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"Confie no Senhor e faça o bem, assim habitará a terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá os desejos de seu coração.Entregue seu caminho ao Senhor; confie nEle e Ele agirá."

Salmos 37:3-5


quinta-feira, 7 de março de 2013

Preparo,diluição e administração de medicamentos - Normas sobre o uso de seringas.



Uma das principais funções da equipe de enfermagem no cuidado aos pacientes é a administração de medicamentos, a qual exige dos profissionais:
·         Responsabilidade, conhecimentos e habilidades, fatores estes que garantem a segurança do paciente.
O sistema de medicação nos hospitais incorpora as etapas da prescrição médica, distribuição, dispensação, transcrição da prescrição e administração propriamente dita. Para tanto, vários profissionais estão envolvidos, o que o constitui como multidisciplinar e multissistêmico.

Erros na medicação podem ocorrer em qualquer momento, já que há um sistema com várias etapas sequenciais  dependentes umas das outras e executadas por uma equipe multidisciplinar, como já mencionado.

Por constituir-se de várias etapas e envolver vários profissionais, o risco de ocorrência de erro é elevado.

Os enfermeiros e suas equipes estão na linha final desse sistema, podendo ser responsabilizados por erros em quaisquer etapas. Duas abordagens explicam a causa dos erros: a abordagem centrada na pessoa e na situação.
Na abordagem centrada na pessoa, o erro ocorre como resultado direto da falta de cuidado, negligência ou esquecimento. Como conseqüências responsabilizam-se o indivíduo e impõe-se alguma ação disciplinar ou restringem-se suas ações. Desta forma, essa abordagem enfatiza a punição como o principal elemento para qualquer ação corretiva. Já a abordagem centrada no sistema enfatiza a condição humana e antecipa que erros ocorram. Focaliza a identificação de fatores predisponentes no ambiente de trabalho ou no sistema.

A abordagem punitiva não se mostra efetiva à medida que, responsabilizando o indivíduo, nada é feito em relação ao “sistema”, que continua com o mesmo problema e não se elimina o erro humano.
Assim, o erro pode ocorrer a partir de um conjunto de comportamentos humanos não evitáveis, independentemente da capacidade ou experiência que os indivíduos possuem. Na grande maioria dos casos, o erro não é sinal de não-profissionalismo, mas sim conseqüência do fato de que é inevitavelmente  humano e que muitas instituições possuem sistemas altamente condutivos a ele.

Há uma positiva correlação entre erros de medicação e a piora do quadro do paciente, já que ocorrem em decorrência disto úlceras de pressão, infecções, queixas, aumento da estadia no hospital e óbitos.

No Brasil, a equipe de enfermagem é constituída por auxiliares e técnicos de enfermagem, além de enfermeiros, sendo os primeiros responsáveis, na maioria das instituições, pelo preparo e administração de medicamentos. Estudos informam a insuficiência de conhecimento acerca da farmacologia entre tais profissionais. Além disso, acrescentam-se problemas como: a falta de um farmacêutico clínico, de literatura disponível e atualizada sobre medicamentos, despreparo da equipe de enfermagem, insuficiente qualificação profissional, inobservância de procedimentos técnicos, escassez de recursos materiais e inexistência de protocolos na assistência de enfermagem, dentre outros aspectos.
Uma das causas da ocorrência de erros na administração de medicamentos é o conhecimento insuficiente acerca das indicações do medicamento, mostrando mais uma vez a insegurança e dificuldades enfrentadas por auxiliares e técnicos de enfermagem em administração de medicamentos, bem como suas conseqüências, confirmando a necessidade de estratégias educativas na melhoria da qualidade nesta ação.
Dessa forma, falhas no sistema influenciam o trabalho da equipe e podem determinar que erros sejam cometidos. 
Ao ser admitido em um hospital, o paciente se entrega por inteiro nas mãos daqueles, em quem deposita confiança para a resolução do seu problema de saúde (profissionais e instituição) e espera que estes sejam resolvidos, sem que nenhum agravo adicional, decorrente da sua estadia na instituição ocorra. Os pacientes acreditam que quando entram no sistema de saúde, estão seguros e protegidos de injúrias.
Somada às expectativas dos pacientes estão as da família, amigos e porque não dizer sociedade, quanto ao papel resolutivo do hospital e de seus profissionais. Os profissionais, por sua vez, também possuem expectativas e desejam fornecer o melhor tratamento ao paciente, devolvendo-o ao seio familiar, com sua saúde restabelecida. Todas essas expectativas geradas poderão ser frustradas caso ocorram eventos adversos durante o internamento do paciente. Infelizmente, eventos adversos no meio hospitalar é mais freqüente do que se imagina e se deseja, porém, parte deles felizmente pode-se prevenir.


Os eventos adversos relacionados à medicamentos são a principal causa de doenças iatrogênicas e podem ser resultantes de causas inevitáveis e não evitáveis relacionadas à medicamentos. As causas evitáveis incluem aquelas resultantes do uso inapropriado de medicamentos e sua redução requer uma melhor compreensão das causas e fatores de risco associados ao erro na provisão do cuidado ao paciente e as causas inevitáveis estão relacionadas às condições intrínsecas do paciente.
Exemplificando: caso um paciente que foi submetido a uma cirurgia venha a morrer em conseqüência de uma pneumonia adquirida no pós-operatório, pode-se considerar que ocorreu um evento adverso. Se a análise do caso revelar que o paciente adquiriu pneumonia em função da má qualidade da lavagem das mãos dos técnicos ou em função da precária limpeza dos instrumentos cirúrgicos, o evento adverso é prevenível e atribuído a um erro de execução. Porém, se a análise concluir que nenhum erro ocorreu e que o paciente presumivelmente passou por uma cirurgia de recuperação difícil, este é um evento adverso cujas causas são inevitáveis.
No Brasil, as pesquisas sobre eventos adversos, neles incluídos os erros de prescrição, dispensação e administração, tem avançado bastante.
Uma dessas pesquisas investigou os problemas de comunicação como possível causa de erros de medicação, tendo encontrado na análise de 294 prescrições, que 34,7% eram ilegíveis ou parcialmente ilegíveis, 94,9%  incompletas e 95,9% continham abreviaturas o que aumentava a dificuldade de comunicação. Essas prescrições eram realizadas sob interrupções e 27 distrações, corroborando para a redução da segurança do paciente. Estudo de monitoramento intensivo do uso de antimicrobianos realizado em hospital do Paraná (87 pacientes adultos) identificou a ocorrência de 91 eventos adversos, sendo 3,3% Reação Adversa a 828 Medicamentos e 7,7% erros de medicação. Já em um hospital universitário em Ribeirão Preto, foram analisadas 925 prescrições, sendo identificado que 12,1% delas apresentavam rasuras e 28,2% apresentavam informações que 29 deixavam dúvidas nos profissionais.
Superar as falhas e problemas requer o reconhecimento de que toda atividade de assistência à saúde possui pontos frágeis que podem comprometer a segurança do paciente e que a chave para reduzir o risco é criar um ambiente que elimine a cultura da culpa e punição e os substitua por uma cultura de vigilância e cooperação, expondo dessa forma os pontos fracos que podem concorrer para causar o erro.
Exemplo de uma prescrição médica...Dá para entender alguma coisa aí??
A adoção de práticas profissionais baseadas em protocolos e evidências clínicas, a boa qualidade da comunicação entre os profissionais que prestam assistência ao paciente, a abertura para se aprender a partir das falhas ocorridas e a compreensão de que devemos tornar a assistência hospitalar brasileira mais segura, nos torna atuante no processo que conduz à maior segurança do paciente.

Dicas gerais para diluição e administração de medicamentos

Equivalências:

  • 1 ml = 20 gotas = 60 micro gotas
  • 1 micro gota/minuto = 1 ml/hora
  • 1 mg = 1000 mcg = 1000 µg


Recomendações Gerais:

  • Conservação:
    Siga rigorosamente as informações do fabricante quanto às condições de armazenamento (temperatura, luminosidade, etc.);
    A temperatura ideal de armazenamento de medicamento em geladeira é de 2 a 8 °C;
    A geladeira onde os medicamentos são armazenados deverá ser exclusiva para essa finalidade;
    O mesmo princípio ativo, quando produzido por diferentes fabricantes poderá apresentar condições diferentes de armazenagem.

    Preparo e administração dos medicamentos:
    -A lavagem das mãos deve preceder todos os procedimentos envolvidos no preparo de medicamentos;
    Medicamentos incompatíveis não devem ser misturados entre si ou em solução, devendo também ser evitada a administração simultânea no mesmo horário ou via;
    Quando for necessária a administração simultânea de dois medicamentos injetáveis verifique se eles são compatíveis. Caso não sejam, prepare cada um separadamente; entre a administração do primeiro medicamento e do segundo, administre 10 a 20 ml de água destilada e somente em seguida administre o outro medicamento;
     - Se o medicamento contiver um princípio vasoativo administrado de forma contínua, não interrompa. Verifique a possibilidade de escolher outra via de acesso para a administração do medicamento. Na impossibilidade de outra via, evite infusões simultâneas prolongadas;
    Não é recomendável a administração simultânea de qualquer medicamento com hemoderivados e hemo-componentes;
    Antes de administrar qualquer medicamento, assegure-se de que ele está na temperatura ambiente, evitando dessa forma a ocorrência de hipotermia;
Durante a reconstituição, diluição e administração dos medicamentos, observe qualquer mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais. Caso ocorra um desses eventos, interrompa o processo, procure a orientação com o (a) enfermeiro(a).
Muita atenção!
  • Quando o medicamento for administrado pela via IM não realize a mistura de medicamentos na mesma seringa;
  • Somente os comprimidos apresentando sulcos poderão ser partidos.Essa marca no comprimido sulcado nos indica onde podemos parti-lo. Portanto, se temos 1 sulco, só podemos partir o comprimido em 2 e se temos 2, poderemos partir o comprimido em 4;
  • Os medicamentos de liberação prolongada não deverão ser triturados, quebrados ou divididos; Em caso de dúvida,pergunte ao seu enfermeiro.
  • Todos os produtos fotossensíveis deverão ser protegidos da luz durante a sua infusão, para tanto, utilize o equipo fotossensível apropriado;
  • Não utilize agulhas como respiros em tubos de soro ou frascos de soluções, pois esta prática leva á contaminação da solução;
    Reconstitua e dilua os medicamentos, de preferência, imediatamente antes do uso;
    Verifique a estabilidade pós-reconstituição/diluição junto ao fabricante do produto que você está utilizando;
    Caso necessite armazenar o medicamento após reconstituição e/ou diluição utilize etiqueta de identificação com no mínimo as seguintes informações:
    A etiqueta deverá estar legível. Utilize preferencialmente letras maiúsculas para o preenchimento;
    Nome do medicamento;
    Responsável pela manipulação;
    nome e número do registro profissional
    Data;
    Hora;
    Diluente.




    Sugestões de rotina para a administração de medicamentos injetáveis:

    1. Antes de iniciar o preparo do medicamento leia atentamente a prescrição médica e confira os dados do rótulo do fármaco com os da prescrição. 

    2. Verifique na prescrição o tipo de diluente recomendado e a via de administração;

    3. Confira, no protocolo, se o diluente sugerido é adequado ao produto ou ligue para a Farmácia;

    4. Selecione previamente todo o material necessário para realizar a diluição do medicamento, evitando que tenha que interromper o procedimento de diluição;

    5. Lave as mãos com água e sabão e seque-as com papel-toalha, seguindo a técnica recomendada;

    6. Dilua um medicamento de cada vez;

    7. Jamais coloque sobre a bancada de diluição mais de um produto, evitando dessa forma que ocorram erros e troca de medicamentos;
    8. Após a diluição, alguns medicamentos podem ser guardados para serem utilizados posteriormente. Nestes casos, identifique corretamente o frasco do medicamento e acondicione-o conforme a indicação do protocolo. 

    9. Jamais administre um medicamento previamente diluído sem certificar-se de que este ainda está dentro do período de validade e que contém todas as informações sobre sua diluição escritas na etiqueta de identificação;

    10.Administrem somente medicamento que esteja prescrito pelo médico assistente. Quando você descumpre esta regra, está se responsabilizando integralmente por qualquer dano, decorrente deste ato que, por ventura, venha a ocorrer com o paciente;

    11. ATENÇÃO: Nem todo medicamento pode ser diluído com soro fisiológico e nem todo medicamento pode ser guardado na geladeira. Siga as orientações dos fabricantes.
    Regiões do corpo e ângulos para administração de injetáveis:





    Técnica de Lavagem das mãos

    As mãos deverão ser sempre lavadas antes e após a realização dos procedimentos. Sugiro a adoção da seguinte técnica:
    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária modificou as exigências para fabricantes e importadores de agulhas, seringas e equipos – materiais utilizados em procedimentos médicos e hospitalares. Em 360 dias, o registro destes produtos passa a ser obrigatório no Brasil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União na última segunda feira (7/2/2011).
    Baseadas em normas técnicas nacionais e internacionais, as resoluções RDC 3/2011, RDC 4/2011 e RDC 5/2011 estabelecem os requisitos mínimos de identidade e de qualidade para as agulhas, seringas e equipos.  Antes, esses produtos eram apenas cadastrados na Anvisa.
    Fabricantes e importadores devem observar as novas exigências estabelecidas pela Agência. Entre os requisitos para obtenção do registro desses materiais, está a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF), emitido pela Agência, e da Certificação de Conformidade do INMETRO.
    As seringas e agulhas hipodérmicas estéreis de uso único são classificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA como produtos médicos, devendo assim obedecer à regulamentação aplicável daquele órgão regulamentador. São vulgarmente chamadas de descartáveis, porém a expressão “de uso único” é a recomendada pela ANVISA, para enfatizar que a reutilização desse tipo de produto é proibida. Esses produtos têm uso amplamente disseminado nos diversos hospitais, postos de saúde e clínicas, normalmente servindo para injetar medicamentos em pacientes. Por serem usados no corpo humano de forma invasiva (penetra em um ou mais tecidos do corpo), pode apresentar riscos associados ao uso, devendo ser garantida sua esterilidade antes e durante o uso, bem como outras características definidas na regulamentação aplicável e nas normas técnicas pertinentes.

    As seringas e agulhas em questão são materiais de consumo para a área de saúde, sendo adquiridos em grandes quantidades – muitas vezes através de licitações públicas. Diante da acirrada disputa dos diferentes fabricantes, sejam eles nacionais ou importados, e do grande número de notificações à ANVISA (por meio da Unidade de Tecno vigilância criado por aquele órgão regulamentador) sobre diversos problemas apresentados por esses produtos, justifica-se a presente análise quanto à qualidade dos mesmos no que diz respeito ao risco de danos tanto para o paciente como para o técnico de saúde que os manipula.
    Os riscos associados ao uso de seringas e agulhas que não atendam à regulamentação ou aos parâmetros definidos nas normas técnicas são os mais diversos, dependendo do tipo de não conformidade presente.

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    Um abraço e até a próxima!








































  



























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