando a relação custo-benefício, pois se sabe que a droga administrada à gestante atravessa a barreira placentária e chega ao feto.

Durante a gravidez percebe-se a ocorrência de grandes mudanças fisiológicas e alterações hormonais que podem ter efeitos adversos na saúde bucal. A gestante passa a ter uma alimentação desregulada, com uma maior frequência de ingestão de alimentos e muitas vezes alimentos mais cariogênicos (que causam cáries) e isso pode contribuir para a ocorrência e problemas bucais nessa fase, como o aumento do risco de cáries e problemas periodontais (nas gengivas e ossos que servem de sustentação para os dentes). Outro fator que pode ser observado na gestação é a erosão do esmalte dentário, que consiste em perda de estrutura dentaria ocasionada por substâncias ácidas e nestes casos pode ser decorrente da exposição ao suco gástrico por frequentes enjoos e vômitos.


Os tipos de alimentos que uma gestante deve consumir

A gestante não deve comer por dois, mas consumir pelos dois os nutrientes essenciais para a saúde da mamãe e do bebê. A palavra-chave é qualidade, não é quantidade.


Durante toda a gravidez, a mulher deve comer a cada três horas. Os especialistas recomendam uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três a quatro porções de legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre variando para assim obter os mais variados minerais e vitaminas que mamãe e bebê precisam. Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia.

O primeiro trimestre é marcado por um aumento da frequência cardíaca e volume do sangue da mamãe, fase importante de desenvolvimento de partes vitais do bebê, como o sistema nervoso. Nessa fase, a ingestão de ferro, ácido fólico e líquido é interessante. Isso não quer dizer que esses componentes são importantes só nessa fase, eles têm que fazer parte de toda a gestação.

Há sempre muitas dúvidas em relação à alimentação das mamães que acabam de saber que estão grávidas. Existem muitas dicas preciosas para uma alimentação saudável durante toda a gravidez. Anote alguns exemplos:


Ferro

Encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e verduras (espinafre, por exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo organismo, consuma na mesma refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e tomate, e evite alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, que diminuem a absorção.

Ácido fólico

Encontrado em vegetais verdes escuros (espinafre, couve, brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo micro-ondas e altas temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a partir do segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de vitaminas C (age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, além de fortalecer o sistema imunológico da mamãe) e B6 (importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto) e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo).

Vitamina c

Encontrada nas frutas como kiwi, laranja, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliças (brócolis, pimentões, tomate, couve-flor).

B6

Encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras.

Magnésio

Encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do mar, cereais integrais, feijões e ervilhas.

O cálcio e a vitamina D devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o bebê começa a esgotar a reserva da mamãe. O bebê precisa para a sua formação óssea (dentes e ossos). Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos cardíacos. Já a mamãe precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries, evitar gengivite e câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto.

Cálcio

Encontrado em leites e derivados, bebidas de soja, tofu, gema de ovo e cereais integrais.

Vitamina D

Encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio nos ossos.

Esses não são os únicos nutrientes que mamãe e bebê precisam durante toda a gravidez.

Outros importantes são:

Carboidratos

Fornecem energia para a mamãe e para o desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e cereais que são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mamãe.

Proteínas

Encontradas em carnes, feijão, leite e derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe e bebê.

Lipídeos

São as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão.

Vitamina A

Ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto e na imunidade da gestante. São encontradas no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.

Niacina (Vitamina B3)

Transforma a glicose em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral do feto. São encontradas em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados.

Tiamina (B1)

Também estimula o metabolismo energético da mamãe. São encontradas em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e leveduras.

Porções recomendadas



Sabemos que algumas mulheres começam a ter desejos por alimentos que antes não gostavam ou até mesmo exóticos, porém nem tudo está liberado e alguns alimentos do dia a dia também devem ser evitados na gravidez. 

Conheça os principais:

Carnes cruas, mal passadas ou defumadas.


Evite a todo custo carnes cruas, mal passadas ou defumadas. Nesta lista estão as carnes bovinas, de porcos, aves e caça. Essas carnes podem conter a bactéria da salmonela ou mesmo o parasita da toxoplasmose, que trazem grande risco para a gestante e bebê.

Para evitar a contaminação de outros alimentos: lave bem as mãos após manusear carnes cruas; não utilize a mesma tábua para cortar carnes e legumes/verduras; guarde a carne na geladeira utilizando um recipiente que não deixe o líquido escorrer, entrando em contato com outros alimentos; certifique-se que a carne esteja bem cozida por dentro, ou seja, que o seu interior e seu suco não estejam avermelhados.

Peixes crus

O peixe é um alimento rico em nutrientes e ômega 3 – importante para a formação cerebral do bebê. O problema com o peixe cru é a contaminação. Porém você não precisa passar longe dos sushis e sashimis, mas certifique-se da procedência e higiene dos alimentos servidos antes de se aventurar. Na dúvida é melhor não arriscar.

Mariscos e crustáceos

Como a deterioração desses alimentos é muito rápida requer ainda mais atenção quanto a validade e armazenamento. Se for a um restaurante em que você não possa garantir a boa procedência, armazenamento, validade e preparo adequados, é mais seguro optar por outro prato.

Evite consumi-los crus ou malcozidos por conta do risco de contaminação.
Estão nesta lista: ostras, caranguejo, camarão, lagosta, polvo, lula entre outros frutos do mar.

Peixes que podem conter mercúrio

O mercúrio é um metal que pode prejudicar a formação cerebral e sistema nervoso do feto. Praticamente todos os peixes e frutos do mar contém mercúrio, especialmente os predadores. Durante a gestação – essa dica também é válida para tentantes já que o organismo demora um pouco para se livrarem do mercúrio – os peixes que estão liberados são: sardinha, truta e salmão (de viveiro), pescada, cavalinha e arenque. Os demais se devem comer com moderação, inclusive o atum em lata (máximo de 1 lata por semana).

Leite não pasteurizado

O leite cru é o leite tirado das vacas, ovelhas e cabras e que não foi pasteurizado para matar bactérias. A pasteurização é um processo no qual o leite é aquecido em alta temperatura para garantir que as bactérias sejam mortas, sem que o alimento perca as suas características nutricionais.

Se for inevitável o consumo do “leite direto da fazenda”, ele precisará ser bem fervido.

Queijos e iogurtes caseiros não pasteurizados

Os queijos frescos e moles oferecem risco de contaminação, tais como minas frescal, coalho e outros queijos, especialmente os produzidos artesanalmente, pois podem ter sido produzidos com leite não pasteurizado.

Outro cuidado importante é com o consumo de iogurte não pasteurizado, especialmente os caseiros que você não conheça a procedência.

Sorvete

Cuidado especialmente com os artesanais que podem ter sidos preparados com leite não pasteurizado e/ou frutas e outros alimentos que não foram higienizadas adequadamente.

O armazenamento inadequado também pode acarretar em contaminação.

Ovo cru

O problema do ovo cru é o risco da contaminação pela bactéria salmonela. Exclua da dieta alimentos que contém ovo cru, tais como: maionese caseira, sobremesas como mousses e torta holandesa e é proibido experimentar massas antes de assar.

Frutas, verduras e legumes não lavados.

Todas as frutas, verduras e legumes devem ser muito bem lavados antes de consumidos. Há o risco de contaminação pelo parasita da toxoplasmose. Se possível deixe de molho por 5 minutos em água com algumas gotas de vinagre, em seguida lave bem em água corrente.

Atenção ao consumo de saladas, especialmente as que podem conter ovos mal cozidos ou mesmo molhos caseiros.

Cafeína

A cafeína não é proibida, porém deve ser consumida com cautela pois o excesso pode causar problemas de nascimento prematuro ou mesmo de pouco ganho de peso. O consumo permitido é de 300mg diárias, o que equivale a 2 cafezinhos. Atenção ao consumo de outros alimentos que também possuem cafeína, como os refrigerantes, especialmente os “Cola”, chás mate e preto, chimarrão e chocolate.

Adoçantes

Antes de sair tomando refrigerantes ou outras bebidas dietéticas fale com seu médico. Há muita controvérsia sobre o uso de adoçantes na gravidez e somente seu médico poderá orientar a quantidade permitida e segura para o seu caso.

Na dúvida é melhor substituir os alimentos e bebidas com adoçantes para alimentos mais saudáveis como frutas e legumes e bebidas como sucos naturais, água e leite pasteurizado, além de trazerem benefícios nutricionais para a gestante e bebê não oferecem risco à saúde.

Bebidas alcoólicas

Não existe uma quantidade segura de ingestão, qualquer quantidade poderá provocar sérios problemas na formação do bebê. Todas as bebidas alcoólicas são PROIBIDAS em qualquer estágio da gestação.

Canela

A canela é, inclusive, utilizada com aliada em vários tratamentos, porém durante a gestação é melhor manter distância de chás, doces e outros alimentos que utilizem a canela.  Saiba mais acessando a matéria: A canela na gravidez – riscos de aborto e no desenvolvimento cerebral do bebê.

Outros chás proibidos para gestantes são: Erva de bicho, Buchinha, Confrei, Rosa, Sene, Chá preto, Chá verde, Chá branco e Chá mate.


Importante saber:

Todos os alimentos gordurosos e com muita concentração de açúcar devem ser ingeridos com muita moderação. Adote o bom senso na hora de escolher seus alimentos e prefira sempre os saudáveis e nutritivos.

O ganho de peso da gestante deverá ser monitorado durante as consulta pré-natais para que a saúde da mamãe e bebê esteja em ordem.

Havendo qualquer dúvida fale com seu médico, ele poderá orientar de forma segura os alimentos que você poderá ingerir, inclusive se aquele desejo maluco de comer picanha com sorvete de chocolate e calda de cereja está liberado.

Cuidados que você deve tomar durante sua gravidez para amenizar alguns sinais e sintomas:

Use sutiãs de alças largas que deem boa firmeza a seus seios e cinta ou meia calça, para melhor sustentação quando a barriga começar a pesar.

Para se prevenir contra a prisão de ventre, beba muito líquido e coma muita fibra presente em frutas, verduras e cereais integrais.

Faça um curso pré-natal onde se aprendem técnicas de massagem para as costas que seu marido pode fazer em você.

Faça exercícios pré-natais regularmente. Natação e alongamento moderado são recomendáveis.

A partir da 28ª semana, observe se está descansando o suficiente de dia e deite-se o mais cedo possível à noite. Se ainda está trabalhando, ponha os pés para cima na hora do almoço e descanse ao chegar em casa.

Mantenha uma boa postura, para não prejudicar a coluna. Use sapato de salto baixo e sola antiderrapante.

Você protege os seios com sutiãs e cremes desde a adolescência, portanto sua pele fininha e macia deve ser preparada para resistir à amamentação.

Recomenda-se tomar sol nos mamilos até às 9h e a partir das 16h a fim de preparação para o mágico momento que é a amamentação.

Todas as vezes que tomar banho, massageie os bicos dos seios com uma bucha. Comece com leveza e vá aumentando a fricção para que a pele fique mais resistente. Evite usar sabonetes, produtos que contenham soluções alcóolicas e cremes.

Durante toda a gravidez evite cigarro e bebidas alcoólicas. O cigarro priva o bebê de oxigênio e as mulheres que fumam são propensas a terem bebês prematuros ou de baixo peso. A fumante também tem maior possibilidade de abortar. Converse com o seu médico sobre bebida. Em geral é melhor não beber nada, pois o excesso de álcool afeta a formação neurológica do bebê.

Não tome qualquer tipo de remédio sem o aval do médico, especialmente durante os três primeiros meses. Estão terminantemente proibidos alguns tipos de antibióticos, antidepressivos, fórmulas para emagrecimento e tratamentos estéticos com enzimas, entre outros.

O ideal é não dirigir nos últimos meses de gravidez nem durante o puerpério, que é o período pós-parto.

Se precisar viajar, procure fazê-lo até os sete meses de gravidez. Vá acompanhada de alguém e, a cada duas hora levante-se para exercitar as pernas.

Seu marido deve estar participando de cada etapa do desenvolvimento do filho. O marido deve se preparar para estar na sala de parto ou por perto, e para ser pai, um papel que lhe exigirá inúmeras transformações.


A Importância do Pai

Além da tradicional abordagem fisiológica da gestante e do feto, é essencial que o pré-natal amplie seu foco, garantindo acolhimento à futura mãe, repleta de dúvidas, possíveis medos e ansiedade. Por isso, recomenda-se que o pai da criança acompanhe as consultas. Além de ajudar a mãe a sentir-se mais segura e protegida, ele começa a estabelecer um maior vínculo com o filho, trazendo benefícios não só à gestante e a ele mesmo, mas especialmente, ao bebê.

Exercícios para a Hora do Parto

Para aliviar a dor durante o trabalho de parto a mulher pode recorrer a diversos recursos naturais como controlar a respiração, ter algo para segurar com força, andar ou até mesmo dançar entre uma contração e outra.

Para aliviar a dor do trabalho de parto sem o uso de remédios, a grávida deve estar num ambiente calmo, com luminosidade baixa e sem ruído. No entanto, a mulher pode ouvir uma musica relaxante para ajudá-la a ficar calma.

Durante o trabalho de parto, mulher grávida deve pensar positivamente, acreditando que cada vez que se dá uma contração e a dor é muito forte, o nascimento do bebê está cada vez mais próximo.


Além disso, deve recordar momentos e pessoas que gosta muito, como passear na montanha ou ouvir o mar, por exemplo, ajudando a não se focar na dor e, ficando mais calma. Tomar um chá de camomila também ajuda a diminuir o estresse e controlar a ansiedade.

Controlando a respiração para aliviar a dor

Encher o peito de ar como se estivesse cheirando uma flor e soltar o ar muito lentamente como se estivesse soprando uma vela.

Essa respiração ajuda o útero a manter o oxigênio suficiente que precisa para contrair corretamente, diminuindo a dor intensa e o desconforto geral.

Além disso, a respiração profunda também diminui a adrenalina, que é o hormônio responsável pelo estresse, ajudando a controlar a ansiedade, que muitas vezes intensifica a dor.

Um pré-natal bem realizado deve, sobretudo, valorizar a participação da gestante, fortalecendo a sua autoconfiança para que possa chegar ao momento do parto tendo maior clareza sobre o que está sentindo, sobre o parto e os limites para enfrentar todo o processo, além de ser orientada sobre como, quando e para quem ela pode pedir ajuda.


Até a próxima postagem! 

Referências

Portal do Ministério da Saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde): http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.html

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pré-natal e puerpério. Atenção qualificada e humanizada. Brasília: Editora MS, 2006.

Programa Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), do Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br

Programa Saúde da Família do Ministério da Saúde do Brasil: http://portal.saude.gov.br

Divisão de Imunização - Calendário de Vacinação 2014

Política Nacional de Humanização e de Atenção Obstétrica e Neonatal do Ministério da Saúde: http://portal.saude.gov.br

http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/11425/teste-de-coombs-direto#ixzz3eJTdNMo6

 http://vivomaissaudavel.com.br